Prosimetron

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Poemas com cinema - Psycho

Assassinada no duche
como Marat
mas sem revolução
nem razão
e o sangue aguado dela
vai-se pelo ralo
da banheira
no sentido
dos ponteiros do relógio
nos antípodas
seria ao contrário
porquê?

Adília Lopes


de Poemas com cinema, antologia organizada por Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós, Rosa Maria Martelo, Assírio & Alvim, 2010;
imagem: Janet Leigh em Psycho de Hitchcock (1960)

1 comentário:

ana disse...

Já li alguns poemas da autora
mas este é curioso.
Obrigada pela partilha, Filipe! :)