Acabei de ler sobre a chegada de Gustav que, no encalce de Katrina, se prevê venha a destruir um pouco mais a cidade de New Orleans, nos EUA.
Ontem vi desfilar os talentos superlativos de Geraldine Page, Wendy Hiller, Dean Martin, Yvette Mimieux e Gene Tierney. O filme era "Toys in the Attic", 1963, baseado na peça de Lillian Hellman (que com ela ganhou um Tony) e realizado por George Roy Hill. A trama é sufocada na essência da New Orleans que se sente em Tennessee Williams ou em Anne Rice, sobre um Julian Berniers -- sempre os apelidos franceses... -- (Martin), anteriormente um fracasso crónico, que regressa cheio de dinheiro à casa ancestral, com a sua noiva-criança (Mimieux), sendo recebido pelas irmãs solteironas (Page e Hiller). Os fantasmas começam a descer, opressivos, sobre as memórias esquecidas, as invejas e as inseguranças dos vários personagens, à medida que Page tenta manipular os eventos a seu bel prazer. Gene Tierney é a elegante mãe de Mimieux, mulher rica que olha com desprezo para o casamento da filha e está envolvida com o motorista, um negro.
Espero que New Orleans resista melhor ao Gustav do que ao Katrina -- senão só nos restarão as memórias...
1 comentário:
Nunca vi Toys in the attic, mas vou procurá-lo esta tarde.
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