(...) É uma Sophia mais aprofundada que emerge do espólio. Em certos aspetos é uma pessoa mais frágil, noutros é mais forte. E apercebi-me da relação entre o material privado e a obra poética. Uma descoberta do espólio são os cadernos escritos na sua adolescência, escondidos, onde surge uma Sophia pessimista, com o sentimento de estar encerrada num mundo fechado e encantado. A partir dos anos 60 torna-se mais combativa. Toma consciência da realidade social e política. Essa mudança é percetível nos diários, na correspondência, num «salto» a partir do Livro Sexto (1962).
(...) Muitos poemas inéditos. E inúmeras versões diferentes do texto final. (...) e muito material disperso por revistas, nunca editado em livro. Há também esboços de contos e de autobiografias. E livros: quando Sophia estava a ler um romance que a apaixonava, escrevia um poema a lápis na contracapa. Esses livros foram também entregues à BN.
Uma entrevista que vale a pena ler na íntegra (p. 16).
1 comentário:
E parece que ficava muito insegura, quando estava para sair algum dos seus livros...(disse-mo alguém que merecia toda a minha confiança.)
Enviar um comentário