Nascida numa família judia de Paris, esta grande senhora da canção francesa viveu clandestinamente parte da sua infância, até ao fim da Segunda Guerra. Experiência que ajuda a explicar a sua personalidade, tão reflectida na sua música. Amiga de Brel e de Brassens, cantou muitas das canções destes, bem como as de Gréco. O sucesso chegou em 1964 com o primeiro contrato de gravação, à base de composições próprias, depois de anos a actuar em Paris, primeiro em pequenas salas e depois nos grandes espaços como o Bobino.
Nos anos 70, dedicou-se também ao cinema, tendo participado em três filmes. Também nos anos 70 dedicou-se à luta contra a pobreza infantil, e na década seguinte abraçou ainda outra causa: a luta contra a Sida. Recebeu em 1988 a Legião de Honra.
Em 1997, os problemas respiratórios que já a atormentavam há algum tempo foram a causa da sua morte, quando se dedicava a escrever as suas memórias e a gozar o sucesso do seu último álbum editado no ano anterior.
A minha primeira escolha videográfica para este post era um dos "hinos" de Barbara, mas atendendo a que já estava agendada aqui no blogue pela nossa MR, e para evitar repetições, escolhi esta canção tão franco-alemã, ao sabor da época ( 1965) ...
6 comentários:
Gosto muito da Barbara. Gosto especialmente das canções que canta do Brel porque é o meu cantor francês de eleição. Adoro muitos outros franceses mas este é especial.
É bonita a música que escolheu.
A.R.
Adoro a Barbara!
Li o seu livro de memórias «Il était un piano noir...». Pungente!
Quanto às canções de Brel cantadas por outros nunca são a mesma coisa. Sempre pelo próprio.
Já as de Brassens (autor e cantor de que muito gosto) às vezes ganham em ser interpretadas por outros.
Também gosto desta canção, cuja autoria é da própria Barbara.
M.
Brel é sempre Brel... e só Brel sabe cantar Brel. Mas Barbara também canta bem. Obrigado!
Jad,
É verdade que só Brel sabe cantar Brel. É único, singular por isso, gosto tanto dele. Sempre gostei de originalidade. Contudo, ouvir cantar as suas músicas é algo de satisfatório para mim, sabendo mesmo que a interpretação nunca é a dele!
Pude ouvir, há pouco,Brel numa exibição de Patinagem artística a canção "Marlene". Adorei.
Gostei da música que escolheu da Barbara. Obrigada.
A.R.
Para Jad,
Não é a minha preferida, mas aqui está a EXCELÊNCIA, a rebeldia, a crítica única de Brel:
http://br.youtube.com/watch?v=dCHi5apc1lQ&feature=related
A.R.
Apenas acrescento que, quanto a mim, há composições que por vezes ganham outro fôlego em vozes que não as dos seus autores. Estou a pensar desde logo em Bob Dylan.
Quanto a Brel, não sou tão categórico como o JAD. Há interpretações das canções do Brel de que ele próprio não desgostava.
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