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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Para lavar e durar...

Mesmo depois de proferido o tão aguardado despacho de acusação e arquivamento, que acabou por apenas resultar na ida a julgamento dos 2 consultores ( Smith e Pedro ) pelas mãos dos quais passaram os milhões, continua a ser um caso que agita os meios políticos e judiciais e faz vender muito jornal. Especialmente quando temos um PGR que a propósito do caso diz que se sente a Rainha de Inglaterra...
É claro que ficaram muitas coisas por esclarecer, que se perdeu o rasto ao dinheiro vindo de Inglaterra, e pelos vistos, talvez inexplicavemente, ficaram pessoas por ouvir. Mas quando se trata de factos ocorridos há oito anos ( o controverso licenciamento ) tudo isto é de esperar...
Eu não vou lá há anos, embore goste bastante de Alcochete, terra onde se come muito bem.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Ainda o Caso Freeport


" (...) Resta agora vender o «Freeport» a outro bom escritor. Melhor história não vai haver nos tempos mais próximos. Trata-se de um drama cheio de fantasia, com políticos portugueses, familiares da Rainha de Inglaterra, multinacionais, off-shores, homens de negócios, golfe no Algarve, uma Expo mundial, ministros, um primeiro-ministro, uma capital decadente e cheia de pecado, crime organizado, agentes secretos, corrupção, violência, polícias, juízes e magistrados, conspirações, polémicas, mentira, mortes súbitas, mães empreendedoras, primos introspectivos, um diploma fatal, uma família fatídica, tios compreensivos, negócios da China, tudo ingredientes duma grande história.
Se não houver quem leve isto a sério, que alguém escreva o «libretto» para uma ópera bufa! Ou para um musical. «Freeport» dá para tudo! "
- Joaquim Letria, "Freeport", in 24 horas de hoje.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A primeira vítima do caso Freeport


Diz-me fonte segura de Belém que o Procurador-Geral da República sairá de cena ainda antes de qualquer decisão no caso Freeport. Parece ser certo que Cavaco Silva perdeu a confiança em Pinto Monteiro na sequência das recentes declarações dos responsáveis do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, entendendo o Presidente que Pinto Monteiro quer efectivamente salvar a face de José Sócrates à custa do normal desenrolar das investigações.
Se efectivamente Pinto Monteiro for convidado a demitir-se, abre-se mais uma frente de guerra entre Belém e S.Bento e o sistema judicial fica de rastos.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O caso Freeport ...

" (...) O segundo ponto essencial que a imprensa tem esquecido é o motivo. Sócrates tinha ou não uma razão forte e privada para favorecer a construção do Freeport?
Não é preciso pensar muito para concluir que sim. A quem interessa um outlet com lojas de roupa de marca mais barata perto de Lisboa? Ao sexto homem mais elegante do mundo, certamente. O Freeport permite-lhe manter a mesma elegância, mas a preços mais baixos. Não sei se o primeiro-ministro cometeu alguma infracção ética ou até algum delito no caso Freeport, mas não deve ser menosprezada a ambição, inerente à condição humana, de ultrapassar o Karl Lagerfeld em garbo.

O terceiro ponto menosprezado pela comunicação social tem a ver com o facto que precipitou a investigação. Ao que parece, o juiz desconfiou do modo como o projecto foi licenciado. De acordo com a descrição do magistrado, tudo se passou de forma impecável, célere e competente. Estava à vista de todos que alguma coisa estava mal. Em Portugal, este costuma ser um bom método para descobrir ilegalidades. Se um projecto é aprovado dentro do prazo, alguém anda a receber dinheiro por fora. Normalmente, quando alguma coisa corre bem, é sinal de que há moscambilha."

- Ricardo Araújo Pereira, Os casos Freeport, in Visão, 29 de Janeiro de 2009.