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terça-feira, 21 de abril de 2009

Menina Júlia, no D. Maria II


Primeiro projecto da programação de Diogo Infante, estreou na semana passada no D. Maria II, a peça de August Strindeberg “Menina Júlia”. Podendo parecer datada, continua actual porque aborda as relações de poder, a ascensão social a qualquer preço, a estratificação de classes, o amor, o desejo, a hipocrisia e o cinismo nas relações humanas: no fundo os problemas das relações humanas em qualquer época.
Excelentes interpretações de Beatriz Batarda, como menina Júlia e de Albano Jerónimo como João, o criado e a de Isabel Abreu, como Cristina a cozinheira e noiva de João.
A encenação de Rui Mendes é também excelente e a cenografia de Manuel Amado e Ana Paula Rocha consegue ser moderna sem deixar de representar o ambiente de uma casa do século XIX, o que vai sendo raro no teatro actual, onde as encenações e cenografia de peças “de época” chegam a ser grotescas pela procura a qualquer preço de contemporaneidade. Diogo Infante, começa a marcar pontos.

1 comentário:

Miss Tolstoi disse...

Irei ver. Gosto do Strindberg.