Prosimetron

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sábado, 24 de janeiro de 2015

Nas montras de Paris - 9


«Se há um livro que desejo recomendar a todas e todos que me seguem, é a nova obra de Jérôme Garcin, Le voyant (Gallimard) [...]. Os acontecimentos de 7, 8, 9 de janeiro e a marcha de 11 impediram-me praticamente de ler o que quer que fosse, sem ser jornais. [...] Depois, abri este Le voyant e devorei-o e penso que precisamente porque os valores mais fundamentais da vida do nosso país foram reencontrados e reafirmados, sejam os do heroísmo e da resistência, o livro de Garcin chega no momento justo. Ele conta a verdadeira história de Jacques Lusseyran, um homem extraordinário, cego desde os oito anos, que banhado de uma espécie de luz interior, conseguiu ser um autor talentoso (mas desconhecido), mas sobretudo um resistente durante da Ocupação, tendo fundado uma rede de adolescentes, o movimento Volontaires de la Liberté. Foi denunciado,preso, deportado para Buchenwald [...] tendo sobrevivido graças à sua força moral e à ajuda dos seus camaradas. [...] Exilou-se nos Estados Unidos, onde se tornou professor [...] e morreu aos 47 anos.»
Philippe Labro (Direct Matin, Paris, 23 jan. 2015, p. 3)

2 comentários:

APS disse...

Este não será, felizmente, reaccionário, no sentido que lhe deu "Le Magazine Littéraire", de um dos seus últimos postes.
Um bom sábado parisiense!

MR disse...

Fiquei com vontade de ler o livro que está em muitas montras de livrarias. :)