Carl Larson (1853–1919) - A véspera de Natal
Aguarela, 1904-1905
Estocolmo, Museu National
Um pássaro a cantar na laguna estagnada
Frutos no capitel de uma coluna exangue
É assim que o Natal se pousa na alma
É assim que o Natal tem um gosto a laranja
Do gira-discos sobe um concerto de Bach
Que importa que lá fora o vento se levante
É assim que o Natal habita a nossa casa
É assim que o Natal desperta a nossa infância
Mas penso no que seja a noite de hoje em Praga
Vais a dizer a Jesus E dizes Vietname
É assim que o Natal nos dilacera a carne
É assim que o Natal nos aprece um alfange
E ficamos os dois de mãos entrelaçadas
E filtramos a luz e a sombra deste instante
É assim que o Natal nos vai enchendo a taça
É assim que o Natal nos aperta a garganta
1968
David Mourão-Ferreira
In: Cancioneiro de Natal. Lisboa: Verbo, 1971, p. 39-40
Um pássaro a cantar na laguna estagnada
Frutos no capitel de uma coluna exangue
É assim que o Natal se pousa na alma
É assim que o Natal tem um gosto a laranja
Do gira-discos sobe um concerto de Bach
Que importa que lá fora o vento se levante
É assim que o Natal habita a nossa casa
É assim que o Natal desperta a nossa infância
Mas penso no que seja a noite de hoje em Praga
Vais a dizer a Jesus E dizes Vietname
É assim que o Natal nos dilacera a carne
É assim que o Natal nos aprece um alfange
E ficamos os dois de mãos entrelaçadas
E filtramos a luz e a sombra deste instante
É assim que o Natal nos vai enchendo a taça
É assim que o Natal nos aperta a garganta
1968
David Mourão-Ferreira
In: Cancioneiro de Natal. Lisboa: Verbo, 1971, p. 39-40
1 comentário:
Linda toada!:)
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