Prosimetron

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sábado, 4 de setembro de 2010

Toda a obra de arte é um "fazer"... Vergílio Ferreira

Até onde as ameixas nos podem levar... pensamentos sobre uma tela que não tem vida.
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Philippe Rosseau (1816-1887), Natureza Morta com ameixas, 1860

Museu de Belas Artes, Peste, Budapeste, Hungria.


"Eis que neste sonho de fazer, de trazer à nossa posse um princípio criador, a arte, meu amigo, foi a grande descoberta do nosso tempo. Oh a arte! Que infinito caudal de vozes que a anunciem, a expliquem, de instrumentos que a violem, de sonhos que a recuperem em justificação, em invenção da grandeza! E na sua evidência imediata, na sua imediata eficácia, a arte é tão simples! Porque o que é difícil e complicado não é sentir a arte; mas explicar a obra, (...) . Toda a obra de arte é um fazer e como tal limitada até mesmo para o que a executa".

Évora, Dezembro de 1957.

Vergílio Ferreira, Carta ao Futuro, Lisboa: Quetzal, 2010, p. 81-82.

A Carta ao Futuro é um magnífico ensaio que viaja num tempo pautado pela procura da arte, da beleza, da vida como uma arte, da essência humana, do lugar dos deuses e dos homens mas, sobretudo, de uma intensa procura.
Vergílio Ferreira termina com a ideia de que a vida é "a vertigem da noite e a iluminação do dia."

Uma Real curiosidade

O Duque de Edimburg, além de grande apreciador e patrocinador das artes, é ele mesmo um pintor. Um quadro seu vai aparecer num livro a publicar amanhã: "O pequeno-almoço da Rainha no Castelo de Windsor . 1965". É a revelação da intimidade quotidiana da Rainha Isabel II, que está sentada a tomar a refeição matinal na sala de jantar da residência de Windsor, lendo um jornal, enquanto sobre a mesa se vêem pão, um pote que parece ser de "marmelade" com a colher dentro, e um rádio, tendo nas paredes dois quadros do pintor George Stubbs (1724-1806), pertencentes às colecções reais.
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Há na Família Real britânica uma tradição artística: George III e a rainha Charlote, foram grandes patronos e o rei era um arquitecto intereressado; a rainha Victória e o Príncipe Alberto pintavam e o príncipe Carlos, como seu pai, é um aguarelista que já expôs em 1977.
Fonte: Dayly Mail

Meu Mundo Caiu

Acordei com o "Boa-noite"... aqui fica para embalar o dia... Maysa Matarazzo


e o pequeno filme que se segue é uma brincadeira para a HMJ cujas mãos, por vezes, demonstram a mesma preocupação...
Este documentário hoje seria impossível... um cigarro enrolando os dedos

A força da natureza...

Foi há poucos dias que o Sinabung acordou, para grande espanto e temor dos indonésios, depois de um sono de 400 anos. Tal como aconteceu com os europeus, e todos os viajantes afectados, com o vulcão islandês de nome difícil de reter.
Eu, depois de ver as imagens do recém-acordado Sinabung, lembrei-me da apreensão sentida ao visitar a Sicília e levar com cinzas em cima, presentes nas roupas e nos carros e nas estradas, num dia em que o Etna estava particularmente maldisposto.
Lembrei-me, pois, que o maior vulcão activo da Europa não está assim tão longe...

Em português - 27

Mais uma das novas vozes que merecem grande atenção: Marco Rodrigues. Bom dia!

Boa noite!


E porque também se falou de Maysa.

Segundo poema de solidão

Serei tão secreta
como o tecido da água

e tão leve

e tão através de mim deixando passar
toda a paisagem

e todo o alheio pecado
do gesto, da presença ou da palavra

que logo que a tua mão me prenda
me não acharás:

serei de água

Glória de Sant'Ana

Porque esta noite ouvi lindos poemas lusófonos, entre os quais um desta poetisa, de que gosto muito.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Poemas caídos do céu!

Encontrei este filme aqui . Achei uma ideia deliciosa, talvez caia um poema
para todos!

Uma triste verdade



Escrito no pára-choques de um camião: "95% da beleza de uma mulher produzida sai com água e sabão".


Basta este exemplo?Mas há mais...

Mais uma antiga leitaria



Desta vez é A Camponesa, na Rua Arco do Bandeira, 155-157.
Esta camponesa também parece ser minhota...

Gato preto


Anúncio, 1913

ONDE ME APETECIA ESTAR - 38

- A "banda sonora": Lully e Francesco Cavalli, pela excelente Simphonie du Marais.

Laumosnier (1690-1725), O encontro entre Luís XIV de França e Filipe IV de Espanha na Ilha dos Faisões, 7 de Novembro de 1659, óleo sobre tela, Museu de Tesse, Le Mans, França.


Encontro que serviu para assinar a Paz dos Pirinéus, sob a forma do tratado que leva o mesmo nome e que serviu para acabar com a longa e calamitosa Guerra dos Trinta Anos. E, como não era inabitual em tais ocasiões, logo se decidiu uma "adenda matrimonial": o casamento do rei francês com Maria Teresa, a jovem de branco que vemos na tela, Infanta de Espanha e prima direita de Luís XIV.

Hoje já poucos conhecem a Ilha dos Faisões, situada na fronteira franco-espanhola, mas a verdade é que esta pequena ilha situada no rio Bidassoa, com Irún de um lado e Hendaye do outro, foi palco de grandes acontecimentos envolvendo os dois países pirenaicos e ainda hoje é um bom exemplo de soberania partilhada: durante seis meses do ano é administrada por Espanha, e a outra metade do ano por França.


- Monumento que assinala a assinatura do Tratado dos Pirinéus, na Ilha dos Faisões.


Mas não é na Ilha dos Faisões que me apetecia estar mas sim em Versalhes, uma vez mais ( já imagino os comentários do nosso J.P. ... ) porque começa esta noite um espectáculo de son et lumière junto à Fonte de Neptuno, que conta ainda com os comentários do Stéphane Bern, a propósito dos 350 anos passados sobre o casamento de Luís XIV e Maria Teresa, casamento efectuado em pessoa na Igreja de São João Baptista, em St.Jean-de-Luz, a 9 de Junho de 1660.

Les Noces royales de Louis XIV, de 3 a 22 de Setembro, às 21h30. Bilhetes de 25 a 85 €.

http://www.chateauversailles-spectacles.fr/

E como Lully é sobejamente conhecido, aqui fica outro compositor da corte: De Lalande.




Em português - 26

E voltam ao Prosimetron os Rádio Macau, com outro tema que guardo bem na memória: Amanhã É Sempre Longe Demais. Não encontrei no youtube nenhum vídeo oficial, mas escolhi uma interpretação surpreendemente recente: na Gala dos 15 Anos da TVI. Como não vejo galas televisivas, da TVI ou outra estação qualquer, tinha-me escapado esta. É claro que a voz da Xana já não é a mesma, mas é curioso observar como alguns dos "famosos" presentes reagem ao tema. As memórias geracionais contam muito...

Biografias, autobiografias e afins - 77

Dizem muitos que é a biografia de Salazar que faltava, esta escrita pelo Filipe Ribeiro de Menezes e publicada pela D.Quixote. Tenho gostado de ler as entrevistas feitas ao autor, que já revelam duas coisas muito necessárias para fazer uma biografia do homem de Santa Comba: objectividade e distanciamento. Talvez fosse realmente preciso alguém de outra geração para biografar a figura em causa.

Amigas. Kontuly Béla

A tela intitulada Amigas da Galeria Nacional Húngara prendeu a minha atenção, não tanto pela beleza mas, pelo olhar vago para o infinito deste conjunto de mulheres. Se repararmos com atenção só uma é que olha para o pintor ou espectador.
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Kontuly Béla (1904-1983) , Amigas, 1933
Galeria Nacional Húngara, Buda, Budapeste, Hungria. Tudo varrido para longe dos pés Isto - é a imensidão - Emily Dickinson, Poemas e Cartas, Lisboa: Cotovia, 2000, p. 127 (Trad. Nuno Júdice)
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"Who knows where the time goes" - Nina Simone

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Os meus franceses - 106



Alain Barrière volta ao Prosimetron, depois de o ter escutado no Arpose há uns dias.


Delacroix - La mer de Dieppe, 1852
Paris, Musée du Louvre
Nunca identificaria este «estudo de memória» como sendo de Delacroix; acho-o extremamente belo.

Multibanco faz hoje 25 anos

No dia 2 de Setembro de 1985 foi instalada a primeira máquina ATM no Rossio, numa dependência do BNU. Vinte e cinco anos depois não nos imaginamos sem elas.

«Até ao lavar dos cestos é vindima»


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgknFRIDCKabc_AYLFCeozJESNfSjx6uga0GulcEqx4U8t5OyjaItM915AHjx7UlnRyE-oQOS6MJrnxIv8BjyHnlefH07A8nC0fuDe3-TNb94j9m19HMMJBz2Q576ko_Ag4W_QEAIhK6oyO/s400/vindima1.jpg

Lugares de memória - 3


Rua do Benformoso, 110-116
Foto, entre 1898 e 1908
Arq. Fot. Lx., PT/AMLSB/AF/FAN/002670

O periódico socialista O Protesto, fundado por Fontana, tinha redacção na Rua do Benformoso, 110-2.º, em 1876. O primeiro número deste jornal saiu em 7 de Agosto de 1875.


José Fontana suicidou-se em 2 Set. 1876, no armazém da Livraria Bertrand. Penso que seria, então, na Rua Anchieta, 15.

P.S., 3 Set., 00h40: Fontana era gerente da Bertrand. O seu suicídio foi motivado pelo sofrimento que lhe provocava o cancro na garganta de que padecia.

E perto de Bagdad...

... ficava uma das sete maravilhas do mundo


Jardins suspensos da Babilónia,
imaginados por Maarten Jacobszoon Heemskerk van Veen (1498-1574)

http://files.jornalshalom.webnode.com.br/200000263-4d9e54e984/jardins_da_babilonia1.jpg

Da Glória...

Antes de ir para a praia passei em Lisboa só para ver a exposição "A Invenção da Glória. D. Afonso V e as Tapeçarias de Pastrana" no MNAA. JP já focou este evento, a maioria dos prosimetronistas já foi visitar, apenas deixo as fotografias dos elementos que na tapeçaria despertaram mais o meu interesse.x
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As tapeçarias Pastrana são quatro monumentais panos de seda e lã tecidos em Tournai por encomenda de D. Afonso V e conservados na Colegiada de Pastrana desde o século XVI. O rei aparece no desembarque, no cerco e no assalto de Arzila., o outro pano é a conquista de Tânger. São documentos que podem auxiliar o estudo sobre as conquistas no Norte de África, as tácticas e a visão dos vencedores. Junto ao pano da conquista de Tânger colocaram os panéis de S. Vicente. A exposição é magnífica!
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Painéis de S. Vicente

xD. Afonso V e o seu filho, o infante D. João, no Cerco a Arzila. x

O rei surge identificado pelo seu estandarte, um rodízio que asperge gotas, pela armadura mais bela e ricamente vestido de panos brocados

D. Afonso V


O infante D. João (D. João II)54 *

Mas Afonso, do Reino único herdeiro,
Nome em armas ditoso em nossa Hespéria,
Que a soberba do bárbaro fronteira
Tornou em baixa e humílima miséria,
Fora por certo invicto cavaleiro,
Se não quisera ir ver a terra Ibéria.
Mas África dirá ser impossíbil
Poder ninguém vencer o Rei terríbil.

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Este pôde colher as maçãs de ouro,
Que somente o Tiríntio colher pôde:
Do jugo que lhe pôs, o bravo Mouro
A cerviz inda agora não sacode.
Na fronte a palma leva e o verde louro
Das vitórias do Bárbaro, que acode
A defender Alcácer, forte vila,
Tângere populoso e a dura Arzila.

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Porém elas enfim por força entradas,
Os muros abaixaram de diamante
As Portuguesas forças, costumadas
A derribarem quanto acham diante.
Maravilhas em armas estremadas,
E de escritura dinas elegante,
Fizeram cavaleiros nesta empresa,
Mais afinando a fama Portuguesa.

Luís de Camões, Os Lusíadas, canto IV, estrofes 54, 55 e 56.,

Imprensa Nacional de Lisboa, 1971.


O catálogo da exposição em língua portuguesa já estava esgotado, espero que em breve haja outra publicação.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Boa noite!


Miguel de Tena estará no S. Carlos, no próximo dia 17, às 21h30.

Viajar




Hoje fui finalmente ver a exposição que se encontra no Torreão Nascente do Terreiro do Paço. E digo finalmente porque não lembra ao diabo abrir uma exposição com esta temática no Terreiro do Paço, no Verão, num horário diário das 10h00 às 18h00. Pelo menos à 5.ª ou 6.ª feira poderia encerrar às 23h00 (já nem digo 24h00). Tenho visto bastante público nos museus a que tenho ido nas 5.ªas à noite. Há uns sábados em que me dispunha a ir até lá, o calor era tanto que não me atrevi. Quando refrescava, a exposição estava encerrada.
O catálogo (que li antes) é bastante bom, de modo que ia com grandes expectativas.

Em tudo o que fazemos há gralhas. Mas esta podia já ter sido emendada: «Estamos na região dos Estoris. [...] a única instância cosmopolita que temos entre nós.» (Raul Proença - Guia de Portugal)




A exposição está dividida em vários sectores:
Viajar -
«Entre a segunda metade de Oitocentos e as duas primeiras décadas do século XX, nasceu um novo modo de viajar. Às viagens marítimas, religiosas e de negócios juntou-se a viagem de recreio ou de turismo, que traz estrangeiros a Portugal e leva portugueses a viajar pelo seu País e pelo Mundo. Viajar por prazer, para conhecer outros lugares e costumes, como distracção ou forma de repouso, foi-se tornando um desejo acessível a mais pessoas.»
Lugares de Turismo
- «Entre 1921 e 1923, são oficialmente identificados e classificados 135 lugares turísticos: 47 termas, 69 praias, 3 estâncias climatéricas, 1 estância de altitude e repouso, 15 estâncias de turismo.»
Férias em Portugal
- Turistas estrangeiros que chegavam por mar ou por comboio; e os naturais que através do «aparecimento de carreiras de ónibus na época balnear, a preços reduzidos» em acesso «aos novos prazeres».
Descobrir Portugal - «Para os republicanos, um bom cidadão devia conhecer bem o seu País, as suas tradições, o seu património.» É desta época o início da promoção turística, por exemplo através da publicação de guias - é desta época o início da publicação do Guia de Portugal , obra sem paralelo).
O Turismo e a República - Papel da República na criação do turismo organizado, na regulamentação e melhoria das infraestruturas turísticas, bem como na abertura da primeira representação do turismo nacional no estrangeiro.

A exposição tem uma montagem que enche o olho ao visitante, mas acho-a cansativa para o olhar. Paredes forradas de cima a baixo com texto e fotos, algumas das quais em espaços estreitos.
Um vídeo colocado num corredor, a uma altura de criança. Será para nos sentarmos no chão a vê-lo?
De qualquer modo gostei de a ver e vale a pena visitá-la porque estes pequenos lamentos não têm a ver com a substância da mostra. E, se o tema lhe interessar, compre o catálogo.

Amanhã ou depois espero ir ver a exposição sobre o Corpo, dedicada à Medicina na República, e que se encontra no Torreão Poente do Terreiro do Paço.
Ambas estão abertas até 5 de Outubro.

Mistério desvendado

A edição de hoje do i inclui um interessante artigo que desvenda o mistério das traduções dos títulos dos filmes. Uma tarefa muitas vezes complexa, sujeita a regras, e onde não entram tradutores ou linguístas. Quem escolhe os títulos locais são os departamentos de marketing das distribuidoras, dando-lhes nomes apelativos que os posicionam nos públicos certos. Os títulos vão à aprovação da Inspecção-Geral das Actividades Culturais que ao contrário de outros países europeus não aceitam títulos exclusivamente em língua original, salvo se forem nomes próprios das personagens (como "Salt"), marcas ou locais. A IGAC também rejeita títulos repetidos de filmes já existentes excepto remakes.
Alguns exemplos: "Vampire Sucks" tem uma piada que não é possível traduzir. "Sucks" significa chupar mas também "não presta". A Castello Lopes optou por manter o espírito de comédia baptizando o filme de "Ponha Aqui o seu Dentinho". "Na Senda dos Condenados", filme direccionado para um público mais velho, a ZON Lusomundo Audiovisuais não traduziu literalmente "Fifty Dead Men Walking" dada a extensão do nome. Ainda no caso do "Bee Movie", a mesma distribuidora achou graça ao título muito português "Tá bem, Abelha!" que até assentava bem naquela abelhinha chata, mas a produtora norte-americana discordou. Internacionalmente era "A História de Uma Abelha" e assim ficou. Mas existem traduções que podem dar mais informação do que o original. "The Back-up Plan" ou "The Box" é um exemplo, e em Portugal o filme chama-se "Presente de Morte". Traduções em que se mantém o título original acrescentando um subtítulo em português - "Thirst - Este é o Meu Sangue..." - e escolhas que geram críticas são situações que acontecem. O departamento de marketing em Portugal da Columbia TriStar Warner suou na hora de escolher novo título para"Grown Ups". Não ia optar por "Crescidos" até porque não seria de todo uma opção apelativa nem daria a entender tratar-se de uma comédia familiar. Por isso, optou por "Miúdos e Graúdos". Se esta é uma área que gera discussão, inspiração e transpiração na escolha de novos títulos, mostrando a importância que os filmes têm para as pessoas, cinéfilos há que discordam de muitos títulos locais, acusando os seus autores de falta de competência ou bom senso. Fica a discussão aberta.

100 Anos : carta de um jogo



Carta do jogo de bandeiras.

Vamos sonhar?

Numa pausa da vindima recebi, de um amigo e visitante do Prosimetron, este e-mail:

Achei deveras interessante. Bem há quem tenha dito "Tudo aquilo que um homem é capaz de sonhar pode vir a ser realizado pelos seus semelhantes." Foi isto que disse ou anda lá perto. Também o disse de cor. Já me imagino em casa com um dispositivo capaz de realizar o processo. O que seria da Galp e da EDP?

Obrigado Pedro. Vamos sonhar

Muito ecológica


Uma carrinha de cachorros, com um painel solar.
Cascais, junto à Praia dos Pescadores, 29 Ago. 2010

Uma rainha em 1968


O Diário Popular de 01-09-1968, destaca, na primeira página, que «Lucrécia Ramos Brás, de 17 anos, aluna de uma escola técnica, foi eleita rainha do Sado de 1968. Não houve escândalo (ao contrário do que é habitual). Houve, sim, um desfile mais ou menos sereno de jovens mais ou menos tristes. Como triste é este sorriso de Lucrécia, após a simples coroação». O jormal inseria uma imagem da jovem e, mais adiante, referia os prémios da vencedora: «cinco mil escudos [25 euros, na moeda actual], um par de óculos, um retrato a óleo, tintas para pintar o quarto, um corte de vestido, produtos de beleza e um fogão».


Fontes: site O leme e Diário Popular n.º 9295, de 01-09-1968, pp. 1 e 7

«Ainda que entres na vinha e voltes o gibão, se não trabalhares, não te darão pão.»


Anda algum prosimetronista nas vindimas?

Este ano não temos cisnes?


Edward Potthast (1857-1927) - O cisne, s.d.

E para quem não conheça este pintor americano:

Vindimando

Vindimando

Vindima


Hoje começa a vindima... 6 horas saltar da cama, para fotografar

Há 400 anos


Rubens - O triunfo de Juliers, 1 Set. 1610
Óleo sobre tela, ca 1620
Paris, Museu do Louvre
http://www.learner.org/courses/globalart/work/211/index.html

Bons sonhos!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Boa noite!

Há cada instalação!...





Nos Restauradores, em Lisboa, encontra-se esta maravilha que penso ser uma instalação, uma daquelas obras de arte pública com que gostam de nos brindar. Não há uma única legenda ou explicação junto. E também gostava de saber quem é o artista.
Quando fui tentar ver o que era isto - parece aquelas cópias do Coliseu muito mal amanhados que vendem aos turistas - havia várias pessoas a interrogarem-se.
Penso ser uma alegoria às catástrofes naturais e à guerra.
Um perfeito horror!

Veneza


Foto de Dennis Flaherty.
«Voltar a Veneza é sempre, e não só para mim, entrar num sonho... O Grande Canal está cheio de obras extraordinárias, que extasiam a vista e os sentidos. Mas tudo num tecido extraordinário em si próprio. É um exemplo em si própria, esta cidade, como um todo, um monumento feito desse tecido muito repetitivo que, em tempos se chamava como o título de um livro de escola, La Venezia Minore


Foto de Michael Howell.
DN - «O que é essa Veneza Menor que tanto o seduz?
A.S.V. - «A beleza que não vem dos monumentos, mas da gente, do modo de viver dos venezianos, cria um meio para a emergência dos edifícios: extraordinária. Voltar aqui é um sonho, recorda-me outras viagens, encontros com velhos amigos.»
Álvaro Siza Vieira
In: DN, Lisboa, 31 Ago. 2010, p. 52

Fim do dia

Fim do dia em Algodor

Calor! calor!



Lisboa, Fonte Luminosa

Duas imagens refrescantes ... para refrescar a memória...