Prosimetron
sábado, 9 de abril de 2016
sexta-feira, 8 de abril de 2016
Manual Prático do Tipógrafo
Foto Pedro Amado / Público
«O Clube dos Tipos e a Tipografia Dias preparam-se para lançar o Manual Prático do Tipógrafo, impresso integralmente com esta técnica tradicional. Uma forma de "criar paixão" por esta arte.
«Joana Monteiro não vê as letras como letras. Talvez por defeito da profissão, a designer gráfica observa-as como formas, gaba-lhes o desenho. “Tenho letras preferidas: o R, o A.” “Em caixa alta ou caixa baixa?”, pergunta a jornalista, apropriando-se da gíria do jornal — algo perfeitamente compreensível para a interlocutora, ou não trabalhasse ela com tipografia tradicional, berço destas e de outras nomeadas. “Caixa alta.” Maiúscula, isto é.
«Será, certamente, apenas uma das muitas expressões de outrora presentes no Manual Prático do Tipógrafo que o coimbrão Clube dos Tipos, de Joana Monteiro, e a alfacinha Tipografia Dias se preparam para lançar. Será um livro para ser usado no contexto dos “workshops” de tipografia que as duas oficinas promovem regularmente, adaptando as lições aos dias de hoje. Aí, os aprendizes têm contacto, pela primeira vez, com os tipos, os caracteres, as máquinas, a impressão, a toda uma herança de Gutenberg. “Queremos criar paixão pela técnica, descrever os instrumentos que são usados, dar dicas que facilitem o trabalho de composição”, conta Joana, que promove estas iniciativas em articulação com a Tipografia Damasceno, que mantém esta actividade tradicional desde 1969.
«É lá, aliás, com a perícia de Rui Damasceno que está a ser impresso o Manual. “A nossa missão”, conta a designer de 39 anos, “também é construir um livro todo do princípio ao fim em tipografia tradicional”. O que também traz percalços, como quando, a dada altura, se aperceberam que não existiam tipos suficientes de determinada família. Foi preciso ir a outra gráfica antiga de Coimbra pedir uma caixa.
«“O objecto está a dar-nos imenso gozo. Acho que vamos conseguir criar algo que tem uma função didáctica e que também é muito bonito.” Avisa-se já que não vai estar à venda: será apenas para ser usado nestes novas oficinas de tipografia. O que Joana está a equacionar é uma campanha contra o “universo capitalista”: em troca de manual antigo de tipografia, uma ilustração, uma fotografia ou um qualquer outro objecto interessante, dá o manual. Serão feitos mil exemplares com a chancela Editora dos Tipos, criada especificamente para o efeito.
Tipografia: um contraponto à internet
«O Clube dos Tipos foi criado em 2013 em Coimbra por Joana Monteiro e Paul Hardman, que entretanto se afastou. Dedica-se a projectos comerciais e de autor, promovendo também oficinas de tipografia e outras actividades educativas à volta desta arte tradicional, sempre em colaboração com a cúmplice Tipografia Damasceno. A próxima oficina é já a 23 de Abril. Tem corrido bem, diz Joana: “A verdade é que há muitas pessoas a querer voltar para a tipografia e a querer experimentar, em contraponto com o ‘boom’ da internet.” Talvez por isso tenham aparecido outros projectos de cariz semelhante, como a supracitada Tipografia Dias e a Quadratim Letterpress, em Setúbal.
«A designer não prescinde do computador (“é mais uma ferramenta”), mas reconhece que há um certo encanto pela tipografia tradicional. “O fascínio das pessoas também vem de descobrir o porquê das coisas. De onde vêm determinadas palavras, por exemplo.” Como... caixa alta e caixa baixa.»
Amanda Ribeiro
(Público, Lisboa, 5 abr. 2016)
Traversing the Globe through Illuminated Manuscripts
«The Virgin and Child with the Archangels Michael and Gabriel» (pormenor), from a Gospel book, ca 1480-1520, Gunda Gunde Monastery, Ethiopia, artista desconhecido.
O Museu J. Paul Getty apresenta até 26 de junho uma exposição sobre a visão do mundo da Idade Média ao Renascimento, feita a partir das suas coleções de manuscritos iluminados.
Um pouco longe: em Los Angeles.
Simon Bening - o autor na sua mesa de trabalho. Pormenor de folio de Le livre des fais de Jacques de Lalaing
Marcadores de livros - 359
«Sábio é quem não se aflige com o que lhe falta e se alegra com o que possui.»
Demócrito
Um filósofo, de cuja obra só se conhecem fragmentos, que muito aprecio.
Obrigada a quem me tem oferecido estes marcadores vindos de Atenas.
Lisboa: Presença, 1972
Lisboa: Estampa, 1972
Conheci a filosofia de Demócrito através do livro de Marx. Depois li muito de e/sobre Lucrécio e principalmente de/sobre Epicuro para a cadeira de Cultura Clássica, do padre Manuel Antunes.
quinta-feira, 7 de abril de 2016
Marcadores de livros - 358
«Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente.»
Sócrates
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Relógios tribais
Esta colecção de relógios-pulseira , Les Masques, é uma criação da Vacheron-Constantin Métiers d'Art em colaboração com o Musée Barbier-Muller de Genebra, de cujo acervo fazem parte as 12 máscaras tribais que foram usadas para decorar estas criações em ouro amarelo, rosa ou platina . Datam de 2007 os primeiros conjuntos, e será hoje vendido, na Sotheby's de Hong Kong , em leilão o primeiro conjunto com uma base de licitação de 1,3 milhões de euros .
Fronteira
Começa amanhã a 4ª edição do Festival Literário de Castelo Branco, que contará com as já habituais apresentações de livros, debates, visitas a escolas, homenagens e feira do livro. Estarão presentes Nuno Júdice, Matilde Campilho, Inês Pedrosa, José Eduardo Agualusa e Manuel Alegre .
Onde me apetecia estar
Esta noite em Paris, para assistir a uma das representações do Roméo et Juliette, criado em 1977 por Nureyev que depois o ofereceu ao Ballet de l'Opéra de Paris .
Opéra Bastille, de 22 de Março a 16 de Abril .
Números
6 292 000
euros, o valor alcançado por estas três esculturas de Buda, provenientes da China, em bronze dourado do século XV, dinastia Ming , comprovando o facto de que a arte chinesa continua na crista da onda .
terça-feira, 5 de abril de 2016
Marcadores de livros - 357
Da esq.para a dir.:
O Adolescente da Maratona, representa provavelmente Hermes. Estátua em cobre, ca 325-300, a.C.
Representação de uma sacerdotisa que pertenceu ao palácio de Tirinta.
Atenas, Museu Nacional de Arqueologia
Agradeço a quem mos trouxe.
segunda-feira, 4 de abril de 2016
Números
12 000 000
de euros, é o preço mínimo do Hospital da Marinha, o mais valioso dos 11 edifícios que integram mais uma hasta pública, esta Sexta, da Direcção Geral do Tesouro .
Inaugurado em 1806, com desenho do arquitecto Francisco Xavier Fabri, embora criado em 1797 por alvará com força de lei do Príncipe Regente , tem 15 000 metros quadrados de área espalhados por vários pisos, o que promete destino hoteleiro para a histórica zona de Santa Clara .
Se eu tivesse vagar até o comprava só para ficar vizinho de um prosimetronista :)
Agradecimento
Foi o último presente de aniversário de 2016 , mas se calhar vai ser o primeiro a ser lido pois é o mais maneirinho :). Desconhecia este poeta, embora seja já este o seu terceiro livro . Obrigado !
Lá fora - 255
Estou a precisar de ver uma exposição como esta, com performances e vídeos intensos,
para acordar mesmo :) . Até 9 de Abril , no Palais de Tokyo, Paris .
Albert Marquet: Peintre du temps suspendu
O Musée d’Art moderne de Paris consagra Uma importante exposição a Albert Marquet, exibindo cerca de uma centena de obras, entre pinturas e desenhos, algumas das quais são mostradas pela primeira vez em França.
Marquet foi um artista que evoluiu com os movimentos artísticos da época, do pós-impressionismo ao fauvismo, conservando sempre o seu estilo.
A exposição pode ser vista até 21 de agosto.
Sílvia Perez Cruz - No hay tanto pan (Premis Gaudí 2016)
Uma voz que canta em catalão, castelhano, português e galego .
domingo, 3 de abril de 2016
Histórias lidas na Infância
Para MR e os infantes.:))
Quando era pequena gostei de ler as histórias da Família Cherry de Will Scott (durante muitos anos pensei que eram histórias de Enid Blyton pois a estrutura era parecida mas são mais simples e mais concretizáveis). As histórias eram jogos inventados pelos adultos para divertir as crianças e estes tinham que descortinar caças ao tesouro, ler mapas, decifrar enigmas, eram histórias de uma família feliz sempre com obstáculos a vencer. Ajudavam a desenvolver a imaginação, o raciocínio e como todas as histórias para crianças tinham um fundo moral. Adorava estas histórias e havia meninos com idades menores que a faixa etária dos Cinco de Enid Blyton, segundo o que me lembro.
Não tenho nenhum destes livros pois ia buscá-los à biblioteca da Gulbenkian
integrada na Biblioteca Municipal que ficava perto da escola Primária.
Imagens cortesia do Google
integrada na Biblioteca Municipal que ficava perto da escola Primária.
Imagens cortesia do Google
Will Scott nasceu em 1893 e faleceu em 1964.
O que li na infância
Em geminação com Palavras Daqui e Dali, respondendo à pergunta sobre os livros da minha infância. Já fiz posts sobre todos eles aqui no blogue.
Ainda tenho alguns exemplares da Colecção Formiguinha, com adaptações de Andersen, Grimm e contos tradicionais.
Na resposta à Isabel, devia ter acrescentado a Arca de Noé III classe, também de Aquilino.
Heidi, de Johanna Spyri. Ainda há poucos dias falei deste livro a propósito de uma adaptação cinematográfica que está (esteve?) em exibição.
Tenho todos estes livros, com exceção desta edição de Coração. Também li a tradução da Colecção Azul.
Podia acrescentar a esta lista os livros da Condessa de Ségur e outros da Colecção Azul, e os Cinco (todos os então publicados) da Enid Blyton.
Santa Catarina de Alexandria
Esta pintura de Francisco Zurbarán, de que gostei, pode ser vista hoje no MNAA, na exposição da coleção Masaveu.
Para Justa.
Parabéns, Luisa!
Manhã na minha ruela, sol pela janela
O Sr. Jeitoso dá tréguas ao berbequim
O galo descansa, ri-se a criança
Hoje não há birras, a tudo diz que sim
O casal em guerra do segundo andar
Fez as pazes, está lá fora a namorar
Cada dia é um bico d’obra
Uma carga de trabalhos, faz-nos falta renovar
Baterias, há razões de sobra
Para celebrarmos hoje com um fado que se empolga
É dia de folga!
[...]
Jorge Cruz
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