Cada vez que me cruzo com a ideia da bandeira nacional, cousa que me foi incontornável enquanto vasculhava Ourique, irrito-me com o verde-rubro. Vou outrossim recuperar um tema do nosso Ilustre editor, de 11 de Junho, com a discussão da bandeira. Estando de acordo que uma discussão pública seria um disparate (como o foi em 1910-1911), gostava bastante de regressar aos motivos da bandeira de 1139-1910.
"O Campo azul e branco permanece indelével. É o firmamento o mar o luar, o sonho
dos nossos olhos o êxtase eterno das nossas almas.
Os castelos continuam em pé inabaláveis, de ouro de glória, num fundo de sangue ardente e generoso ...
A cruz do calvário, as das cinco chagas essa não morre, é o abraço divino, o abraço imortal...
A coroa do Rei, coroa de vergonhas, já o não envilece, o não vislumbra. No brasão dos sete castelos e das quinas erga-se de novo a esfera armilar da nossa glória...
E ao símbolo augusto do nosso génio ardente e aventuroso, coroemo-lo enfim de cinco estrelas em diadema dos cinco astros de luz vermelha e verde [ ...] dessa manhã heróica da rotunda."
Guerra Junqueiro, citado em "Do Azul-Branco ao Verde-Rubro. A Simbólica da Bandeira Nacional", de Nuno Severiano Teixeira, 1991
A bandeira representada é a imagem preconizada por Guerra Junqueiro, capturada em formato digital no Flags of the World. A minha sugestão seria algo diferente; por exemplo, livrava-me claramente das estrelas do compromisso da "manhã heróica [ainda não estava publicado Vasco Pulido Valente] da rotunda". Seria algo assim:
Ou assim
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