Prosimetron

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

«Foi uma ideia que lhe surgiu pela hora do jantar»...

Assim se explicou a juíza-presidente do Tribunal de Matosinhos, justificando a decisão de condenar um homem, que sufocou a filha de sete anos, a 16 anos de prisão. A pena máxima não foi aplicada porque «o tribunal ficou sem saber qual a motivação» para o homicídio.
Li isto na crónica de Carla H. Quevedo, no Metro de hoje.
E qual poderia ser a motivação para matar uma filha de sete anos?

2 comentários:

Jad disse...

O jantar tem destas coisas... quando se corta um bife... pelos vistos, tudo pode passar pela cabeça de uma pessoa anormal.

c.a. (n.c.) disse...

Julgo que a ideia subjacente à frase da juíza é o reconhecimento de que não houve premeditação, elemento relevante para efeitos de apreciação da culpa, que é determinante na fixação da pena. O que se passa é que os jornais muitas vezes transcrevem frases soltas que, retiradas do contexto, soam mal, pior ainda quando se vive em clima de desconfiança, para o qual, aliás, contribuem em larga medida. Infelizmente, é uma situação que conheço bem.