Prosimetron

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terça-feira, 3 de abril de 2012

"Deosa dos amores"

No livro,
Arte de ingenio, tratado de la agudeza (Madrid, Juan Sánchez, 1642),
obra que amplió y reformó Lorenço Gradan más tarde
(1648), encontrei o soneto de Camões:



Num jardin adornado de verdura,
a que esmaltâo por cima varias flores,
entró un dia a Deosa dos amores
com a Deosa da caza et da espesura.

Diana tomou logo huma rosa pura,
Venus un roxo lirio dos melhores:
mas excediâo multo as outras flores
as violas da graça et fermosura.

Preguntâo a Cupido, qu'allî estava,
qual de aquellas tres flores tomaria,
por mays suave, pura et mais fermosa.

Sonrindose o menino Ihe tornava:
"Todas fermosas sâo, mas eu quería
viola antes que lirio, nem que rosa."

10 comentários:

Cláudia Ribeiro disse...

Um bonito soneto de Camões bem no seu tempo.
A escolha não é fácil: lírio ou rosa?!
Beijinhos

ana disse...

Cláudia,
É difícil mesmo!
Escolho os dois. Fiquei surpreendida por encontrar, neste livro, um soneto tão lindo de Camões .
Beijinhos. :)

Miss Tolstoi disse...

E as violas?! São lindas. Entre violeta e amor perfeito.

Miss Tolstoi disse...

Mas o poema é uma boa trapalhada, meio traduzido: português, espanhol, latim (ou será francês?)...

Jad disse...

Então eu sou como o Cúpido. Escolho viola!

ana disse...

Miss Tolstoi,
Foi copiado do livro (copy and paste).:)

Jad,
:)

Isabel disse...

Muito bonito, e a foto também.
Beijinhos

ana disse...

Isabel,
Estávamos a escrever em simultâneo, obrigada.
Beijinhos. :)

Isabel disse...

Pois foi!!

Miss Tolstoi disse...

Ana, eu percebi que tinha sido transcrito do livro. Mas é uma grande pessegada...