Prosimetron

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sábado, 15 de agosto de 2015

Marcadores de livros - 245

Gérard David, Adriaen Isenbrant - Tríptico da Assunção da Virgem (pormenor), ca 1520-1530
Paris, Musée National du Moyen Âge

Assunção da Virgem. 
Pormenor do fresco da nave central da Igreja de Nossa Senhora do Cabo Espichel, Sesimbra.

Passeando em Lisboa - 17

Rua Forno de Tijolo, esquina com a Rua Heliodoro Salgado
Rua Angelina Vidal

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Boa noite!


«Quando procuro uma outra palavra para música, não encontro senão esta: Veneza.»
Nietzsche - Ecce homo

"Um país sem verdade"

Gato conimbricense mas podia ser romano

Roma é um palco em permanência, uma cidade inesquecível. Bela, na minha perspectiva.

Quanto à política, tal como a descreve Enric González, utilizando as palavras de um escritor italiano:
"é um país sem verdade". Não será o que ocorre no nosso país?

França tem Albert Camus. Itália, Leonardo Sciascia. Ambos foram, e são, a consciência de muitas pessoas. Falamos de personagens complexas, porque não existem consciências leves. Sciascia era siciliano e tão inimigo da Máfia como da cruzada antimáfia. Dele, por agora, interessa-nos uma frase que define a política italiana: «Itália é um país sem verdade». Registemos estas palavras, porque, sem elas, perder-nos-íamos no labirinto.

Enric González, Histórias de Roma. (Tradução Rita Almeida Simões). Lisboa: Tinta da China, 2014, p. 59. 

Pensamento ( s )



(...) Não nos enganemos. O verdadeiro repouso não o encontraremos prefabricado e pronto a consumir. O repouso não está à nossa espera nos lugares de sonho das promoções turísticas. Não o encontraremos em lugar algum, se ele não tiver antes brotado na nossa alma. Vale a pena assim que ao tocarmos a terra, a água ou o vento toquemos também o coração da vida. Que acordemos a curiosidade e a atenção, que são as formas mais quotidianas, mas também as mais extraordinárias de amor. (...)

- José Tolentino de Mendonça, no Expresso do passado Sábado .

Não há dúvida que o essencial é mesmo o repouso da alma .

Na Biblioteca Nacional



Patente na BNP uma mostra sobre uma das mais importantes polémicas da nossa história cultural .

Humor pela manhã


Há sempre um fotógrafo atento e malandreco ...

Bom dia !






A nossa vinheta

Il. de John Falter, 14 ago. 1948
Bons banhos!

Amanhã no Jardim Botânico

O mercado no museu realiza-se no Jardim Botânico do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, amanhã, entre as 11h00 e as 18h00. São cerca de 40 projetos na área do artesanato, joalharia, cerâmica e gastronomia presentes neste evento, contando ainda com atividades do museu no âmbito do Ano Internacional da Luz.

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Os meus franceses - 408

Longe dos homens



O post de MR foi decisivo para ir ver este filme, que já me chamara a atenção por se basear no conto "L'Hôte" de Albert Camus, que lera na minha juventude e de que não me recordava muito bem.
Não vou falar da história, que muitos conhecerão e outros terão vontade de conhecer. Mas apenas dizer que o filme excedeu as minhas expectativas em realização (David Oelhoffen), em imagem e nas interpretações excelentes de Viggo Mortensen (O Senhor dos Anéis) e Reda Caleb. MR, vale a pena ver.

"É preciso fazer uma pausa..."

Seguindo o registo de MR, contudo, não em Murano, mas próximo, em Veneza, na Sala del Maggior Consiglio (Palazzo Ducale), era onde gostava de estar a apreciar o Paraíso de Tintoretto.

Imagem da wikipédia


«É preciso fazer uma pausa na Sala del Maggior Consiglio para ver o Paraíso de Tintoretto. Oitocentas figuras, Nos Painéis ... de Nuno Gonçalves, cerca de sessenta. Na sala dello Scudo, bancos corridos a toda a volta, funcionárias de olhar bovino zelam pela integridade dos globos terrestres. O diâmetro excessivo faz deles um brinquedo apetecido.As pessoas entram, sentam-se (nós também), olham com perplexidade os mapas desmesurados. São belos, cobrem paredes inteiras, dão a medida de uma escala que subverte todos os parâmetros.
Recordo Sophia - Navegavam sem o mapa que faziam

Eduardo Pitta, Cadernos Italianos. Lisboa: Tinta da China, 2013, p. 36.

Vidros de Murano

Ricordo di Venezia é a expoisção que se encontra patente no Palácio Nacional da Ajuda até 20 de novembro de 2015: uma seleção de peças de vidro de Murano do séc. XIX. As peças foram maioritariamente adquiridas pela rainha Maria Pia, durante as suas viagens a Itália, e pertencem ao Palácio Nacional da Ajuda e ao Palácio Nacional de Sintra.

Paris: passeios literários

Paris: Nouveau Monde Éd., 2005-2006, 2 vol.

Jean-Christophe Sarrot coordenou uma obra dedicada aos passeios literários na cidade de Paris, desde o século XVII ao XX. Editada pela primeira vez em 2005, conheceu nova edição no ano seguinte.


Os grandes escritores do século XIX não escapam aos eventos significativos do período que vai de 1848 a 1900: eles são os principais intervenientes destes vinte passeios parisienses, enquanto nos são revelados na intimidade do seu quotidiano, por vezes surpreendente.
Lamartine, proclamada a Segunda República, desaparece. Dumas assiste em 1848 ao colapso do seu império literário. George Sand escreveu para jornais republicanos antes de voltar para Nohant, decepcionada pelo sufrágio universal ter servido apenas para levar a burguesia ao poder. Flaubert aprende em 1870 a usar o rifle para defender a pátria ameaçada pelos prussianos. Rimbaud sabe, no fundo de uma cela, do advento da Terceira República, em 4 de setembro de 1870. Victor Hugo enterra o filho Charles no dia em começa a Comuna de 1871, e serve, mais tarde, de conselheiro matrimonial a Paul Verlaine. Vallès, eleito pela Comuna, disfarça-se de médico para escapar à vingança dos versalhistas. Um ex-communard (Grousset) colabora com um inimigo de classe (Jules Verne) para escrever romances de aventura. Zola lança «J'accuse», assumindo assim a defesa do capitão Dreyfus, iniciando o que ficará conhecido como o caso Dreyfruss. Marcel Proust, procura o tempo perdido, enfiado num quarto atapetado de cortiça ...
Os locais parisienses têm uma nova vida ao longo destes passeios. Casas, cafés, quartos de hotel, onde se escreve ou se preparam revoluções, são vistos de modo diferente por nós.


Este volume propõe-nos dezasseis passeios, pelos anos de 1900 a 1945. 
Atravessamos a Belle Époque, os loucos anos 20, os anos 30 e a ocupação. Visitamos os bairros, as casas, os cafés, Montmartre, os dadaístas e surrealistas, os escritores da Geração Perdida,   os antifascistas, os colaboracionistas e os resistentes. 
De Montparnasse a Saint-Germain-des-Prés, de Picpus à Étoile, encontramos Dorgelès, Mac Orlan e os seus comparsas do Lapin Agile; George Orwell, Ernest Hemingway ou James Joyce. 
Jacques Prévert goza a vida; André Gide dedica-se a preparar com Malraux, no Palais de la Mutualité, onde estarão Wells, Forster, Brecht, Huxley, Pasternak, etc.; Simone de Beauvoir, que, sob a Ocupação, vai para o Flore, assim que ele abre, para se aquecer; Sartre que coleciona pontas de cigarro para encher seu cachimbo, e publica O Ser e o Nada, em 1943; Albert Camus que escreve A peste num quarto exíguo, a poucos metros do hotel Lutetia, sede da inteligência militar alemã. Episódios que marcaram para sempre a história de Paris e do mundo. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Longe dos homens

Um dia destes hei de ir ver este filme.

Verso e reverso de um marcador.

Intervalo

Ben Kimberly Prins - Break time, 10 ago. 1957

Com esta brasa!...

Um quadro por dia


Um recorde para Paula Rego : Este The cadet and his sister , 1988, foi vendido por um coleccionador norte-americano na Sotheby's de Londres há um mês, atingindo a soma  de 1,6 milhões de euros .

Humor pela manhã



Na verdade, nem sei se ria se chore ...

Bom dia !





Uma colaboração notável de talentos e instrumentos . Boa semana !

Bom senso e bom gosto: 150 anos



«Mas Ex.mo Senhor será possível viver sem ideias? Esta é que é a grande questão».
Antero de Quental

domingo, 9 de agosto de 2015

Sugestão

Experimentei um vinho tinto alentejano: Terras d'Amareleja 2009 e é sublime.
Sugiro que experimentem com um bom assado ou grelhado.

Boa semana!


Boa noite!


No café

Fernand Lungren - The Café, 1882

E hoje o almoço é...

Elizabeth Rice


«o poeta octogenário»


«24 de março [de 2015]
Uma estação de rádio acaba de noticiar a morte de Herberto Hélder, referindo-o como "o poeta octogenário". Estejamos atentos. A partir de agora os poetas portugueses deixarão de ser maus, medíocres, razoáveis,bons, muito bons ou geniais, para passarem a ser quadragenários, cinquagenários, sexagenários, septuagenários, octogenários ou, se tiverem sorte, nonagenários. Isto porque não me consta que tenha havido, alguma vez, um poeta centenário a poetar decentemente.»

Mário Cláudio
JL, Paço de Arcos, 5-18 ago. 2015

Marcadores de livros - 242

Lindos! Da Editorial dÉpoca, espanhola.