Hoje é o dia reservado no calendário católico a Santa Isabel da Hungria e da Turíngia, falecida a 17 de Novembro de 1231 e canonizada pelo Papa Gregório IX em 1235. É a padroeira da Ordem Franciscana Secular. Uma sua sobrinha-neta foi também canonizada : a nossa Rainha Santa Isabel.
9 comentários:
Esta (a da Hungria) é que é a "verdadeira Rainha Santa". Mais uma usurpação de um "milagre", feita pelo povo, que o adaptou a Portugal
Levantas uma questão bem interessante, que é desconhecida da maioria das pessoas. E as coisas ficam mais complicadas quando se sabe que o milagre das rosas terá acontecido primeiro à tia da Hungria...
Voltarei a este tema em breve.
É verdade, um mito feito pelo povo mas o nosso Rei D.Dinis mereceu a bela frase:
- "São rosas Senhor!"
Estas rosas fazem jus ao nome são rosas cor-de-rosa, assim constam em Coimbra.
Tenho muito respeito por tal Rei. Julgo que governou bem:
- Publicou as leis portuguesas do seu antecessor no Livro da Leis e Posturas e nas Ordenações Afonsinas, compilações de leis consuetudinárias;
-Criou 73 Cantigas de Amor, 51 Cantigas de Amigo e 10 Cantigas de Escárnio e Maldizer;
- Fundou pelo seu decreto Magna Charta Priveligiorum a Universidade em Coimbra (não foco a primeira instituição fundada em Lisboa nem o porquê da sua mudança para Coimbra);
-Teve conflitos com o filho, futuro D.Afonso IV resolvidos pela ajuda diplomática da Rainha Santa Isabel.
O Padre António Vieira dedicou um Sermão Á "Rainha Santa Isabel", pregado em Roma, na Igreja dos Portugueses, em 1674. Encontra-se digitalizado nas BNB e BNP. Na net também se encontra.
E é esta a minha homenagem à Rainha Santa Isabel que afinal não era santa e não fez o "milagre das Rosas" para encobrir as esmolas que dava aos pobres.
Li no livro da escola primária este milagre não me lembro do escritor.
A.R.
Desculpe Luís Barata
Estava a escrever e não vi o seu comentário, não me teria alargado tanto.
A.R.
Minha cara A.R.,eu é que agradeço os seus comentários. O leigo sou eu.
"... levava uma vez a Rainha santa moedas no regaço para dar aos pobres(...) Encontrando-a el-Rei lhe perguntou o que levava,(...) ela disse, levo aqui rosas. E rosas viu el-Rei não sendo tempo delas. ... "
—Crónica dos Frades Menores, Frei Marcos de Lisboa, 1562
A.R. (Agora não sei se as rosas foram eternizadas como sendo rosas cor-de-rosa ou brancas?
Não vou visitar a Igreja de Santa Clara há muitos anos, é ali que jaz a Rainha.)
O reinado de D. Dinis é ainda um reinado cheio de mitos.
No que respeita às leis dos antecessores, todos os reis tinham de as confirmar (é um dado ainda pouco conhecido e pouco estudado). Nas primeiras cortes, de cada reinado, começou a ser prática confirmar as leis anteriores para terem validade. Julgo que foi isso que aconteceu... Mas eu só sei que nada sei (e a história está sempre a ser feita e refeita). Não me vou meter em problemas de História.
Caro Jad,
Também, só sei que nada sei!
Não me quero meter em problemas de História... gostava muito de poder saber mas falta-me tempo para estudar a fundo. E depois, julgo que chegaria ao fim do estudo e via que havia novas ideias e não saberia nada de novo...
Só quis homenagear a Rainha e um Rei e este foi o meu préstimo.
A.R.
Volto para agradecer as palavras de ensinamento de Jad porque ontem esqueci-me de o fazer.
Obrigada.
Não gosto nada de ser ingrata e prezo sempre quem me ensina.
A.R.
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