«Dissociar o sexo do impulso reprodutivo - coisa que muita gente tem, pelo menos em teoria, tanta dificuldade em fazer - e aceitar a ideia de que existe muito para além, para fora, do estreito quadro dessa função, pode ajudar a começar a pensar o que seja isso. Que espécie de encontro, de linguagem, de determinação e de acaso nos assola num corpo, nos aproxima e afasta no tempo que dura. Que ajuste é este, de contas e de coisas incontáveis, e porque é que umas vezes funciona e outras não, porque é que nos reconcilia e nos isola, nos garante e nos perde. Porque que é que queremos quase sempre não pensar nisso - porque, se pouco sabemos, sabemos que não percebermos é uma espécie de definição.»
Fernanda CâncioIn: Notícias Magazine, 27 Set. 2009, p. 8
1 comentário:
Manelinha, Manelinha!
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