Amanhã é domingo
cantará o pintassilgo
pintassilsgo é dourado
não tem burro nem cavalo
tem uma burrinha cega
que chega daqui a Castela
castelinha, castelão
minha avó deu-me pão
pra mim e pró meu cão.
Prosimetron
sábado, 15 de agosto de 2009
A casta Susana (I) - Daniel 13 (Bíblia, AT)
Confesso que desconhecia que o capítulo 13 de Daniel era um apócrifo que a Igreja Católica manteve na Vulgata. Comigo veio a Bíblia Sagrada traduzida por João Ferreira de Almeida. Enganei-me ao colocar, na bibliografia a transportar para acabar o trabalho de férias, a versão da Bíblia seguida pelos protestantes. Já pedi a amigos para me enviarem o texto digitalizado, por e-mail. Aqui fica o obrigado. Vou voltar ao assunto quando acabar o que estou a escrever.
Alessandro Allori, óleo sobre tela (202x117cm)
Dijon, Musée Magnin
Alessandro Allori, óleo sobre tela (202x117cm)
Dijon, Musée Magnin
«Noite de Verão no jardim»
Hoje, numas arrumações, encontrei uns postais de Nikolai Astrup, pintor norueguês, cuja casa (transformada em museu) visitei há uns anos. Como devem imaginar, desconhecia-o e gostei imenso da sua pintura, um pouco naïf. Mas não consegui encontrar nenhum livro sobre ele.
Nikolai Astrup - Noite de Verão no jardim
Óleo sobre tela, 1909
Schubert transcrito por Liszt
Liszt visitou várias vezes a obra de Schubert fazendo-a renascer...
Um amigo fez no post de Verdi-Aida - que coloquei hoje em recordação de um ente querido -, um comentário sugerindo "Auf dem Wasser zu singen"... Mal adivinhava que a pessoa que eu evocava, que faria hoje 104 anos (e que viveu até aos 101)tocava, e muito bem, esta música...
Ainda dizem que não existem mistérios...
Um amigo fez no post de Verdi-Aida - que coloquei hoje em recordação de um ente querido -, um comentário sugerindo "Auf dem Wasser zu singen"... Mal adivinhava que a pessoa que eu evocava, que faria hoje 104 anos (e que viveu até aos 101)tocava, e muito bem, esta música...
Ainda dizem que não existem mistérios...
Não há nada de novo debaixo do Sol!
Quando vi o anúncio Coppertone, colocado por MR pelas 7:25, lembrei-me deste video que aqui deixo...
Não há nada de novo debaixo do Sol!
Não há nada de novo debaixo do Sol!
Barbra em leilão
A primeira
Naomi Sims foi a primeira top-model negra, começando a sua carreira nos anos 60 quando o seu próprio país natal, os Estados Unidos, vivia a intensa luta pelo fim da segregação existente nos Estados do Sul. Se ainda hoje o mundo da moda, supostamente tão "avançado", é permeável ao racismo como se tem lido e ouvido, imagine-se o que seria na década de 60. Mas Naomi Sims persistiu e fez uma carreira de sucesso. Depois, vieram os livros sobre beleza e alimentação que a tornaram conhecida junto de novas gerações. Morreu esta semana, de cancro, aos 60 anos.
Frase da semana
Happy Songs! "I Could Have Danced All Night", de "My Fair Lady"
Do musical de Lerner & Loewe, de 1956. Três versões:
- Uma de homenagem aos autores, interpretada por Julie Andrews, que imortalizou o papel na Broadway, acompanhada de Richard Burton, Robert Goulet, Maurice Chevalier e Stanley Holloway.
Uma segunda, do filme de 1964 de George Cukor, com Audrey Hepburn como Eliza Doolittle (voz de Marni Nixon para toda a canção, excepto para a frase "Sleep, sleep, I couldn't sleep tonight...", em que é a voz de Ms. Hepburn).
Uma terceira, trabalhada para ter a versão em filme como se fosse integralmente cantada por Audrey Hepburn (maravilhas da tecnologia!).
"My Fair Lady", Libretto e letra de Alan Jay Lerner; Música de Frederick Loewe. Baseado na peça de George Bernard Shaw, "Pygmalion".
"My Fair Lady", 1964, realizado por George Cukor.
- Uma de homenagem aos autores, interpretada por Julie Andrews, que imortalizou o papel na Broadway, acompanhada de Richard Burton, Robert Goulet, Maurice Chevalier e Stanley Holloway.
Uma segunda, do filme de 1964 de George Cukor, com Audrey Hepburn como Eliza Doolittle (voz de Marni Nixon para toda a canção, excepto para a frase "Sleep, sleep, I couldn't sleep tonight...", em que é a voz de Ms. Hepburn).
Uma terceira, trabalhada para ter a versão em filme como se fosse integralmente cantada por Audrey Hepburn (maravilhas da tecnologia!).
"My Fair Lady", Libretto e letra de Alan Jay Lerner; Música de Frederick Loewe. Baseado na peça de George Bernard Shaw, "Pygmalion".
"My Fair Lady", 1964, realizado por George Cukor.
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Audrey Hepburn (1929-1993),
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Julie Andrews (1935-),
musicais,
My Fair Lady
Citações - 34 : Ainda ( até quando? ) Berlusconi
" (...) Pobre Itália, terra de Dante e de Miguel Ângelo, transformada em Berluscolândia, abandonada a um D.Juan patético, que corre atrás da eterna juventude, a golpes de injecções pélvicas, implantes capilares, operações estéticas, sessões de maquilhagem. Com aquele eterno sorriso, como uma máscara de bobo do teatro italiano. Sílvio, o cavaleiro, poderoso nos books de raparigas do seu império audiovisual, a carne fresca útil aos seus bacanais, ao mesmo tempo que cuida do seu coração equipado com um pacemaker e do seu cancro da próstata. (...) "
- Serge Rafy, Sexo, poder e mentiras, publicado originalmente no Nouvel Observateur e reproduzido na Visão desta semana.
Mesmo para os que já estão enjoados de Berlusconi, vale a pena ler este artigo de 4 páginas sobre os recentes escândalos do Primeiro-Ministro italiano. Uma catadupa de revelações sobre as ligações a call girls, os bacanais da casa na Sardenha, o envolvimento com a então menor Noemi, e com Patrizia D' Addario ( a espertalhona que gravou tudo: a noite de cama com Berlusconi e as conversas telefónicas subsequentes ) . A sordidez de um sátiro no poder.
15 de Agosto : Assunção de Maria
- Tiziano, Assunção de Maria, séc.XVI.
Hoje é dia feriado nos países católicos em honra da Assunção de Maria, mas não se pense que é uma solenidade apenas celebrada pelos católicos, já que é comum aos ortodoxos, aos anglicanos e a algumas igrejas protestantes. A crença secular de que Maria, mãe de Jesus Cristo, foi elevada aos céus em corpo e espírito, foi erigida em dogma apenas a 1 de Novembro de 1950 por constituição apostólica decretada pelo Papa Pio XII. E não foi um tema pacífico, dentro e fora da Igreja Católica.
Tenho para mim que, mais uma vez, se perguntarem a muitos portugueses qual a razão deste feriado as respostas irão ser interessantes...
Hoje é dia feriado nos países católicos em honra da Assunção de Maria, mas não se pense que é uma solenidade apenas celebrada pelos católicos, já que é comum aos ortodoxos, aos anglicanos e a algumas igrejas protestantes. A crença secular de que Maria, mãe de Jesus Cristo, foi elevada aos céus em corpo e espírito, foi erigida em dogma apenas a 1 de Novembro de 1950 por constituição apostólica decretada pelo Papa Pio XII. E não foi um tema pacífico, dentro e fora da Igreja Católica.
Tenho para mim que, mais uma vez, se perguntarem a muitos portugueses qual a razão deste feriado as respostas irão ser interessantes...
Walking back to happiness
15 de Agosto - dia matrimonial em Portugal por excelência. As formas de pedir em casamento dependem da criatividade do noivo e/ou da noiva. Em 1963, Paul e Paula decidiram recorrer à música para tal finalidade. Enjoy!
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Verdi: Aida
Estamos vivos enquanto se lembrarem de nós!
E este é o meu campo
Inspirado pelo post de MR e sobre o seu campo... deixo umas imagens do campo onde estou. Este foi abandonado pela mãe o ano passado. Sofria das pernas, não se conseguia colocar de pé. Passado um ano está assim e com uma vantagem, vem comer na mão.
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Olá Londrino!
Olá,
De Londres uma saudação!
De Londres uma saudação!
Londres não tem tanta luz como Paris mas é muito luminosa e é mais acolhedora. Estou encantada!
Já apanhei sol e chuva mas, mesmo assim, a cidade continua a ter luz; não é nada cinzenta, pelo contrário, Londres tem muitas cores...
Tem sido um frenesim e só hoje vim à net. Aqui é caro viajar pela net.
Boas férias para quem as está a gozar e boas férias futuras para os que irão a seguir.
Neil Sedaka: Oh! Carol
Canção da autoria de Sedaka e Greenfield (1959)
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«Todas as manhãs, ela sentava-se com Jorge na esplanada do Jardim. Tomavam café. Passavam por ali grupos de raparigas, aprendizas que iam apanhar o eléctrico para os salões de cabeleiro e casas de modistas. Paravam no juke-box, por uma moeda de dez tostões punham Neil Sedaka a cantar Oh Carol!.»
(Filomena Marona Beja - Betânia. Lisboa: Cotovia, imp. 2000, p. 29)O pior sobre Caravaggio
O melhor sobre Caravaggio
Invasão de moscas, vespas e companhia?
Este ano tenho visto muitas vespas, o que não é habitual. Parece que o remédio já não faz efeito... ou então são da raça desta.
Caravaggio em Zagreb
Encontrei-me em Zagreb com dois quadros de Caravaggio representando S. João Baptista, ambos lado a lado no Museu Mimara, que desde 1987 apresenta ao público a colecção de Wiltrud e Ante Topić Mimara. Muito mal iluminados, apenas se conseguiam ver (e fotografar) muito de lado.
Curiosamente, fazendo algum trabalho de casa para conhecer mais sobre as obras, dado que a informação no Museu estava apenas em croata, não encontrei nada! Nem no excelente (pensava eu) artigo sobre os quadros de Caravaggio sobre S. João Baptista(http://en.wikipedia.org/wiki/John_the_Baptist_(Caravaggio), nem na Web Gallery de Caravaggio (http://www.wga.hu/frames-e.html?/html/c/caravagg/index.html), nem no site da Fundação Caravaggio (http://www.caravaggio-foundation.org/).
Vou ter que esperar pelo regresso a Lisboa para consultar a minha obra de referência, o "Caravaggio Studies" de Walter F. Friedlander, de 1955. Até lá, vou continuar intrigado (e com pena de só ter conseguido fotos laterais!).
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Caravaggio (1573 –1610),
Pintura Barroca,
S. João Baptista
Woodstock faz 40 anos
Foi entre 15 e 18 de Agosto de 1969 que decorreu o Woodstock, o mais famoso festival de música na história do rock. A ideia era reunir uma série de cantores e grupos da época (Janis Joplin, Jimi Hendrix, Creedence Clearwater Revival, Jefferson Airplane, Sly and the Family Stone, Crosby Stills Nash and Young e revelações como Santana e Joe Cocker) num evento pago para cerca de 180 mil pessoas mas os números ultrapassaram largamente as expectativas dos organizadores acabando por ter sido meio milhão a assistir ao festival. Este que viria a tornar-se num símbolo de contestação contra a guerra do Vietname teve lugar em Bethel, uma comunidade rural a 130 quilómetros de Nova Iorque. Imagina-se o caos instalado para lá chegar com filas intermináveis de trânsito e as chuvas a dificultar o percurso. A infraestrutura do evento entrou em colapso com o êxodo de público e a produção teve que recorrer à ajuda da guarda nacional para providenciar o reforço de bens essenciais como alimentos, medicamentos, assistência médica. Devido ao engarrafamento que paralisou as estradas da região, os artistas eram transportados de helicóptero e a cantora folk Melanie não percebia o que via das alturas quando alguém a esclareceu que era gente... Afirma-se que ao longo daqueles míticos dias terão sido consumidas 25 toneladas de maconha, LSD, mescalina, haxixe ou não fosse o Woodstock uma sessão contínua de música, acampamento ao ar livre, manifestação hippie de paz e amor, lama e muita droga.
Clube das Virgens
"Não pretendemos defender a virgindade, mas sim mostrar que ser virgem é tão natural como não ser", lê-se no blogue das virgens, um grupo de 40 sonhadoras e românticas raparigas que em Portugal criou um clube exclusivo. Os rapazes (também eles imaculados) que quiseram entrar no clube feminino foram excluídos tendo há dias resolvido fundar o clubedosvirgens.blogspot.com, cujo propósito é "todos os membros perderem a virgindade o mais rapidamente possível, passando ao estatuto de sócio reformado". Elas é que parece não terem urgência em alterar esse estado de coisas, mas o próximo encontro das virgens vai decorrer numa sex shop que nenhuma ainda conhece.
14 de Agosto de 1941
- A estátua da esquerda é de Maximiliano Kolbe, uma das dez de Mártires do Séc.XX colocadas por cima de uma das portas da Abadia de Westminster em Londres.
Foi no dia 14 de Agosto de 1941 que morreu no campo de concentração de Auschwitz o prisioneiro 16670, Maximiliano Kolbe, canonizado a 10 de Outubro de 1982 pelo Papa João Paulo II. O seu exemplo naquele campo de morte foi uma lição de humanidade, não sendo por acaso que é venerado tanto pela Igreja Católica como pela Luterana, e que é um dos dez mártires do séc.XX escolhidos pela Igreja de Inglaterra para a Abadia de Westminster. É o padroeiro dos rádio-amadores, dos praticantes de Esperanto e dos presos políticos.
Novidades - 66 : Paris em Banda Desenhada
Não deve haver no mundo da Banda Desenhada uma cidade mais visitada e mais desenhada do que Paris, desde logo porque são franceses ou belgas muitos dos grandes criadores da Nona Arte. Foi baseado neste pressuposto que Thibaut Vandorselaer resolveu organizar esta antologia imperdível de vinhetas e pranchas provenientes de bd's de Tardi, Van Hamme, Uderzo, Juillard, Magnin, Hergé, Jacobs, Martin e ainda outros , todos inspirados pela Cidade-Luz. As ilustrações são acompanhadas por informações históricas e urbanísticas. É assim possível ver num mesmo álbum Alix e Astérix na velha Lutécia, Blake e Mortimer em Montsouris, os ensaios de Michel Vaillant e Adèle Blanc-Sec por todo o lado.
- Paris BD, la capitale redessinée, Editions du Signe, 325p, 25€, 2009.
- Paris BD, la capitale redessinée, Editions du Signe, 325p, 25€, 2009.
Seis décadas de sapatilhas
É uma das marcas de artigos desportivos mais conhecidas do mundo, e está de parabéns. A alemã Adidas fez 60 anos esta semana. Tendo começado pelo mercado das sapatilhas desportivas, expandiu o negócio aos têxteis e mesmo às bolas, sendo hoje uma marca de referência em todos esses domínios.
O que já não é tão sabido é que a génese da empresa está ligada a profundas rivalidades familiares: Há 80 anos, foi fundada na cidade alemã de Herzogenaurach a empresa Gebrüder Dassler (Irmãos Dassler) , fabricante de sapatilhas de desporto que atingiu grande popularidade durante o nazismo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os irmãos Dassler (Adolf e Rudolf) ficaram desavindos e terminaram o negócio familiar, seguindo cada um o seu caminho- Adolf Dassler fundou a Adidas (Adi+Das) e Rudolf Dassler fundou outra marca que é hoje também um gigante do ramo, a Puma.
O que já não é tão sabido é que a génese da empresa está ligada a profundas rivalidades familiares: Há 80 anos, foi fundada na cidade alemã de Herzogenaurach a empresa Gebrüder Dassler (Irmãos Dassler) , fabricante de sapatilhas de desporto que atingiu grande popularidade durante o nazismo. Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os irmãos Dassler (Adolf e Rudolf) ficaram desavindos e terminaram o negócio familiar, seguindo cada um o seu caminho- Adolf Dassler fundou a Adidas (Adi+Das) e Rudolf Dassler fundou outra marca que é hoje também um gigante do ramo, a Puma.
Lá fora - 47 : Madeleine Vionnet
Com tanta glória, embora merecida, a Coco Chanel, podemos ser levados a pensar que a moda no feminino começou com ela, o que seria uma tremenda injustiça desde logo para Madeleine Vionnet. Esta exposição pretende levar à redescoberta de Madeleine Vionnet, uma das grandes costureiras do séc.XX, cujas criações visaram a emancipação estética e corporal da mulher.
Vionnet tornou-se célebre pelos seus drapeados e pelo corte enviesado, dominando o palco da moda nos anos 20 e 30. Foi também pioneira no entendimento de que era essencial preservar as criações como consagração da moda como arte, e foi essa a razão pela qual em 1952 fez uma valiosa doação de modelos e desenhos à Union des Arts du costume. São esses 130 vestidos o coração desta mostra.
- Madeleine Vionnet, puriste de la mode, Les Arts Décoratifs, musée de la Mode et du Textile, 107, rue de Rivoli, Paris, até 31 de Janeiro de 2010.
A crise é para todos...
Ainda recentemente aqui falei de ilhas privadas, símbolos maiores de riqueza e privilégio, a propósito da ilha caribenha de Johnny Depp, e hoje volto a falar delas a propósito do anúncio formal de venda daquela que começou a moda há 40 anos: Skorpios, a ilha dos Onassis.
Se é certo que sempre houve ilhas privadas, maiores ou menores, a procura intensificou-se com a cultura de celebridades verificada nas últimas décadas do séc.XX, e não há dúvida de que deve ajudar à paz de espírito dos famosos terem refúgios inexpugnáveis.
Pois bem, Athina Onassis, neta e única herdeira de Aristóteles Onassis, colocou à venda a ilha da família, Skorpios, situada no Mar Jónico, pretendendo poupar os quase 2 milhões de euros anuais gastos com a manutenção da ilha que ainda por cima pouco usa.
O valor pedido são uns meros 110 milhões de euros...
Walking back to happiness
Uma zanga, própria de namorados, estará na origem desta falha de correspondência: qualquer tentativa de Elvis de comunicar por carta é recusada pela rapariga destinatária. Ainda assim, o rei da música continua bem disposto, conforme podemos verificar neste excerto de 1962. Enjoy!
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Canções inglesas - 11
Maddy Prior- «Mother and child»
Maddy Prior, que faz hoje 62 anos, começou a cantar com Tim Hart (já aqui apresentados) em 1966. Três anos mais tarde integrou os Steeleye Span também já aqui colocados. Também cantou com Mike Oldfield.
http://www.maddyprior.co.uk/
New Forest
New Forest, um parque nacional na região de Hampshire, já foi falado aqui no blogue. Estive lá uns dias, num Verão, há muitos anos. Procurei umas fotos na net e apareceram-me estas tiradas no Outono:
http://www.3dnworld.com/users/26/images/NewForest.jpg
http://www.reephamhouse.co.uk/images/photo%20forest%201.jpg
Lymington, um antigo porto, é conhecida como a capital de New Forest:
http://farm1.static.flickr.com/49/142210695_66c585cf6a.jpg?v=0
http://img2.allposters.com/images/RHPOD/667-1308.jpg
Uma cottage em New Forest:
http://z.about.com/d/gouk/1/0/B/F/-/-/newforestthatch-hampshire.jpg
Os mais variados animais (cavalos, veados, burros, esquilos, etc.) encontram-se por todo o parque, convivendo com os habitantes e visitantes:
http://www.reephamhouse.co.uk/images/lyndhurst.JPG
http://farm1.static.flickr.com/205/522071387_69b2cb15b0.jpg?v=0
Para demonstrar que eu também gosto de campo. Mas há campo e campo... Um campo com vida e com gente.
http://www.3dnworld.com/users/26/images/NewForest.jpg
http://www.reephamhouse.co.uk/images/photo%20forest%201.jpg
Lymington, um antigo porto, é conhecida como a capital de New Forest:
http://farm1.static.flickr.com/49/142210695_66c585cf6a.jpg?v=0
http://img2.allposters.com/images/RHPOD/667-1308.jpg
Uma cottage em New Forest:
http://z.about.com/d/gouk/1/0/B/F/-/-/newforestthatch-hampshire.jpg
Os mais variados animais (cavalos, veados, burros, esquilos, etc.) encontram-se por todo o parque, convivendo com os habitantes e visitantes:
http://www.reephamhouse.co.uk/images/lyndhurst.JPG
http://farm1.static.flickr.com/205/522071387_69b2cb15b0.jpg?v=0
Para demonstrar que eu também gosto de campo. Mas há campo e campo... Um campo com vida e com gente.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Redescobrindo Alphons Mucha
Estive recentemente em Praga, onde redescobri Alphons Mucha. Lembro-me de em miúdo haver umas reproduções de posters Art Nouveau lá em casa: uma “Tosca”, que descobri hoje ser um design de 1899 do pai do poster gráfico italiano, Adolfo Hohenstein, e um de bicicletas que a memória não me permite identificar. Muito mais tarde, ao ganhar maior familiaridade com o movimento Art Nouveau, vim a apreciar a liquidez do traço de Mucha, a par da perfeição “geométrica” das suas decorações. A sua vida é um bom exemplo de captura das oportunidades certas no momento certo.
Alphonse Mucha nasceu a 2 de Julho de 1860 em Ivančice, na Morávia (hoje parte da República Checa, na altura província integrante do império Austro-Húngaro). Os seus dotes vocais permitiram-lhe chegar à capital provincial Brno para fazer o liceu assente no canto, deixando para trás a sua paixão pelo desenho. Entretanto e em paralelo, foi pintando cenários para teatro na Morávia. Em 1879, aos dezanove anos, foi para Viena, a capital do império, para uma destacada empresa de design teatral. Infelizmente, um incêndio destrói o negócio em 1881 e Mucha regressa à Morávia, ocupando-se em free-lance de retratos e trabalhos decorativos.
São estes trabalhos que chamam a atenção do Conde Karl Khuen de Mikulov, que lhe pede para decorar o seu palácio; impressionado com os dotes do jovem, torna-se seu patrono e financia-lhe a edução formal na Academia de Belas Artes de Munique. Em 1887, Mucha muda-se para Paris, onde continua os estudos e faz ilustrações para revistas e publicidade.
Estamos perto do Natal de 1884 quando Mucha entra por acaso numa tipografia em Paris onde, de repente, havia uma nova encomenda urgente: um poster para a actriz Sarah Bernhardt na sua nova peça, “Gismonda”. Mucha oferece-se para a fazer nas duas semanas pedidas e, a 1 de Janeiro de 1885, o seu poster inunda as ruas de Paris. O sucesso foi imediato e a estrela teatral ficou tão satisfeita que assinou um contrato a seis anos com o jovem artista de 24 anos.
Os anos seguintes vêem-no a produzir múltiplos posters para teatro e publicitários. Em 1899, publica “Le Pater”, uma obra em que examina o oculto na oração “Pai Nosso”. Entre 1906 e 1910, visita os EUA, com a mulher. A sua filha nasce em 1909 em Nova Iorque, e mais tarde terão também um filho. Regressado a Praga, dedica-se a decorar edifícios notáveis. A independência da Checoslováquia, na sequência da Primeira Grande Guerra, faz-lhe chegar o convite para desenhar os selos e as notas da nova nação. Anos depois, o seu “Épico Eslavo” retrata a história e valores do povo eslavo, e é oferecido à cidade de Praga em 1928. Nos anos 30, compõe um enorme vitral para a Catedral de S. Vito, no Castelo de Praga. Fora do mundo artístico, funda a maçonaria checa.
A ocupação da Checoslováquia pelas tropas nazis em Abril de 1939, faz com que Mucha seja dos primeiros a ser capturado e interrogado pela Gestapo. No decurso dos interrogatórios, apanha uma pneumonia. Fragilizado, regressa eventualmente a casa, onde morre a 14 de Julho de 1939, com 78 anos de idade.
Deixo-vos algumas das suas imagens.
Alphonse Mucha nasceu a 2 de Julho de 1860 em Ivančice, na Morávia (hoje parte da República Checa, na altura província integrante do império Austro-Húngaro). Os seus dotes vocais permitiram-lhe chegar à capital provincial Brno para fazer o liceu assente no canto, deixando para trás a sua paixão pelo desenho. Entretanto e em paralelo, foi pintando cenários para teatro na Morávia. Em 1879, aos dezanove anos, foi para Viena, a capital do império, para uma destacada empresa de design teatral. Infelizmente, um incêndio destrói o negócio em 1881 e Mucha regressa à Morávia, ocupando-se em free-lance de retratos e trabalhos decorativos.
São estes trabalhos que chamam a atenção do Conde Karl Khuen de Mikulov, que lhe pede para decorar o seu palácio; impressionado com os dotes do jovem, torna-se seu patrono e financia-lhe a edução formal na Academia de Belas Artes de Munique. Em 1887, Mucha muda-se para Paris, onde continua os estudos e faz ilustrações para revistas e publicidade.
Estamos perto do Natal de 1884 quando Mucha entra por acaso numa tipografia em Paris onde, de repente, havia uma nova encomenda urgente: um poster para a actriz Sarah Bernhardt na sua nova peça, “Gismonda”. Mucha oferece-se para a fazer nas duas semanas pedidas e, a 1 de Janeiro de 1885, o seu poster inunda as ruas de Paris. O sucesso foi imediato e a estrela teatral ficou tão satisfeita que assinou um contrato a seis anos com o jovem artista de 24 anos.
Os anos seguintes vêem-no a produzir múltiplos posters para teatro e publicitários. Em 1899, publica “Le Pater”, uma obra em que examina o oculto na oração “Pai Nosso”. Entre 1906 e 1910, visita os EUA, com a mulher. A sua filha nasce em 1909 em Nova Iorque, e mais tarde terão também um filho. Regressado a Praga, dedica-se a decorar edifícios notáveis. A independência da Checoslováquia, na sequência da Primeira Grande Guerra, faz-lhe chegar o convite para desenhar os selos e as notas da nova nação. Anos depois, o seu “Épico Eslavo” retrata a história e valores do povo eslavo, e é oferecido à cidade de Praga em 1928. Nos anos 30, compõe um enorme vitral para a Catedral de S. Vito, no Castelo de Praga. Fora do mundo artístico, funda a maçonaria checa.
A ocupação da Checoslováquia pelas tropas nazis em Abril de 1939, faz com que Mucha seja dos primeiros a ser capturado e interrogado pela Gestapo. No decurso dos interrogatórios, apanha uma pneumonia. Fragilizado, regressa eventualmente a casa, onde morre a 14 de Julho de 1939, com 78 anos de idade.
Deixo-vos algumas das suas imagens.
La Dame aux Camelias, outra vez Sarah Bernhardt
Poster para a presença do Império Austro-Húngaro na Feira Internacional de Paris, 1900
(muito apropriado, dado que estou a ler "The Vertigo Years - Change and Culture in the West, 1900-1914", de Philipp Blom)
(muito apropriado, dado que estou a ler "The Vertigo Years - Change and Culture in the West, 1900-1914", de Philipp Blom)
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Arte nova,
Mucha (1860-1939),
Praga,
República Checa
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