"Num país onde qualquer obscuro jogador de futebol que vai dar uns chutos para um clube romeno ou eslovaco, ou qualquer treinador manhoso que vai orientar a selecção do Turcomenistão ou do Suriname, é transformado em figura nacionalmente relevante e merecedora da mais enlevada atenção dos media, passam muitas vezes despercebidas as pessoas realmente excepcionais, que fizeram coisas únicas.
Uma delas foi Roberto de Moraes, jornalista, tradutor e especialista em história militar e da Europa, falecido em Lisboa, a 17 de Dezembro, aos 71 anos. Trabalhou em O Século, Vida Mundial e A Nação, bem como na RTP, tendo deixado colaboração espalhada por vários outros títulos nacionais e estrangeiros, e publicações militares.
Roberto de Moraes ficará para a história do jornalismo nacional, por ter sido o único português a ter entrevistado o escritor Ernst Jünger, por várias vezes, beneficiando da sua profunda ligação à cultura germânica e do seu conhecimento da literatura europeia, em especial a alemã, a francesa e a inglesa.
A primeira dessas longas entrevistas com o autor de Sobre as Falésias de Mármore e A Guerra como Experiência Interior, deu-se a 27 de Maio de 1973, na casa de Jünger, em Wilflingen, na Suábia, e foi publicada, sob o título Ernst Jünger: O Mago da Floresta Negra, na Vida Mundial, em 1976, com destaque de capa.
É um documento único que fez com que Roberto de Moraes seja o único português mencionado por aquele gigante das letras no seu diário. Na hora da sua morte, aqui fica a homenagem, a evocação e o orgulho de o ter conhecido e de lhe ter chamado amigo. "
Eurico de Barros, Diário de Notícias, O português que entrevistou Jünger, 8 de Janeiro de 2011
Uma delas foi Roberto de Moraes, jornalista, tradutor e especialista em história militar e da Europa, falecido em Lisboa, a 17 de Dezembro, aos 71 anos. Trabalhou em O Século, Vida Mundial e A Nação, bem como na RTP, tendo deixado colaboração espalhada por vários outros títulos nacionais e estrangeiros, e publicações militares.
Roberto de Moraes ficará para a história do jornalismo nacional, por ter sido o único português a ter entrevistado o escritor Ernst Jünger, por várias vezes, beneficiando da sua profunda ligação à cultura germânica e do seu conhecimento da literatura europeia, em especial a alemã, a francesa e a inglesa.
A primeira dessas longas entrevistas com o autor de Sobre as Falésias de Mármore e A Guerra como Experiência Interior, deu-se a 27 de Maio de 1973, na casa de Jünger, em Wilflingen, na Suábia, e foi publicada, sob o título Ernst Jünger: O Mago da Floresta Negra, na Vida Mundial, em 1976, com destaque de capa.
É um documento único que fez com que Roberto de Moraes seja o único português mencionado por aquele gigante das letras no seu diário. Na hora da sua morte, aqui fica a homenagem, a evocação e o orgulho de o ter conhecido e de lhe ter chamado amigo. "
Eurico de Barros, Diário de Notícias, O português que entrevistou Jünger, 8 de Janeiro de 2011
4 comentários:
Gostei deste poste. É verdade dá-se relevância a jogadores, a pessoas que nada construíram e fazem-se delas vedetas. As pessoas que verdadeiramente constróiem algo ficam na sombra e são relembrados por poucos.
Não conheço a entrevista mas gostei do título.
Obrigada, Filipe!
Não será "constroem"?
É sim, constroem!
E quem lê Junger?- O problema começa por aqui. Pelo que é promovido, pelo que é lido, pelo que "aparece" nos media.
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