Prosimetron

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Visão Censurada. 35 Anos 25 de Abril.

Hoje, quando procurava ver os títulos dos jornais deparei com um número especial da Visão e deixo aqui porque a ideia é giríssima. Ver como era efectuada a censura no Estado Novo para se dar valor à democracia e à liberdade de expressão.

Visão vem censurada

"Depois de muitos anos da sua vida a tentarem fintar os serviços de censura de Salazar e Caetano, a última coisa que passaria pela cabeça de dois dos nossos colegas de redacção era a de que um dia seriam convidados para fazerem de censores da VISÃO. Mas foi isso mesmo o que lhes aconteceu. Daniel Ricardo, jornalista profissional há 41 anos, começou a carreira em 1968, em A Capital, tendo trabalhado, durante seis anos, em regime de Censura prévia, naquele jornal e, em acumulação, sucessivamente nas revistas Flama e O Século Ilustrado. Luís Almeida Martins iniciou o seu percurso profissional no mesmo ano de 1968. Também editor da VISÃO, foi director da revista História e do semanário Se7e, director-adjunto de O Jornal e do Jornal de Letras e redactor da Flama e de A Capital, nestes dois casos antes do 25 de Abril. Um e outro viveram a experiência de ser jornalista sob as regras da Censura, primeiro com António Oliveira Salazar e depois com Marcelo Caetano. Receberam, por isso, a incumbência de submeterem a censura prévia esta edição especialíssima da VISÃO, que comemora desta forma interessante e pedagógica os 35 anos do 25 de Abril".
Pedro Camacho

7 comentários:

Anónimo disse...

Censurada é um modo de dizer! Acho isto uma palhaçada! Não vi esta edição da Visão, mas amanhã vou espreitá-la.
M.

ana disse...

M,
Dei uma vista de olhos e não me pareceu mal. Vou comprá-la para avaliar melhor. Cruzei-me com uns jovens que nunca antes a haviam comprado. Julgo que só por este motivo o lápis azul de 2009 a lembrar o de outrora é capaz de ser eficaz.

Anónimo disse...

Ana,
Já houve edições semelhantes de outros jornais.
Acho que estas brincadeiras devem-se fazer nas escolas, como trabalho prático. Talvez alertasse os jovens para o que era a Censura, de um ponto de vista experimentado, se assim se pode dizer.
Agora estas edições censuradas... Ainda bem que são de faz-de-conta!
M.

João Mattos e Silva disse...

Acho a ideia giríssima e vou comprar a Visão. Tenho a maior curiosidade porque também eu fui alvo da censura e guardo religiosamente os "linguados" com o lápis azul.Quanto às criancinhas fazerem exercícios de censura nas aulas, acho perigoso, porque despertar não o espírito libertário mas o censório.

LUIS BARATA disse...

Achei interessante a ideia, e a opção usada não prejudica a leitura.

Anónimo disse...

Chama-se a isto brincar à Censura!
Publiquem antes os textos que foram censurados, a duas versões, o antes e o depois.

Anónimo disse...

Acho que o JMS tem razão quando às criancinhas, ainda formávamos uns novos censores - «se queres conhecer o vilão, põe-lhe o pau na mão». No caso, o lápis...
Concordo com o comentário anterior. Era utilíssimo fazer-se uma edição dos textos com os cortes assinalados. Iriam ver que para além dos cortes políticos, havia cortes absolutamente anedóticos.
M.