- A bela Inês.
Estive agora a ver os comentários e os posts sobre D.Sebastião, e dá para perceber que a polémica continua viva. Sobre a personalidade e o reinado não me pronunciarei. É peditório para que já dei, e não vejo grande interesse em dar mais- apenas direi que a "verdade" há-de estar, se estiver, entre o "pedaço de asno" como o qualificava António Sérgio e a veneração de outros. Mas há uma perspectiva que me interessa: D.Sebastião como mito cultural, a par do nosso outro grande mito cultural - Inês de Castro. Duas figuras polémicas, uma divulgação internacional, incontáveis obras à sua volta, em todas as artes, até aos nossos dias. Não temos nada igual na nossa história cultural.
Se bem que talvez exista um terceiro mito cultural luso : a Saudade...
4 comentários:
Só à guisa de repto, temos mais mitos culturais (reais ou não): A rainha Santa Isabel, D. Dinis, a Ordem de Cristo, a visão de D. Afonso Henriques, o velho do Restelo, o Trinca-Fortes, o Condestável Nun'Álvares, o Infante Santo e o irmão, o Infante D. Henrique, os painéis de São Vicente e (os meus favoritos se bem que menos mitológicos) o Príncipe Perfeito, o Infante das Sete Partidas e o seu filho, o Príncipe de Antioquia... Só para provocar.
Alguns dos temas culturais que mencionas são efectivamente "provocatórios" para usar a tua expressão, mas não têm nem nunca tiveram a repercussão internacional, e mesmo interna, do Sebastianismo e de Inês de Castro.
João Soares gostei do seu argumento. São memórias que fazem de nós o que somos hoje.
O futuro só existe porque existiram muitos ontens!
Ter presente as memórias de um povo não é saudosismo.
A saudade é um nobre sentimento que só existe verbalizado na língua portuguesa.
Luís,
Obrigada por estes retratos. vou comprar este livro.
A saudade... O saudosismo... Outro mito!...
Enviar um comentário