Lisboa: Cavalo de Ferro, 2011
€7,50
Há dias, numa livraria, deparei-me com este livro de Echenoz, escritor que aprecio mas conheço mal (acho que este é o terceiro livro que leio dele), sobre uma lenda do atletismo: Emil Zatopek.
Depois da Guerra, Zatopek vai trabalhar para a fábrica de sapatos Bata e é enquanto operário da fábrica que corre pela primeira vez num festival e chama a atenção sobre si.
Em 1946, nos campeonatos organizados pelas Forças Aliadas em Berlim, atrás do cartaz Checoslováquia, vem apenas um único atleta, magro e diminutamente vestido. Mas quando começa a corrida dos 5000 metros, Emil Zatopek em poucos minutos leva duas corridas de avanço em relação aos outros corredores. Os 80000 espectadores presentes no estádio estão siderados, todos de pé. Zatopek corria de um modo irregular e desconjuntado.
Em 1952, nos Jogos Olímpicos, em Helsínquia, contra todos os conselhos inscreve-se em três modalidades (incluindo a maratona que nunca tinha corrido) e ganha a medalha de ouro nos 5000 metros, nos 1000 metros e na maratona, tornando-se o primeiro e único atleta a consegui-lo.
Emil Zatopek era um homem extremamente curioso em relação ao mundo e ao que o rodeava, de modo que o governo checo começa a ter receio que ele, numa das suas idas ao estrangeiro, peça asilo político.
Num livro comovente, Jean Echenoz percorre 40 anos de história da Checoslováquia, descrevendo os sucessos de Zatopek e o modo como o poder comunista instrumentalizou e acabou com a sua carreira.
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Casa com Dana Ingrová, atleta, que será medalha de ouro do lançamento do dardo, nos Jogos olímpicos de 1952.
Eu não sabia nada de Zatopek, para além do que toda a gente sabe, que é uma lenda do atletismo, a quem chamavam A Locomotiva Humana.
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