Édouard Vuillard (1868-1940) - Nature morte à la salade, 1887-1888
Paris, musée d’Orsay
Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas Deixarei as pastagens às manadas
E a quem mais aprouver fazer dieta.
Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas pêras e maçãs, deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.
Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos, roedor; nasci
Omnívoro; dêem-me feijão com arroz
E um bife, e um queijo forte, e parati
E eu morrerei, feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.
Vinicius de Morais
Para Miss Tolstoi que referiu este quadro em exposição na Gulbenkian.
3 comentários:
É desta raça que se faz um grande amador da vida!..:-)
Adorei!
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