Prosimetron

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sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Povo que lavas no rio

Outro poema que ficará para sempre na história.

É uma canção de todos nós...

Povo que lavas no rio
Que talhas com teu machado
As tábuas do meu caixão
Há-de haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tu vida não

Fui ter á mesa redonda
Beber em malga que esconda
Um beijo de mão em mão
Era o vinho que me deste
Água pura, fruto agreste
Mas a tua vida não

Aromas de urze e de lama
Dormi com eles na cama
Tive a mesma condição
Povo, povo eu te pertenço
Deste-me alturas de incenso
Mas a tua vida não


Pedro Homem de Melo

4 comentários:

Miss Tolstoi disse...

E esta é uma das canções da Amália de que mais gosto.
Só faltou dizer que a música é do Alain Oulman.

Jad disse...

Tem razão, cara miss Tolstoi. Foi uma injustiça para o Alain Oulman. Mas eu estava só a pensar no poema...

Miss Tolstoi disse...

Está desculpadíssimo, depois de ter colocado esse poema e o anterior.
Até breve.

Anónimo disse...

Adoro este fado.
Venho agradecer ter colocado num post a reposição do Van Gogh. Vi que o filme é lindo. Pude jogar com os seguintes conceitos:
Beleza, tristeza, solidão, Alegria/esquecimento e inocência.
Cruzei-me com o Manoel de Oliveira. Já tinha comprado o bilhete para o Pialat mas fiquei com problemas de consciência. É terrível ter que escoher.
Bom Sábado e obrigada.