Prosimetron
domingo, 19 de abril de 2009
SONETO A CHILLON
Presença eterna duma Alma sem cadeias,
tu, Liberdade, é no fundo das prisões que brilhas,
pois se transforma o coração em teu refúgio
- coração que só a ti sujeita o amor;
e quando os teus filhos são presos, e lançados
para as masmorras húmidas, sombrias,
exalta-se a pátria com este martírio,
e sobre as asas do vento ascende a tua glória.
Chillon!, é o teu cárcere um lugar sagrado
e um altar o chão obscuro, onde deixou
Bonnivard os vestígios dos seus passos,
como se fossem de relva as frias lajes:
que não venham apagar agora esses vestígios,
pois são um apelo a Deus contra os tiranos.
Lord Byron
In: Poesia romântica inglesa / trad. de Fernando Guimarães. Lisboa: Relógio d’Água, 1992, p. 25
Lord Byron faleceu há 185 anos, em Missolonghi.
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1 comentário:
Um herói romântico. Viveu George Gordon, Lord Byron, como uma personagem de um romance.
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