Para além da Sophia Loren, houve duas mulheres que me encantaram no filme Nine. Começo pela Judi Dench que interpretou o papel de figurinista. Ela personifica a confidente e uma espécie de consciência de Guido Contini.
A actriz britânica com uma longa carreira no teatro, no cinema e na televisão, detentora de vários prémios, dez BAFTAs, sete Laurence Olivier Awards, dois Screen Actors Guild Awards, dois Golden Globes, um Óscar, e um Tony Awards, impõe na pele da figurinista uma forte presença.
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Judi Dench na peça António e Cleopatra, de William Shakespeare, no Royal National Theatre, 1987 , fotografia de Graham Brandon
Rainha Elizabeth, na Paixão de Shakespeare
Tatiana, Rainha das fadas, no Sonho de uma Noite de Verão
Tatiana, Rainha das fadas, no Sonho de uma Noite de Verão
Outra figura feminina que me despertou interesse foi a de Marion Cotillard no papel da mulher de Guido Contini, o realizador de cinema. A actriz possuidora do Óscar, do Globo de Ouro, do BFTA e do César com sua actuação em Piaf - um Hino ao Amor, encantou-me na pele de Louise. Em oposição a Judi Dench, ela interpreta o papel de uma mulher sonhadora, apaixonada, angelical mas também inteligente.
Marion Cotillard nasceu em Paris, em 1975.
Rob Marshall realizou, na minha opinião, uma bela história de sete mulheres na vida de Guido Contini, interpretado de forma sublime por Daniel Day-Lewis. Apesar de Guido ser a personagem principal as mulheres têm um papel preponderante, é através delas que ele se projecta. A crise por que passa o realizador, a fuga, o medo, a perda da criatividade, as memórias são no fim de contas o ajuste de contas que todos fazemos numa ou noutra altura da vida. A alternância entre o preto e branco e a cor realçam a estética cinematográfica. O musical assume a fantasia que o show oferece.
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