Marguerite Cleenewerck de Crayencour nasceu no dia 8 de Junho de 1903, em Bruxelas, no seio de uma família aristocrática. Não chegou a conhecer a mãe, que morreu poucos dias depois do parto. Em contrapartida, teve uma relação muito próxima com o pai, Michel de Crayencour, que a educou ( ensinando-lhe latim aos oito anos e grego aos doze ) , e com quem viajou incansavelmente durante grande parte da sua infância, aprendendo italiano e inglês durante essas viagens.
Desenvolveu cedo o gosto pela escrita, tendo publicado o seu primeiro livro, O Jardim das Quimeras , aos 17 anos. Numa das suas viagens pela Itália, em 1924 , visita a Villa Adriana em Tivoli e começa a escrever o primeiro caderno de notas para o seu livro mais conhecido, Memórias de Adriano , publicado em 1951 .
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, Marguerite Yourcenar ( é este o seu nome literário, sendo Yourcenar um anagrama imperfeito de Crayencour ) , mudou-se para os Estados Unidos, estabelecendo residência na Ilha dos Montes Desertos, ao largo da costa do Maine, tendo-se naturalizado cidadã americana em 1947. Nas décadas seguintes, a sua obra ( A Obra ao Negro, O Labirinto do Mundo, e vários volumes de novelas, contos, relatos de viagens e teatro ) traz-lhe fama mundial.
Em 1971 torna-se membro estrangeiro da Academia Belga de Língua e Literatura, e em 1980 torna-se a primeira mulher a ser admitida na Academia Francesa.
Marguerite Yourcenar morreu em 1987, em Bar Harbour, no seu amado Maine.
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