Nos últimos dias, depois de uma conversa com uma amiga, deu-me para ler uns livros que não conhecia de Françoise Giroud (1916-2003). Gosto muito desta jornalista e cronista, e do modo como estava na vida e como via o mundo (embora nem sempre tenha concordado com as opções que fez), de quem já li uns quantos livros autobiográficos e as biografias de Alma Mahler, Jenny Marx, etc.
Agora, comecei por Françoise Giroud vous presente le tout Paris (Paris: Gallimard, 1952), uma série de retratos que ela traça de alguns parisienses ilustres, alguns dos quais não nos dizem nada hoje, a nós portugueses. E se calhar a alguns franceses. Quem sabe quem foi Simone Berriau? Edwige Feuillère, René Floriot, Pierre Fresnay, Galtier-Boissière, Maurice Graçon, Pierre Gaxote, etc? Mas também há os que conhecemos: Jean Anouilh, Collette, Christian Dior, François Mitterrand, e outros.
O primeiro dos retratados é o actor Marcel Achard (1899-1974) que, por sua vez, traça o perfil de Françoise Giroud, numa espécie de prefácio: «quando on la regarde, qu’est-ce qui frappe tout d’abord? Ses yeux.
«Elle est très jolie. Elle est même belle. Elle est élégante. On s’en aperçoit tout de suite. Mais on l’oublie dès qu’on a regardé ses yeux. Des yeux qui sont en même temps – et c’est difficile! – profonds et perçants. Pleins de curiosité et de mystère. Des yeux d’almée qui enregistrent chaque détail avec l’impacable précision d’une caméra. […]
«Ne dites pas: “Oh! ce type-là ne m’intéresse pas.” Vous n’en savez rien encore. Attendez de l’avoir vu avec les yeux de Françoise Giroud.» (p. 7-8)
Nascida em Lausanne, filha de dois otomanos, Françoise Giroud é pseudónimo de Lea France Gourdji.
Jornalista, esteve na fundação da revista Elle, criou em 1953, com Jean-Jacques Servan-Schreiber L’Express. Em 1983, Jean Daniel convidou-a para escrever no Nouvel Observateur, o que ela fará até à morte.
Quando fez 80 anos, exclamou: «Como é que isto me foi acontecer?!» Ter 80 anos, sentir-se e estar jovem.
Agora, comecei por Françoise Giroud vous presente le tout Paris (Paris: Gallimard, 1952), uma série de retratos que ela traça de alguns parisienses ilustres, alguns dos quais não nos dizem nada hoje, a nós portugueses. E se calhar a alguns franceses. Quem sabe quem foi Simone Berriau? Edwige Feuillère, René Floriot, Pierre Fresnay, Galtier-Boissière, Maurice Graçon, Pierre Gaxote, etc? Mas também há os que conhecemos: Jean Anouilh, Collette, Christian Dior, François Mitterrand, e outros.
O primeiro dos retratados é o actor Marcel Achard (1899-1974) que, por sua vez, traça o perfil de Françoise Giroud, numa espécie de prefácio: «quando on la regarde, qu’est-ce qui frappe tout d’abord? Ses yeux.
«Elle est très jolie. Elle est même belle. Elle est élégante. On s’en aperçoit tout de suite. Mais on l’oublie dès qu’on a regardé ses yeux. Des yeux qui sont en même temps – et c’est difficile! – profonds et perçants. Pleins de curiosité et de mystère. Des yeux d’almée qui enregistrent chaque détail avec l’impacable précision d’une caméra. […]
«Ne dites pas: “Oh! ce type-là ne m’intéresse pas.” Vous n’en savez rien encore. Attendez de l’avoir vu avec les yeux de Françoise Giroud.» (p. 7-8)
Nascida em Lausanne, filha de dois otomanos, Françoise Giroud é pseudónimo de Lea France Gourdji.
Jornalista, esteve na fundação da revista Elle, criou em 1953, com Jean-Jacques Servan-Schreiber L’Express. Em 1983, Jean Daniel convidou-a para escrever no Nouvel Observateur, o que ela fará até à morte.
Quando fez 80 anos, exclamou: «Como é que isto me foi acontecer?!» Ter 80 anos, sentir-se e estar jovem.
3 comentários:
Li-a muito no "Nouvel Observateur" e tenho boas memórias do que escrevia.
Curiosamente, li recentemente sobre ela umas coisas, designadamente o polémico divórcio de JJ S-S, que meteu cartas anónimas e tudo...
Depois de ler estes livros, de que retirei umas citações para colocar no blogue, vou ler duas biografias dela, uma de Catherine Ockrent e outra de Laure Adler. Darei notícias! :)
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