A escolha é obviamente difícil mas decidi apresentar a Montanha Mágica de Thomas Mann. Já li este livro há uns anos e nunca o reli como aconteceu com outros.
“Capítulo VI – Transformações
“Capítulo VI – Transformações
Que é o tempo? Um mistério: é imaterial e – omnipotente. É uma condição do mundo exterior; é um movimento ligado e relacionado com a existência dos corpos no espaço e com a sua marcha. Mas, deixaria de haver tempo, se não houvesse movimento? Não haveria movimento sem o tempo? É inútil perguntar. É o tempo uma função do espaço? Ou vice-versa? Ou são ambos idênticos? Não adianta prosseguir perguntando. O tempo é activo, tem carácter verbal, «traz consigo». Que é que traz consigo? A transfomação. (...)”
Thomas Mann, A Montanha Mágica, Lisboa: Livros do Brasil, sd. p. 362.
Davos, Suíça
Porquê este livro?
Pela leitura do excerto que escolhi é fácil de entender. Thomas Mann, através de Hans Castorp, engenheiro naval, leva-nos a viajar ao interior da mente humana. Coloca questões acerca do “ser”, da morte e da vida, da fragilidade humana constantemente presente no Sanatório de Davos, nos Alpes Suíços, onde passa longos anos. Ali, “longe da multidão”, (expressão magnífica de Filipe Nicolau), esta personagem reflecte sobre política, filsofia, religião, beleza, arte e amor.
O tempo, que passa... lentamente..., é também ele objecto de análise... o tempo que se consome entre vencer a doença e a morte... o tempo que marca as horas e os minutos, que traz o outono, o inverno, a primavera e o verão, o amadurecimento, o movimento que traz com ele a transformação.
Este livro é intemporal, apesar da conjuntura marcada pelo o período anterior à Grande Guerra e início da mesma.
Tempo – movimento – transformação / nascer, - viver - morrer...!
O livro foi transposto para o cinema pelo realizador Hans W. Geissendörfer em 1982.
Pela leitura do excerto que escolhi é fácil de entender. Thomas Mann, através de Hans Castorp, engenheiro naval, leva-nos a viajar ao interior da mente humana. Coloca questões acerca do “ser”, da morte e da vida, da fragilidade humana constantemente presente no Sanatório de Davos, nos Alpes Suíços, onde passa longos anos. Ali, “longe da multidão”, (expressão magnífica de Filipe Nicolau), esta personagem reflecte sobre política, filsofia, religião, beleza, arte e amor.
O tempo, que passa... lentamente..., é também ele objecto de análise... o tempo que se consome entre vencer a doença e a morte... o tempo que marca as horas e os minutos, que traz o outono, o inverno, a primavera e o verão, o amadurecimento, o movimento que traz com ele a transformação.
Este livro é intemporal, apesar da conjuntura marcada pelo o período anterior à Grande Guerra e início da mesma.
Tempo – movimento – transformação / nascer, - viver - morrer...!
O livro foi transposto para o cinema pelo realizador Hans W. Geissendörfer em 1982.
4 comentários:
Li a Montanha mágica uma única vez há uns bons anos e gostei bastante. Às vezes penso em relê-lo, mas outros tem-se intrometido.
Ainda há umas semanas, num jantar de amigos, um destes disse-me que estava a lê-lo e fiquei entusiasmado com o entusiasmo dele. Trouxe-me memórias da minha própria leitura dessa grande obra de Mann.
Gosto do Thomas Mann, mas prefiro o conto "Morte em Veneza" a esta "Montanha mágica" que li, mas a que acho que não voltarei.
Os livros da vida, para mim, são para ser relidos, nem que sejam em pequenas doses.
Miss Tolstoi,
Às vezes leio pequenos passos. Adorei, adorei a Morte em Veneza e esse sim, já o reli três vezes mas a Montanha Mágica precisa de uma concentração especial.
Achei que era pretensioso falar de dois livros que já li quatro vezes e que recorro a eles quando estou mais frágil:
O Fausto de Goethe e a Divina Comédia de Dante Alighieri. Estes são TÂO especiais que é só para mim que falo deles.
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