Prosimetron

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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Emily Dickinson, Poemas 2.

613
Fecharam-me na Prosa -
Como em Menina
Me punham no Quarto Escuro -
Porque me queriam "quietinha" -
Quietinha! Se me pudessem espreitar -
E ver o meu Cérebro - andar de roda -
Melhor seria terem amarrado um Pássaro
Por traição - ao Pelourinho -
Basta-lhe querer
E com ligeireza de Estrela
Liberta-se do Cativeiro -
E ri-se - também eu não preciso de mais -
Emily Dickinson, Poemas e Cartas, Lisboa: Cotovia, (antologia para um recital. Introdução e tradução de Nuno Júdice [revista por Ana Luísa Amaral]. Seleção de Nuno Vieira de Almeida). Edição bilíngüe. Lisboa: Cotovia, 2000, p. 77.

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