Prosimetron

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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Os sete pecados capitais


A Ira é um dos pecados que o ser humano menos sabe dominar. Demonstra-o muito facilmente. Com a Ira faz, num impulso, a primeira coisa que lhe vem à cabeça; não mede consequências. Embora faça o mal pensa sempre que é o outro. E é, desde o Papado de Gregório I (século VI), o terceiro pecado mortal... antes estava a meio da tabela.
Quantos aos Anjos que caíram, a Ira tem como protector Azazel - o Anjo que se revoltou (do Apócrifo Enoque) e ajudou Lúcifer a conseguir o seu poder.

Hoje achei graça a uma das crónicas do Diário de Notícias, assinada por Jorge Fiel Eu pecador me confesso. Remeto o nosso leitor para lá. Os pecados mortais ou capitais andam na ordem do dia.

9 comentários:

MR disse...

E, se a seguir a estes sete pecados capitais, nos explicasses como os pecados mudaram ao longo dos tempos? Já estou a arranjar mais TPC.

MR disse...

Quanto à ira, é verdade que uma pessoa irada descontrola-se. Já me aconteceu. E não é bonito de se ver.

MR disse...

Li Jorge Fiel e gostei.
«Eu, pecador, me confesso. Morro de inveja por não estar abrangido por este eficaz sistema de alívio espiritual de consciências.* E tenho uma dúvida. Serão católicos praticantes os pecadores que meteram ao bolso as comissões da compra dos submarinos?»
*A absolvição.

Lá que sejam absolvidos no céu, não me diz respeito; mas não serem apuradas responsabilidades aqui na terra, já me diz.

MR disse...

Antes que me perguntem, digo já que não é só válido para os submarinos... :)

LUIS BARATA disse...

Há que fazer uma precisão teológica às considerações do Jorge Fiel: Não é só confessar, protestar arrependimento e fazer penitência.
O arrependimento deverá ser sincero e deverá ser manifestada a intenção de não voltar a pecar-só neste quadro é que a absolvição deve ser concedida.Cabe,pois, ao confessor avaliar se estão verificadas estas condições.

c.a. (n.c.) disse...

Não costumo emitir este tipo de opiniões sob pseudónimo, mas hoje sinto-me compelido a abrir uma excepção, por me parecer que vem a propósito.
Julgo que a Bíblia ainda regista a frase célebre (e sábia) de Jesus: «a César o que é de César, a Deus o que é de Deus». A Igreja cura da salvação das almas, a pensar no Juízo Final. Não lhe cabe, por isso, absolver quem quer que seja perante a justiça temporal, que existe para tornar suportável a convivência terrena entre almas muito diferentes. Parece-me que algures, neste longo caminho desde há mais de 2000 anos, algum clero e alguns católicos já terão esquecido o que para Jesus era uma evidência...

Bosch, Caravaggio, é só regalos para a minha vista neste blog! :-)

c.a. (n.c.) disse...

Permitam-me um aditamento: quando falo em clero e católicos estou, obviamente, a referir-me a algumas opiniões que têm circulado pela imprensa e pela blogosfera, justificando o que, a meu ver, é injustificável. Com isto quero dizer que o meu comentário não é nem pretende ser uma resposta aos comentários antecedentes.

LUIS BARATA disse...

Meu caro C.A. : Nada de confusões! A confissão e a Igreja por via dela absolvem "pecados", não "crimes". E o que se saiba fora da confissão não está obviamente vinculado por esta- deve ser denunciado à justiça eclesiástica ( veja a Secção Penal do Código de Direito Canónico) e à justiça temporal.
Aliás, o que está em causa actualmente é precisamente o alegado silêncio sobre os crimes cometidos que não terão sido punidos quer pelos tribunais eclesiásticos quer pelos estatais.

c.a. (n.c.) disse...

Inteiramente de acordo consigo, é como refere. A Igreja absolve pecados, não absolve crimes, mas a fazer fé no que por aí se lê, nalgumas situações concretas, terá sido o que, de facto, aconteceu.