OLHOS NEGROS
Por teus olhos negros, negros
Trago eu negro o coração,
De tanto pedir-lhe amores...
E eles a dizer que não.
E mais não quero outros olhos,
Negros, negros como são;
Que os azuis dão muita esp'rança,
Mas fiar-me eu neles, não.
Só negros, negros os quero;
Que em lhes chegando a paixão,
Se um dia disserem sim...
Nunca mais dizem que não.
Almeida Garrett, Folhas Caídas e Outros Poemas, Lisboa: Livraria Clássica, 1970, p. 35
3 comentários:
Ai os olhos negros!
Parabens pelas escolhas poeticas.
São mil as ondas
Nas praias de Sumi.
Ao longo da noite
No carreiro dos meus sonhos
Corro em segredo para ti.
FugiwaraNo Toshiyuki (890-907)
Japão
Obrigada Luís Barata e boa viagem! Obrigada Miss Tolstoi bonito poema à maneira oriental!
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