António Barreto
Começo hoje a colocar Personalidades que admiro. O elenco não obedece a uma ordem definida, surge pela associação de ideias. A escolha vai para António Barreto por causa de uma citação sua: “O Magalhães é o maior assassino da leitura em Portugal” com a qual concordo.
António Barreto nasceu no Porto, viveu em Vila Real e frequentou Direito na Universidade de Coimbra até 1963, data do seu exílio para a Suíça. Em Coimbra, pertenceu ao CITAC (Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra), grupo de teatro que ainda hoje existe. Licenciou-se em Sociologia, na Universidade de Genebra (1968) e obteve o grau de Doutor, em 1985. Foi membro do PC e passou a integrar o PS desde a sua fundação em 19 de Abril de 1973.
Na adolescência leu Júlio Dinis, Eça de Queirós, Fialho de Almeida e Ramalho Ortigão. Confessou que leu pouco Camilo Castelo Branco em Portugal, tendo-o lido quando esteve fora. Fazem parte da sua leitura Steinbeck, Hemingway, John dos Passos, Faulkner, entre muitos outros.
Durante o exílio começou também a ler políticos como Lenine, Marx, Mao Tsé-Tung, Guevara e o filósofo Lukács.
Na leitura de entretenimento figuram os policiais e a espionagem: John Le Carré, Earle Stanley Gardner , Dashiell Hammett e Rex Stout .
Para escrever António Barreto procura refúgio em Oxford, onde leva uma vida “monástica” podendo dedicar-se sem obstáculos à leitura e à escrita.
Acerca dos livros e da leitura afirma:
“A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa - e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura que, em certo sentido, é a destruição da leitura”.
Comungo totalmente desta ideia. Para além da leitura que se perde, imagine-se o quanto pode ser prejudicial no desenvolvimento da escrita!
António Barreto é marido de Maria Filomena Mónica que tem sido frequentemente citada no blogue por Luís Barata.
Este breve apontamento baseia-se numa entrevista que saiu na Revista Ler, de Março de 2009.
António Barreto nasceu no Porto, viveu em Vila Real e frequentou Direito na Universidade de Coimbra até 1963, data do seu exílio para a Suíça. Em Coimbra, pertenceu ao CITAC (Centro de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra), grupo de teatro que ainda hoje existe. Licenciou-se em Sociologia, na Universidade de Genebra (1968) e obteve o grau de Doutor, em 1985. Foi membro do PC e passou a integrar o PS desde a sua fundação em 19 de Abril de 1973.
Na adolescência leu Júlio Dinis, Eça de Queirós, Fialho de Almeida e Ramalho Ortigão. Confessou que leu pouco Camilo Castelo Branco em Portugal, tendo-o lido quando esteve fora. Fazem parte da sua leitura Steinbeck, Hemingway, John dos Passos, Faulkner, entre muitos outros.
Durante o exílio começou também a ler políticos como Lenine, Marx, Mao Tsé-Tung, Guevara e o filósofo Lukács.
Na leitura de entretenimento figuram os policiais e a espionagem: John Le Carré, Earle Stanley Gardner , Dashiell Hammett e Rex Stout .
Para escrever António Barreto procura refúgio em Oxford, onde leva uma vida “monástica” podendo dedicar-se sem obstáculos à leitura e à escrita.
Acerca dos livros e da leitura afirma:
“A coroa de todo este novo aparelho ideológico que está a governar a escola portuguesa - e noutras partes do mundo – é o Magalhães. Ele foi transformado numa espécie de bezerro de ouro da nova ciência e de uma nova cultura que, em certo sentido, é a destruição da leitura”.
Comungo totalmente desta ideia. Para além da leitura que se perde, imagine-se o quanto pode ser prejudicial no desenvolvimento da escrita!
António Barreto é marido de Maria Filomena Mónica que tem sido frequentemente citada no blogue por Luís Barata.
Este breve apontamento baseia-se numa entrevista que saiu na Revista Ler, de Março de 2009.
4 comentários:
Adoro-o, embora às vezes discorde dele.
M.
Nomeadamente discordo desta afirmação sobre o "Magalhães", que ainda agora apareceu. A leitura há muito que anda assassinada e por outro lado nunca se leu tanto em Portugal como agora. Basta andar nos transportes públicos para verificar. E porcarias sempre se leram e escreveram.
M.
Muitas vezes concordo com o que diz e escreve. Estou expectante relativamente à Fundação recentemente criada pela família Jerónimo Martins e que o tem como presidente. Acho que foi uma boa escolha.
Sempre gostei dele.
Julgo que devo dizer que neste apontamento não tive vontade de falar do seu trajecto político.
Não quero que fiquem com a ideia de superficialidade, mas o objectivo desta rúbrica é não me alongar no que escrevo e dizer um aspecto que me tocou ao cruzar-me com a minha escolha.
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