Prosimetron
sábado, 29 de janeiro de 2011
Pionono
Hoje exprimentámos piononos, uma especialidade granadina, muy buena. A palavra pionono lê-se como Pio IX.
Para saber mais:
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
Os livros... os livros...
Carlos María Domínguez, A casa de papel, 2.ª ed., Lisboa, Asa, 2010, p.15
Onde será que vou inventar estantes!
Boa noite!
Uma peça de Francisco Tárrega (1852-1909). Recital realizado en 1979 no Teatro Real de Madrid.
Angel
Joanna Chrobak nasceu em 1968 em Poznan, na Polónia. Entre 1989 e 1994 estudou pintura na Academy of Fine Arts, em Cracóvia. A pintora já expôs em vários países como Itália, Áustria e Holanda.
Oil on canvas, 50cm x 40cmO Anjo apresentado com uma túlipa vermelha encantou-me e a pintora surpreendeu-me pelo seu toque original, uma religiosidade implicita e algo de pre-rafaelita, segundo a minha observação. Não faço ideia a que corrente artística pertence mas julgo que é um nome a reter.
Segue a digressão...
Despedida de Múrcia
«Enamorados del pastel de carne»
«Quien viene a Murcia y no prueba el pastel de carne, no ha estado en Murcia. El Ayuntamiento y unos enamorados de este manjar han creado la Asociación de Amigos del Pastel de Carne. Los objetivos están bien marcados: difundir y defender el consumo de este tradicional alimento murciano. Además, impulsarán actividades culturales y sociales relacionadas con el pastel de carne. Hasta medio centenar de instituciones murcianas, entre ellas 'La Verdad', se ha unido a esta nueva plataforma. La misma Asociación coordinará la organización del Día del Pastel de Carne que este año celebra su tercera edición y del que podrán disfrutar todos los murcianos en las Fiestas de Primavera. Los amigos del pastel de carne también ha contado con el apoyo del alcalde Miguel Ángel Cámara.»
Esperemos conseguir provar o pastel de carne para depois vos dizermos se também ficámos «enamorados del pastel de carne».
Para HMJ, agradecendo o comentário.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Hoje vamos jantar...
Parabéns, JP!
Esta é a Rita
A Rita é a nova ocupante lá de casa. Uma Sharpei deliciosa, muito calminha e obediente. Aqui ainda não tinha um ano. Hoje tem oito. Foi adoptada, já vai no terceiro dono. Sempre atenta ao que se passa, vigia bem a casa e está a adaptar-se muito bem. Ah, e adora passear.
Por falta de tempo há muito que não espreitava o blogue. E são muitas as novidades: o JP faz hoje anos - Parabéns!; a Ana fez dia 24, muitos parabéns (desculpe-me serem tão atrasados) e tudo indica que os nossos amigos continuam na maior em terras de Espanha.
Por falta de tempo há muito que não espreitava o blogue. E são muitas as novidades: o JP faz hoje anos - Parabéns!; a Ana fez dia 24, muitos parabéns (desculpe-me serem tão atrasados) e tudo indica que os nossos amigos continuam na maior em terras de Espanha.
Parabéns JP
Parabéns JP !
Enquanto não faço chegar outros apontamentos heráldicos, aqui fica o brasão da cidade de Múrcia, capital de antigo reino peninsular e hoje de comunidade.
Cidade e região onde estará daqui a umas horas um terço deste blogue.
E que contes muitos!
Um dia feliz, Parabéns!
Parabéns JP!
Como faz anos no mesmo dia de Mozart escolhi esta peça:
x
Concerto para Violino No. 5 in A major (Turkish) K219 de Mozart.
Concerto para Violino No. 5 in A major (Turkish) K219 de Mozart.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
No Museu de Belas Artes de Valência
Mesmo os mais blasés não deixarão de ficar impressionados com o Museu de Belas Artes de Valência, uma das mais importantes pinacotecas- embora seja também uma casa com escultura, tapeçaria e arqueologia- espanholas. Um acervo prodigioso, do Gótico ao séc.XIX, em que aos pintores valencianos se somam flamengos, alemães e oriundos de outras regiões de Espanha.
De Van Dyck a Goya, de Joan de Joanes a Sorolla, sem se poder omitir uma das mais impressionantes colecções de retábulos que já me foi dado ver.
Lantana
Leio que é uma voz que se vai firmando no panorama musical espanhol. Aqui fica esta Quando se acabe el mundo.
In memoriam Bernd Eichinger
Bernd Eichinger, produtor e realizador, faleceu ontem aos 61 anos em Los Angeles na sequência de um ataque cardíaco. Foi um dos grandes nomes do cinema alemão com projecção internacional: produziu “O nome da rosa” e “O perfume”, entre outros filmes. Alcançou um dos maiores êxitos da sua carreira em 2003, ao ganhar o Óscar na categoria de melhor filme estrangeiro com a película “Nirgendwo in Afrika”.
Quotidianos - 55
Johann Christoph Friedrich Bach
No dia em que passam 215 anos da morte de Johann Christoph Friedrich Bach (1732-1795)
Há 20 anos...
«Quando, esta manhã, Natércia Maia olhar nos olhos do Presidente da República, há-de lembrar-se do primeiro-ministro que, há 20 anos, [ele] recusou conceder a Salgueiro Maia uma pensão por "serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país". Cavaco Silva que hoje, às dez da manhã, vai depositar uma coroa de flores junto à estátua do capitão de Abril, há-de lembrar-se da polémica provocada por ter concedido a dois inspectores da PIDE, António Bernardo e Óscar Cardoso, a pensão que negou a Salgueiro Maia. Em 1988, o militar solicitou ao governo uma pensão "por serviços excepcionais prestados ao país". O pedido recebeu apreciação positiva - e até obrigatória - do conselho consultivo da PGR que, em Junho de 1989, por unanimidade, declarou que "muito do êxito da revolução se ficou a dever ao comportamento valoroso daquele que foi apodado de Grande Operacional do 25 de Abril". O parecer enviado a Cavaco Silva e Miguel Cadilhe, então primeiro-ministro e ministro das Finanças, respectivamente, ficou amarrado a um silêncio que durou três anos. Em 1992, a recusa é revelada porque se fica a saber que Cavaco Silva "tinha concedido pensões por serviços relevantes prestados ao país" a dois inspectores da PIDE. Um deles estava entre os que fizeram fogo sobre a multidão que estava na rua António Maria Cardoso - causando os únicos mortos da revolução. A revelação provocou uma onda de indignação no país: Francisco Sousa Tavares escreve, no Público, críticas violentas que acabam em tribunal - as palavras do escritor irritaram os juízes do Supremo Tribunal Militar - e dois meses mais tarde surge a mão de Mário Soares. O Presidente escolhe então o dia das Forças Armadas para condecorar Salgueiro Maia com a Ordem Militar de Torre e Espada. A honra concedido a título póstumo - Salgueiro Maia morreu a 4 de Junho de 1992 - era a única condecoração que podia dar direito a uma pensão. Cavaco Silva vai estar hoje frente-a-frente com o passado, perante um militar que juntou quatro presidentes da República no dia do funeral.» (ionline, pt, 26 Jan. 2011)
Aqui como aí
A mesma sensação de fim de ciclo político, o estar farto de quem governa com o PM à cabeça, a desconsideração crescente e avassaladora pela classe política, o temor pelo futuro com a economia em estado que inspira cuidados, sem esquecer o desemprego que aqui se cifra em quase 5 milhões de cidadãos...
Terá chegado a hora do Partido Popular? Eles acham que sim e não se cansam de o dizer.
Suma relíquia
Um dos objectos que mais fascinou as mentes ocidentais foi sem dúvida o Graal, o cálice da Última Ceia. Estreitamente ligado à matéria da Bretanha, aos ciclos arturianos e com presença duradoura na literatura, na música e demais artes- sem esquecer o cinema, arte maior do século passado, foi motivo de interesse e pesquisa para várias gerações.
Dos vários "candidatos" que foram considerados ao longo dos séculos, apenas resta hoje um, precisamente o que se encontra há largos séculos na catedral valenciana e com mais de um milénio de permanência atestada na península hispânica. E continua a ser considerado porque resistiu à prova científica: a datação pelo carbono 14.
Não voa, nem tem um brilho sobrenatural, mas a verdade é que emana uma das mais poderosas "radiações": e se?
O que não é pouco em eras de cepticismo generalizado...
PENSAMENTO(S)
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Uma edição da "Mensagem" preciosa!
Ao folhear esta edição fac-símilada da Mensagem, da edição original da BNP, Fernando Pessoa torna-se presente, é como se regressássemos a 1934. A correcção do título de "Portugal" para "Mensagem", as notas a lápis, a paginação, o índice manuscrito e a própria encadernação e papel utilizados tornam esta edição preciosa.
I
Os Campos
Primeiro
O dos Castellos
x
A europa jaz, posta nos cotovellos:
De Oriente a Occidente jaz, fitando,
E toldam-lhe romanticos cabellos
Olhos gregos, lembrando.
x
O cotovello esquerdo é recuado;
O direito é em angulo disposto.
Aquelle diz Itália onde é pousado;
Este diz Inglaterra, onde afastado,
A mão sustenta, em quem se appoia o rosto
X
Fita, com olhar sphyngico e fatal,
O Occidente, futuro do passado.
x
O rosto com que fita é Portugal.
x
Fernando Pessoa, Lisboa: Editorial Império, 1934, p.15.
x
Mensagem
Fernando Pessoa
(Edição clonada do origina da Biblioteca Nacional de Portugal)
babel, 2010
Eugénio Oneguine
Estamos naquele edifício que o Luís postou há dias, no Palau de les Arts de Valencia, da autoria de Santiago Calatrava. E preparamo-nos para ver:
Ilya Repin (1844-1930) - Duelo de Eugénio Oneguine e Vladimir Lensky, 1901
Ilustrações para o romance homónimo de Alexander Serguéievitch Púchkine (1799-1837), no qual se baseou o libreto da ópera de Tchaikovsky.
Dos Almanaques - 16
Lucas Cranach, o Velho - Adão e Eva, 1528
Florença, Galleria degli Uffizi
«Em todos os tempos houve mistificações e houve mistificadores. Em todos os tempos a Mentira guerreou a Verdade e não raro a levou de vencida. A coisa vem de longe. Vem do pai Adão e da mãe Eva. À Verdade também se chamou Bem e à Mentira chamou-se Mal.
«O Bem e o Mal tiveram como Proteu a faculdade de envergar a fatiota que mais do que seu agrado fosse. O Mal, travestido de serpente, avizinhou-se da Eva e com falinhas mansas que a Astúcia bem conhece, persuadiu-a a comer do fruto da árvore conhecida, para se tornar deusa. Esta árvore era tanto do Mal como do Bem; mas este, que é amigo de viagens, achava-se então ausente.
«A Eva comeu e gostou. Foi chamar o barbudo do Adão que, a instâncias dela, comeu também.
«Deus havia-lhes imposto o preceito de não comerem de tal fruto sob pena de expulsão daquele lugar de delícias. E como a quem promete não falta, aplicou sem demora o castigo.
«Depois vieram as censuras do barbudo à sua metade, a quem ele inculpava da desgraça que a ambos ferira. O Mal, a quem Deus castigou também pela sua soberba, cogitou uma vingança. Dito e feito. Barbeou-se muito bem barbeadinho, e vai com as falinhas mansas que nós já lhe conhecemos, fomentar a discórdia entre o homem e a mulher. Chega-se sorrateiramente ao barbudo e diz-lhe: “ela foi a tua desgraça; com seus afagos embelezou-te e perdeu-te; despreza essa criatura vil; olha que ela é tão vil, que nem sequer alma tem”. O que o Mal queria, e sempre em ódio a Deus, era enganá-los a ambos. Fez templos sumptuosos, e com aromas esquisitos, que inebriam os sentidos, e inauditas melodias que poriam em êxtase a alma de Orpheus, vai para ali trovejar cóleras postiças contra a pobre da mulher. O barbudo, que gostava da oração, mas que gostava também da sua metade, acabou por achar impertinente a insistência do Mal, o jogo do qual veio a descobrir por fim. E empenhou-se quanto pode em subtrair a carne da sua carne às sugestões do maligno.
«Conseguiu-o um pouco. Mas o Mal, que não queria largar a sua presa, resolveu mudar de táctica. E aquela que outrora nem alma tinha, passou a ser por ele idolatrada, e tanto, que até com ofensa da fisiologia lhe chama agora Imaculada. Um embusteiro. [...]»
Adelaide Cabete
In: Almanach Democrático para 1908, Lisboa, 1907, p. 22-23
«O Bem e o Mal tiveram como Proteu a faculdade de envergar a fatiota que mais do que seu agrado fosse. O Mal, travestido de serpente, avizinhou-se da Eva e com falinhas mansas que a Astúcia bem conhece, persuadiu-a a comer do fruto da árvore conhecida, para se tornar deusa. Esta árvore era tanto do Mal como do Bem; mas este, que é amigo de viagens, achava-se então ausente.
«A Eva comeu e gostou. Foi chamar o barbudo do Adão que, a instâncias dela, comeu também.
«Deus havia-lhes imposto o preceito de não comerem de tal fruto sob pena de expulsão daquele lugar de delícias. E como a quem promete não falta, aplicou sem demora o castigo.
«Depois vieram as censuras do barbudo à sua metade, a quem ele inculpava da desgraça que a ambos ferira. O Mal, a quem Deus castigou também pela sua soberba, cogitou uma vingança. Dito e feito. Barbeou-se muito bem barbeadinho, e vai com as falinhas mansas que nós já lhe conhecemos, fomentar a discórdia entre o homem e a mulher. Chega-se sorrateiramente ao barbudo e diz-lhe: “ela foi a tua desgraça; com seus afagos embelezou-te e perdeu-te; despreza essa criatura vil; olha que ela é tão vil, que nem sequer alma tem”. O que o Mal queria, e sempre em ódio a Deus, era enganá-los a ambos. Fez templos sumptuosos, e com aromas esquisitos, que inebriam os sentidos, e inauditas melodias que poriam em êxtase a alma de Orpheus, vai para ali trovejar cóleras postiças contra a pobre da mulher. O barbudo, que gostava da oração, mas que gostava também da sua metade, acabou por achar impertinente a insistência do Mal, o jogo do qual veio a descobrir por fim. E empenhou-se quanto pode em subtrair a carne da sua carne às sugestões do maligno.
«Conseguiu-o um pouco. Mas o Mal, que não queria largar a sua presa, resolveu mudar de táctica. E aquela que outrora nem alma tinha, passou a ser por ele idolatrada, e tanto, que até com ofensa da fisiologia lhe chama agora Imaculada. Um embusteiro. [...]»
Adelaide Cabete
Auto-retrato(s) - 83
Adelaide Cabete
Lembram-se dela? Coloquei há uns dias um retrato de uma gordinha, nascida em Elvas, possivelmente comedora de ameixas de Elvas...
Adelaide Cabete nasceu em Elvas a 25 de Janeiro de 1867.
Adelaide Cabete nasceu em Elvas a 25 de Janeiro de 1867.
Lisboa: CIG, 2010
O olhar do homem*
«Não passa uma ou mais senhoras por um grupo de dois ou mais cavalheiros, sejam velhos ou novos ou sejam de que categoria forem, que não salte um pelo menos a fazer considerações mais ou menos pesadas, conforme a sua educação, sobre a mulher que passa, mas fazendo sempre a diligência para que esta ouça a amabilidade e assim chegar ao requinte da finura e delicadeza. Pobres de espírito! As suas considerações são sempre feitas debaixo dum único ponto de vista: considerando-a exclusivamente como fêmea. Se é velha – que já não presta, se é nova que devia ser (para lhes agradar) mais assim ou mais doutra maneira, etc., etc., mas sempre a ideia fixa da sexualidade.»
Adelaide Cabete - «As mulheres que passam». In: Igualdade, 3 Nov. 1928, p. 4
Alguma coisa mudou, mas não muito. Os pensamentos são menos exteriorizados.
* Título atribuído por Isabel Lousada, na antologia que organizou no final da biografia que escreveu.
«Não passa uma ou mais senhoras por um grupo de dois ou mais cavalheiros, sejam velhos ou novos ou sejam de que categoria forem, que não salte um pelo menos a fazer considerações mais ou menos pesadas, conforme a sua educação, sobre a mulher que passa, mas fazendo sempre a diligência para que esta ouça a amabilidade e assim chegar ao requinte da finura e delicadeza. Pobres de espírito! As suas considerações são sempre feitas debaixo dum único ponto de vista: considerando-a exclusivamente como fêmea. Se é velha – que já não presta, se é nova que devia ser (para lhes agradar) mais assim ou mais doutra maneira, etc., etc., mas sempre a ideia fixa da sexualidade.»
Adelaide Cabete - «As mulheres que passam». In: Igualdade, 3 Nov. 1928, p. 4
Alguma coisa mudou, mas não muito. Os pensamentos são menos exteriorizados.
* Título atribuído por Isabel Lousada, na antologia que organizou no final da biografia que escreveu.
Com o Mediterrâneo pela frente
Um "terço do blogue" está, desde hoje, com o Mediterrâneo pela frente, mais propriamente na bela cidade de Valência, terceira cidade de Espanha e onde a mais arrojada contemporaneidade convive com os livros de pedra que são as catedrais erigidas no Medievo.
Mas não se pense que as temperaturas são de veraneio: há pouco estavam 2ºC...
Mas não se pense que as temperaturas são de veraneio: há pouco estavam 2ºC...
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Santa Catalina
Nesta casa podemos encontrar produtos típicos, como a horchata (uma bebida leitosa e doce), mas a sua especialidade são os chocolates e os gelados artesanais. Vamos experimentar e depois daremos a nossa impressão.
http://www.horchateriasantacatalina.com/
The Children's Hour
A peça The Children’s Hour de Lillian Hellman regressa aos palcos do West-End londrino.
Estreada no Maxine Elliot Theater de Nova Iorque a 20 de Novembro de 1934, viveu com 691 representações um sucesso de bilheteira na Broadway, tendo ganho notoriedade também pelo facto de ter sido banida dos teatros de Boston, Chicago e Londres, devido ao tema picante e “escandaloso” à luz dos padrões “morais” dos anos 30: uma aluna vingativa acusa, sem qualquer fundamento, duas professoras de manter uma relação homossexual, com consequências nefastas para todos os envolvidos.
Estreada no Maxine Elliot Theater de Nova Iorque a 20 de Novembro de 1934, viveu com 691 representações um sucesso de bilheteira na Broadway, tendo ganho notoriedade também pelo facto de ter sido banida dos teatros de Boston, Chicago e Londres, devido ao tema picante e “escandaloso” à luz dos padrões “morais” dos anos 30: uma aluna vingativa acusa, sem qualquer fundamento, duas professoras de manter uma relação homossexual, com consequências nefastas para todos os envolvidos.
A primeira adaptação cinematográfica ocorreu em 1936. Sob a batuta de William Wyler, a película These Three contava com Miriam Hopkins e Merle Oberon nos papéis principais. O argumento sofrera alterações significativas em relação à peça original, pois o filme centrava-se num adultério, uma acusação menos “gravosa” do que a homossexualidade.
Decorridos 25 anos, Wyler realiza um remake, partindo do pressuposto que o público da Sétima Arte está preparado para encarar a versão inicial de Hellman. Mas The Children’s Hour de 1961 parece-se mais a um filme dos anos trinta e falha numa abordagem contemporânea. Torna-se num fracasso financeiro, não obstante as nomeações para os Óscares e o elenco de actores notável, constituído por Audrey Hepburn, Shirley Mac Laine, James Garner e (novamente) Miriam Hopkins, aclamados pela crítica, em especial Mac Laine que consegue combater sua imagem de eterna comediante.
Cabe à direcção de Ian Rickson no Comedy Theatre de Londres convencer público e críticos. Desde sábado passado e até 30 de Abril, Keira Knightley, Elisabeth Moss e Ellen Burstyn tentarão o seu melhor – empresa difícil, tendo em consideração que Claire Higgins, Harriet Walter e Emily Watson integraram a equipa da última produção londrina no National Theatre em 1994.
Imagens: Moss/Knightley, Hepburn/Mac Laine, cartaz These Three de 1936
The Quarrymen
The Quarrymen, a banda que deu origem aos Beatles, apresenta-se pela primeira vez ao vivo, no Cavern Club, em Liverpool, a 24 de Janeiro de 1958.
A banda ainda existe e é hoje formada por John Duff Lowe, Len Garry, Rod Davis e Colin Hanton.
Para a Ana, com votos de
domingo, 23 de janeiro de 2011
Carta a Maria de Lourdes
Lisboa, 9 de Dezembro de 1959
Maria de Lourdes
Li hoje, no jornal, a triste notícia do falecimento de seu pai. Não me foi possível acompanhá-los no funeral, mas não quero deixar de lhe vir, e ao Augusto, manifestar, por este meio, toda a minha simpatia e amizade, em transe tão doloroso, enquanto o não faço pessoalmente.
Calculo como se deva sentir, neste momento: a morte de uma pessoa querida, para mais se ocorre inesperadamente - o que julgo ter sido o caso - é sempre acontecimento difícil de suportar, sejam embora grandes a nossa resignação e fé religiosa. Uma e outra nos podem ajudar a compreender e aceitar o facto como lei inalterável da vida: mas não nos restituem quem desejaríamos manter sempre a nosso lado.
A crença religiosa, que em si suponho ser forte, levá-la-á a encarar o desaparecimento de seu pai como uma simples ausência momentânea, e a aguardar a hora da reunião futura e eterna. Também eu me convenço, de dia para dia, que vida e morte não são mais do que aspectos transitórios de uma mesma realidade - realidade que nos escapa, por agora, mas que talvez tenhamos, um dia, possibilidade de compreender.
Creia, Maria de Lourdes, na sinceridade dos meus sentimentos e aceite, e o Augusto, um abraço amigo do
Oliveira Marques
A. H. de Oliveira Marques (1933-2007) faleceu a 23 de Janeiro.
JUDY FOREVER
Uma noite tragicomica, tal como a vida de Judy, ontem no Teatro Marquina com o show " Al fin del Arco-Iris" que recomendo vivamente.
Quevedo
http://cdeassis.files.wordpress.com/2010/03/200px-monumento_a_quevedo_madrid_01.jpg
Monumento a Quevedo em Madrid, de A. Querol, 1902
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/53/Monumento_a_Quevedo_%28Madrid%29_03.jpg
Alegoria à poesia. Pormenor do monumento.
Foto de Luis García , 22 Ago. 2008.
«Quem quiser ter saúde no corpo, procure tê-la na alma.»
Francisco Quevedo
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