P. Charters d'Azevedo - Nariz, nariz e nariz
Acrílico sobre tela, 2004
Nariz, nariz, e nariz,
Nariz, que nunca se acaba;
Nariz, que se ele desaba,
Fará o mundo infeliz;
Nariz, que Newton não quis
Descrever-lhe a diagonal;
Nariz de massa infernal,
Que, se o cálculo não erra,
Posto entre o Sol e a Terra,
Faria eclipse total!
Bocage
Post despoletado por APS, depois de uma conversa sobre «narizes literários».
Jad, esta é a tal poesia de que eu não me lembrava e que o meu pai costumava dizer quando eu era miúda, mas hoje saiu de uma rajada e depois vi que é de Bocage.
4 comentários:
E não tem a ver com o Cyrano de Bergerac?
Aqui vai mais...De Tomás de Noronha
(Fénix Renascida,vol.V:
"...És tão grande,nariz,que há opiniões,/
E prova-o com razões
Certo moderno,
Que em comprimento és,nariz,eterno,
Porque ainda que princípio te soubemos/
Notícia de teu fim nunca tivemos.
.."
Com os melhores votos.
Miss Tolstoi,
Talvez, ele senhor de um grande nariz.
Vou ver se encontro a poesia nas obras do Bocage. Porque vi a referência na net.
APS,
Não conhecia. Obrigada.
Não me esqueci, mas ainda não tive tempo.
Enviar um comentário