Prosimetron

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Os meus poemas -18

HISTÓRIA ANTIGA

Para trás ficaram as ruínas de Ilium,
o cadáver ainda quente de Príamo,
um negro coro de lamentações.
Dos nossos, Patroclo e Aquiles, vingado
Heitor, mortos também com tantos
outros. Sangue, fumo, o apodrecer
dos corpos entre colunas e muros tombados,
assinalam a nossa passagem. Reduzido
a escombros o alto Corcel das Lanças.
Na odisseia que começa, em barcos
de longo curso, aço e motor possante,
assegurada a calma dos oceanos, a previsão
meteorológica e a firmeza dos costados
- só é de temer o mar da consciência.

Rui Knopfli
(1932 -1997)

2 comentários:

Anónimo disse...

Gosto de Rui Knopfli.
M.

Anónimo disse...

Desconhecia mas gosto bastante deste poema.
A.R.