Só ontem soube da morte de Jorge Semprún, ocorrida no dia 7 em Paris. Fiquei chocada porque, para além de ser um escritor e um homem que eu apreciava, fui ver uma exposição em Paris, Archives de la vie littéraire sous l'Occupation, e lembrei-me dele.
Jorge Semprun Maura nasceu em Madrid. A sua família republicana (era sobrinho de Miguel Maura) exila-se em França, em 1937. Em 1941, adere à Résistance des Francs Tireurs et Partisans e, no ano seguinte, ao Partido Comunista Espanhol. Em 1943 é preso pela Gestapo e enviado para Buchenwald, regressando a Paris em 1945.
A partir de 1953 coordena as actividades clandestinas do PCE no exílio, integrando as suas comissões central e política.
Entre 1957 e 1962, anima o trabalho clandestino do PCE em Espanha, sob o pseudónimo de Frederico Sánchez, experiência que relatará no seu livro Aubiografia de Federico Sánchez.
Publica A grande viagem, um romance autobiográfico, que recebe o prémio Formentor, em 1963. No ano seguinte sai do PCE por divergências, consagrando-se então à escrita.
Em 1969, recebe o prémio Femina por A segunda morte de Ramon Mercader, uma biografia do assassino de Trotsky.
Entre 1988 e 1991 foi ministro da Cultura, em Espanha.
Em 1994 recebe o Prémio da Paz dos editores e livreiros alemães.
A escrita ou a vida, reordações, recebe o prémio Fémina Vacaresco 1994 e o Prix Littéraire des Droits de l'Homme 1995, bem como o prémio da cidade de Weimar e o prémio Nonino (Itália) em 1999.
Eleito para a Academia Goncourt em 1996.
(Só referi os livros de Semprún que li.)
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