A beleza das palavras de A.S. levaram-me a equacionar como é bom conhecer - mesmo à distância - quem sabe exprimir tão bem a sensação que um livro, um poema, ou até uma flor proporcionam. A distância esvai a possibilidade de se agarrar o tempo, de se aprender in loco, de saborear o momento. Existem barreiras intransponíveis, apesar de se deitarem todos os muros abaixo. Nasce alguma tristeza pela impotência sentida. Surgem algumas questões: porquê? Qual a provação? Que sentido? As questões são tão intransponíveis como os muros da distância mas o poder da escrita é como o poder das flores, encanta. Então, no meio destas divagações, surgiu na memória este quadro que vi no Prado, A Visão e o Olfacto, resolvi ir buscá-lo e utilizá-lo como: a visão para lá do sentido literal da palavra, e o olfacto para cheirar o quadro.
Jan Brueghel o velho (1568 -1625), transpôs para a tela a beleza e concedeu ao sentido da visão a maior importância, talvez explicada através das inúmeras telas, dos dois putti, do quadro/espelho, da coroa de flores, das duas mulheres e das flores que pontuam o canto inferior esquerdo do quadro.
Pormenor II
Pormenor III
1 comentário:
O quadro é lindo.
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