Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, Coimbra
Génesis
De mim não falo mais: não quero nada.
De Deus não falo: não tem outro abrigo.
Não falarei também do mundo antigo,
pois nasce e morre em cada madrugada.
Nem de existir, que é a vida atraiçoada,
para sentir o tempo andar comigo;
nem de viver, que é liberdade errada,
e foge todo o Amor quando o persigo.
Por mais justiça ...-Ai quantos que eram novos
em vão a esperaram porque nunca a viram!
E a eternidade...Ó transfusâo dos povos!
Não há verdade: O mundo não a esconde.
Tudo se vê: só se não sabe onde
Mortais ou imortais, todos mentiram.
Jorge de Sena
6 comentários:
Bonito o poema e bonita a foto.
Vou ver qual foi a escolha da Cláudia.
Obrigada, MR.
O poema foi este que coloquei, acho muito bonito e não me recordo de o ter lido.
Boa noite!:)
Sempre oportuna, uma homenagem a Jorge de Sena
Ana, na verdade, o poema é maior. É composto por seis sonetos. Transcrevi apenas o último!
Está inserido num livro de Jorge de Sena, intitulado Coroa da Terra.
Beijinhos.:))
Obrigada, Filipe!:)
Cláudia,
gostei muito da sua escolha. Tenho que ver se leio os outros sonetos.:)
Beijinhos a todos. :)
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