(...) O dia 5 foi roubado ao Verão ( que acabou em Setembro ), foi roubado à semana ( por ter calhado à quarta-feira ) e foi roubado, monarquicamente, ao calendário dos dias justos, celebrando a palhaçada do golpe de estado do 5 de Outubro. Vêm aí frios e chuvas politica e meteorologicamente correctos, que se vão rir, sadicamente mas com razão, da insana esperança que queimou e marcou os banhistas do dia da república. (...)
- Miguel Esteves Cardoso
(...) A pindérica festarola do " 5 de Outubro ", a que ninguém ligou, só serviu para António Costa exibir a sua costela socialista e a ideia eminentemente indígena de que o senhor do lado é que deve pagar a conta. O dr.Costa quer uma estratégia para o " desenvolvimento ", como toda a gente, e não quer " cortes ", e menos " cortes cegos ", na educação, que ele, como toda a gente, considera a grande esperança no renascimento da Pátria. " Cortar " na educação seria " cortar " no " essencial ". Como não seria, imagina com certeza o basbaque, " cortar " na saúde ou na segurança social- que o dr.Costa, num tropo obrigado, se dignou a explicar que, mesmo assim, se não deviam confundir com uma " caridade anacrónica " ou com um " assistencialismo serôdio ". Ficámos cientes. Ficámos principalmente cientes que os nossos políticos se poderiam com vantagem substituir por um realejo.
- Vasco Pulido Valente
Ambas as crónicas são do Público de ontem.
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