Esta é a capa da hoje já rara 1.ª edição de A Ceia dos Cardeaes, que é posterior à estreia, que efectivamente ocorreu no Teatro D. Amélia, a 24 de Março de 1902.
É uma das poucas peças de Teatro que "representei". Esta já mais crescidinho e que ainda hoje sei muitas das tiradas... Fiz de Cardeal Rufo. Os meus companheiros, os Cardeais de Montmorency e Gonzaga, aguardam, na Ilha de Orpheu, a minha chegada para uma nova representação.
...
Não matei em duelo o Sol, pelas alturas,
Só para não deixar Salamanca às escuras!
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Atirei-me d'um salto, e em rápidos instantes
Sozinho contra vinte e tantos estudantes,
Contra uma Faculdade inteira, expondo a vida,
A capa ao vento, a espada em punho, a pluma erguida,
Talhei, ensanguentei, feri, n'uma violência...
Assim! Assim!
...
E se não os matei a todos, em verdade,
Foi p'ra não se fechar a Universidade!
7 comentários:
E porque não promover uma nova representação d'A Ceia dos cardeais? Não há nos Prosimetronistas candidatos aos papéis dos cardeais de Montmorency e Gonzaga?
Talvez para animar o jantar...
Fantástico. Não sabia que tinha representado!
E não fechou a Universidade. Bela espada enérgica contra o vento... Alguns decerto, mereceram!
Atirei-me d'um salto, e em rápidos instantes
"Sozinho contra vinte e tantos estudantes,
Contra uma Faculdade inteira, expondo a vida,
A capa ao vento, a espada em punho, a pluma erguida,
Talhei, ensanguentei, feri, n'uma violência...
Assim! Assim!"
Desculpe voltar aqui a colocar os versos mas, imagino-o a saltar de espada em riste e a fazer justiça por essa Universidade toda, que pena... não ter visto!
A.R.
Mas não foi a Universidade a receber os golpes... foi a baixela onde se servia a comida, dado que se trata de uma Ceia... e segundo Dantas, a seguir ao
Assim! Assim! (onde coloquei ...)
CARDEAL DE MONTMORENCY, defendendo a loiça e o serviço riquissimo
Por Deus! É Sèvres, Eminência!
Não conheço bem a peça só li excertos.Tenho que a arranjar.
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