Os madeirenses têm o hábito muito engraçado, que é o de chamarem os continentais de cubanos. Eles moram numa ilha com o mesmo presidente há 30 anos, e os cubanos somos nós?
Sou madeirense, sou linguista e por isso sinto-me na obrigação de explicar: a determinada altura, não lhe sei precisar bem quando, mas uma consulta a um dicionário ou enciclopédia histórica pode elucidá-lo bem a este respeito, faziam o serviço militar na Madeira muitos continentais, nomeadamente de Cuba (a Alentejo), a generalização inicialmente - antes de ser politizada - nada tinha de pejorativo.
Actualmente, não há madeirense - à excepção do Presidente do Governo Regional - que a use. E isto dentro de uma estratégia, com méritos e desméritos, que todos cá e lá conhecemos.
Humor que secciona é um humor esquisito, alguém devia dizer isso ao Nilton.
Gosto muito da Madeira, e compreendo perfeitamente a estratégia do Dr.Jardim e dos seus apaniguados Jaime Ramos e Cia, e penso que é mais a eles que a frase se destina e não à generalidade dos madeirenses.
Olhe que não é: "Os madeirenses..." "Eles moram..." opõe-se, discursivamente, a "o mesmo presidente."
O Nilton foi infeliz. E o que me preocupa é que faz eco e/ou promove (?) um certo mal-estar e uma certa secção (não quero falar de xenofobia), nomeadamente acerca de orçamentos e finanças regionais, cujo diploma ninguém conhece, ninguém se dá ao trabalho de aprofundar, o que leva a considerações perigosas com que me deparo amiúde nos corredores da Faculdade onde trabalho, nos transportes, etc.
E não há ninguém que o ponha com dono. Embora o Paulo Portas se tenha posto a jeito, com as suas infelizes afirmações - parece que o país não é um único (continental e insular) -, quando Jardim afirma que não conhece todos os ministros da República...
No seguimento das explicações da JJ: a verdade é que o Alberto João Jardim (e seus apaniguados) chama(m) PEJORATIVAMENTE cubanos aos continentais, assim como chamou (também pejorativamente) Sr. Silva ao Cavaco - eu até achei graça - e agora fariseus aos "populares". Se eu vivesse na Madeira é que já não me ria.
Para MR e Miss Tolstoi: infelizmente, o Presidente do Gov. Reg. Madeira não teve professores de Linguística que lhe ensinassem o rudimentar da Pragmática, i.e., e entre outros, a adequação dos discursos ao meio envolvente. Antes disso, o "tal" Lindley Cintra publicou um livrinho muito útil: "Sobre «Formas de Tratamento» na Língua Portuguesa". Ora, como é livro raro, não será de fácil acesso a todos os leitores. No entanto, e muito antes de ter acesso aos últimos da línguísta, as criaturas aprendiam, em casa, o rudimentar da boa educação.
8 comentários:
Sou madeirense, sou linguista e por isso sinto-me na obrigação de explicar: a determinada altura, não lhe sei precisar bem quando, mas uma consulta a um dicionário ou enciclopédia histórica pode elucidá-lo bem a este respeito, faziam o serviço militar na Madeira muitos continentais, nomeadamente de Cuba (a Alentejo), a generalização inicialmente - antes de ser politizada - nada tinha de pejorativo.
Actualmente, não há madeirense - à excepção do Presidente do Governo Regional - que a use. E isto dentro de uma estratégia, com méritos e desméritos, que todos cá e lá conhecemos.
Humor que secciona é um humor esquisito, alguém devia dizer isso ao Nilton.
Jinhos.
Gosto muito da Madeira, e compreendo perfeitamente a estratégia do Dr.Jardim e dos seus apaniguados Jaime Ramos e Cia, e penso que é mais a eles que a frase se destina e não à generalidade dos madeirenses.
Olhe que não é: "Os madeirenses..." "Eles moram..." opõe-se, discursivamente, a "o mesmo presidente."
O Nilton foi infeliz. E o que me preocupa é que faz eco e/ou promove (?) um certo mal-estar e uma certa secção (não quero falar de xenofobia), nomeadamente acerca de orçamentos e finanças regionais, cujo diploma ninguém conhece, ninguém se dá ao trabalho de aprofundar, o que leva a considerações perigosas com que me deparo amiúde nos corredores da Faculdade onde trabalho, nos transportes, etc.
Jinhos.
E não há ninguém que o ponha com dono.
Embora o Paulo Portas se tenha posto a jeito, com as suas infelizes afirmações - parece que o país não é um único (continental e insular) -, quando Jardim afirma que não conhece todos os ministros da República...
JJ,
Adorei os sumos da Madeira,a paisagem, obviamente, pois é linda!
Gostei da gastronomia e de umas queijadas excepcionais.
Ah e as Flores...
Bjs. :)
MLV,
Viva, já não o via há tanto tempo.
Boas férias se estiverem já próximas.
No seguimento das explicações da JJ: a verdade é que o Alberto João Jardim (e seus apaniguados) chama(m) PEJORATIVAMENTE cubanos aos continentais, assim como chamou (também pejorativamente) Sr. Silva ao Cavaco - eu até achei graça - e agora fariseus aos "populares".
Se eu vivesse na Madeira é que já não me ria.
Para MR e Miss Tolstoi:
infelizmente, o Presidente do Gov. Reg. Madeira não teve professores de Linguística que lhe ensinassem o rudimentar da Pragmática, i.e., e entre outros, a adequação dos discursos ao meio envolvente. Antes disso, o "tal" Lindley Cintra publicou um livrinho muito útil: "Sobre «Formas de Tratamento» na Língua Portuguesa". Ora, como é livro raro, não será de fácil acesso a todos os leitores.
No entanto, e muito antes de ter acesso aos últimos da línguísta, as criaturas aprendiam, em casa, o rudimentar da boa educação.
:) para HMJ.
Enviar um comentário