Praia
Voga no mar sem ondas
da quimera inofensiva
um barco de papel leve
leve dum sonho ligeiro.
Há muita gente à espera
que o barco desapareça
para lançar no mar calmo
mais um barco de papel.
Adolfo Casais Monteiro, “Praia” (Confusões, Versos, Lisboa, Edições Inquérito, 1944) in A Alma não é Pequena 100 poemas portugueses para SMS, V. N. Famalicão: CentroAtlantico.PT, 2009, p. 57
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