Ficámos ontem a saber que com a intervenção directa de Ana Jorge lá se conseguiram poupar uns milhões do erário público, cancelando 30% da encomenda de vacinas para a gripe A que havia sido feita junto da GlaxoSmithKline. Foi a percentagem também conseguida pelo governo alemão e por outros estados europeus. Ainda assim, continuamos com vacinas a mais, especialmente considerando que uma só dose serve para imunizar um adulto, ao contrário do que incialmente havia sido dito pelos peritos da OMS, sendo certo que foi com base em tais informações que as encomendas foram feitas por dezenas e dezenas de países.
Há que aguardar pelas investigações do Conselho da Europa para que se possa realmente saber se houve "relações perigosas" entre algumas empresas farmacêuticas e os peritos da OMS, mas uma coisa é certa- o alarmismo da organização, uma das mais reputadas do mundo, ao falar de pandemia e de níveis de pandemia contribuiu certamente para a compra de milhões de vacinas e consequente lucros de duas ou três multinacionais farmacêuticas.
4 comentários:
Claro que, uma vez passado o que se espera ter sido o pior, é relativamente fácil criticar o excesso do alarme. O drama é que qualquer dia é mesmo a sério...
Entretanto, a própria obsessão de limpeza, por conta da gripe A, pode ter sido a melhor vacina. De fonte segura, recolhi a informação de que as infecções, incluindo as hospitalares, tinham descido bastante, motivando uma baixa importante do consumo de antibióticos. A ser verdade, o que seria boa notícia, e a ser também verídica a tese da conspiração OMS-Laboratórios, dir-se-ia que só ganharam nas vacinas, perdendo no resto... :)
Estou curioso de ver o que fica, depois deste alarme inicial. Será que para o ano continuaremos a lavar as mãos e a desinfectá-las como nos habituámos? Será que a BN continuará a impor (o que me parece bem) a desinfecção à entrada?
Já agora, o desinfectante da BN, de todos os que experimentei, era o que cheirava melhor! Parabéns! :)
Concordo com o JP.
A verdade é que as casas-de-banho públicas passaram a estar bastante mais apresentáveis.
Concordo com os vossos argumentos, e também já os expendi recentemente, sendo indisputável o acréscimo de higiene verificado e os benefícios daí advenientes, mas todas essas medidas de prevenção não seriam tão eficazes perante um cenário de verdadeira pandemia- e foi este o cenário anunciado pela OMS.
Não se pense, no entanto, que estou a menorizar os 98 mortos portugueses e os 14.000 a nível mundial, mas são números que comparados desde logo com gripes sazonais mais agressivas ficam aquém.
Mas olha que as mortes, "qualitativamente", foram distintas das da gripe sazonal. E, se fores "associado" da gripenet :), como eu, sabes que a gripe sazonal teve uma incidência baixíssima este ano, por comparação com o ano passado. Plausivelmente, um efeito de arrastamento da desinfecção e, decerto, de uma quase certa maior cobertura da vacinação (foi o 1.º ano que me vacinei).
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