Após os estudos no University College e na Royal Academy of Dramatic Art de Londres, estreia-se no lendário Old Vic em 1960 na peça “A gaivota” de Tchekov. Um ano depois, encanta o público londrino em Billy Liar na versão de teatro. O ano de 1962 estabelece o contacto decisivo com o cinema: convidado por Tony Richardson, interpreta o jovem e rebelde Colin Smith em The loneliness of the long distance runner. Segue-se a adaptação cinematográfica de Billy Liar na realização de John Schlesinger em 1963, em que Courtenay brilha no papel principal de Billy Fisher. Neste período, o mais fecundo sob o ponto de vista cinematográfico, vemos Courtenay em King and Country (1964) de Jospeh Losey ao lado de Dirk Bogarde, King Rat (1965) de Bryan Forbes, Operation Crossbow (1965) de Michael Anderson juntamente com Sophia Loren e George Peppard e, claro, no papel de Pasha em Doutor Jivago (1965) de David Lean que lhe vale a nomeação para o Óscar de melhor actor secundário (todos nós nos recordamos do noivo infeliz e revolucionário de Lara...).
Billy Liar (1963), com Julie Christie
A partir de 1971, retira-se do grande écran para se dedicar ao teatro. Poucas são as aparições em cinema ou televisão. The Dresser (1983) de Peter Yates será uma excepção notável. No entanto, marca presença regular em peças clássicas e contemporâneas, e torna-se assim num dos mais aclamados actores britânicos em palco. Um dos highlights da sua carreira será seguramente a participação em Art de Yasmina Reza no Wyndham’s Theatre em 1996.
À semelhança de outros artistas (súbditos e não-súbditos), é, em 2000, condecorado com o título de Cavaleiro do Império por Isabel II.
Ao contrário de Alan Bates, James Fox ou Albert Finney, Tom Courtenay nunca alcançou a popularidade dos grandes actores britânicos, pertencentes à nova vaga do início dos anos 60. Talvez seja a sua postura misteriosa que eu admiro e que, em filme, se traduz tanto em rebeldia como em timidez - um aparente paradoxo.
À semelhança de outros artistas (súbditos e não-súbditos), é, em 2000, condecorado com o título de Cavaleiro do Império por Isabel II.
Ao contrário de Alan Bates, James Fox ou Albert Finney, Tom Courtenay nunca alcançou a popularidade dos grandes actores britânicos, pertencentes à nova vaga do início dos anos 60. Talvez seja a sua postura misteriosa que eu admiro e que, em filme, se traduz tanto em rebeldia como em timidez - um aparente paradoxo.
3 comentários:
Gostava bastante deste actor e, na verdade, já há muito tempo que não o vejo.
M.
Este também era bastante engraçadinho. Não sei em que estado se encontrará... Vou procurar ver.
Vamos lá, vamos lá, que não está mal de todo. Um bocado velhote, mas contra isso...
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