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Mesmo os que só tiveram matemática liceal ( ou no ensino secundário, para usar o termo oficial ), como é o meu caso, sabem o que é este éne em minúscula: um número inteiro indeterminado.
Foi a melhor maneira que me ocorreu para abordar um dos piores números do século XX, um número indeterminado que abrange judeus, ciganos, comunistas, anarquistas, homossexuais, prostitutas e prostitutos e até doentes mentais- todos com as suas respectivas estrelas e triângulos coloridos, na mais eficaz e tenebrosa categorização de seres humanos a que o planeta já assistiu.
Ilustro este número com a bela Nuit et brouillard, escrita (e cantada) em memória das vítimas dos campos de concentração nazis por Jean Ferrat, cujo pai, judeu russo emigrado, acabou morto em Auschwitz.
5 comentários:
Eu que gosto tanto (e há tantos anos) de Jean Ferrat não sabia nada da ascendência dele.
Nunca oiço esta canção de Jean Ferrat sem me emocionar. Esta e outras.
Gosto muito da canção: Nuit et brouillard que deu origem a um documentário de Alain Resnais, o melhor que já vi sobre o tema.
Bom dia Luís.
Desconhecia também a ascendência de Ferrat. Obrigado, a memória tem de ser mantida viva em homenagem às vítimas
São realmente palavras e imagens comoventes.
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