Winnie-the-Pooh é um urso muito querido. Descubra a história por detrás da parceria criativa de A.A. Milne e E. H. Shepard, trazido à vida, numa exposição, através de esboços, cartas, fotografias, desenhos animados, cerâmica e moda. A exposição está no Victoria & Albert Museum, em Londres, até 8 de abril.
Winnie-the-Pooh é o primeiro livro sobre as aventuras do Ursinho Puff, criado por A. A. Milne e publicado em 1926, a que se seguiu The House at Pooh Corner em 1928. Os livros foram ilustrados por E. H. Shepard.
Alguns exemplos de adaptações portuguesas:
S. l. : Disney Enterprises: Editorial Salvat, 2000
Uma manhã de 1962, Fellini levantou-se e descreveu um encontro com Picasso em O livro dos sonhos, cadernos nos quais escrevia e desenhava os seus sonhos, a pedido do seu psicanalista, Ernst Bernhardt, discípulo de Carl Gustav Jung. Assim, entre novembro de 1960 e agosto de 1990, Fellini completou dois grossos volumes com um extenso imaginário de personagens e imagens, gérmen de cenas inesquecíveis dos seus filmes.
Picasso aparece representado no seu primeiro sonho de 22 de janeiro de 1962, no qual Fellini e a sua mulher Giuletta Masina visitam a casa de Picasso, reúnem-se ba sua cozinha onde desfrutam de uma amigável refeição. Nas suas memórias, Fellini afirma: «estávamos numa cozinha, claramente a cozinha da sua casa, uma enorme cozinha repleta de comida, de quadros, de cores… Falámos pela noite toda». Cinco anos mais tarde, a 18 de janeiro de 1967, sonha de novo com Picasso e anota no caderno: «Toda a noite com Picasso, que falava, falava… Éramos muito amigos, mostrava-me um grande carinho, como um irmão mais velho, um pai artístico, um colega que me coloca ao seu nível, alguém da mesma família, da mesma casta…»
Esta exposição está no Museu Picasso, em Málaga, até 13 de maio.
Fellini dormindo na rodagem de Dolce Vita, 1960
Fellini - O livro dos sonhos. Sonho de 22 jan. 1962.
Um quiosque de jornais que estava encerrado há muito tempo na Av. da Igreja (no passeio da Nova Lisboa) abriu com a venda de jornais, alguns livros e uns cartões de tipografia. Parabéns! Felicidades!
«Alberto Soares, um jovem professor acabado de formar, é colocado em Évora, uma cidade provinciana e moralista. Lá, encontra o Dr. Moura, um grande amigo do falecido pai, que lhe apresenta as suas três filhas. No liceu, onde dá aulas, Alberto discute com os alunos as suas teorias existenciais e a sua desesperada busca por si mesmo. Estas vivências motivam-no a escrever um romance sobre a morte, onde ele próprio se assume como protagonista…» (Sinopse)
Adaptação ao cinema do romance homónimo de Vergílio Ferreira por Fernando Vendrell. Estreia hoje.
Uma boa ocasião para reler o romance.
Lisboa: Portugália, 1959
«Portanto eu tinha um problema: justificar a vida em face da inverosimilhança da morte. E nunca até hoje eu soube inventar outro.»
«A evidência da vida não é a imediata realidade, mas o que a transcende e estremece na memória. A minha memória está cheia. Da janela do comboio olho a montanha ao longe, branca de espaço, olho as matas de pinheiros, o chão trágico de pedras. Tento reconhecer aí o que é vivo e relembra, o que dura e aparece nos instantes de alarme.»
«[...] a vida do homem é cada instante – eternidade onde tudo se reabsorve, que não cresce nem envelhece –, centro de irradiação para o sem-fim de outrora e de amanhã. O tempo não passa por mim: é de mim que ele parte, sou eu sendo, vibrando.»
O rei Carlos I de Inglaterra, um dos maiores coleccionadores de pintura de todos os tempos, tinha uma sala inteira dedicada a Ticiano, um dos maiores retratistas de sempre. Esta Santa Margarida, 198x167,5cm, idêntica ao do Prado, estava no palácio de Whitehall e após a decapitação do rei passou a um particular, acabando vendida a 1 de Fevereiro na Sotheby's de Nova Iorque .
Quem não teve oportunidade no passado dia 16, poderá lembrar o nosso João Mattos e Silva este Sábado, 24 de Março, na Basílica dos Mártires, ao Chiado, pelas 18h30, em missa celebrada por intenção dos seis meses do seu falecimento.
A figura humana na sua forma mais íntima é o tema desta exposição patente na Tate Britain até 27 de Agosto. Obras de Lucian Freud, Francis Bacon, Frank Auerbach, Jenny Saville e Paula Rego .
Foi vendida ontem, na Christie's de Paris, uma parte da colecção do conde Arnaud Doria, historiador, crítico de arte e antigo presidente da academia francesa de belas-artes. Entre os 200 lotes, uma tela de Gustave Moreau : Sappho, aguarela e guache.
A Lisbon Poetry Orchestra é um coletivo multidisciplinar formado por um núcleo de quatro músicos a que se juntaram quatro vozes e que convidam outros artistas para celebrar e interpretar a poesia numa viagem verdadeiramente única à descoberta e reinvenção da palavra dita.
Lisbon Poetry Orchestra é formada por André Gago (ator), Miguel Borges (ator), Nuno Miguel Guedes (jornalista, letrista) Paula Cortes (poeta) e pelos músicos Alex Cortez e Filipe Valentim (Radio Macau), Luís Bastos (Kumpania Algazarra) e Tiago Inuit (Fausto).
Hoje, assinalando o dia mundial da poesia, a editora Abysmo edita o trabalho mais ambicioso deste grupo — Poetas Portugueses de Agora, título inspirado num disco do grupo espanhol Aguaviva. Este será constituído por diversos suportes: um livro, em formato sketch book, com poemas de uma nova geração de autores e ilustrações de Daniel Moreira e dois CD, um com 15 poemas declamados e outro, Música Para Sessões Privadas de Poesia, com 15 temas para o leitor poder declamar sobre o fundo musical.
Retrospetiva do trabalho fotográfico e cinematográfico de Ed van der Elsken, o mais importante fotógrafo holandês do século XX, que sempre se interessou pelos marginalizados da sociedade. Foi em Amesterdão, Paris, Hong Kong e Tóquio que encontrou matéria para fotografar, capturando os indivíduos que iam encontrando pelas ruas - «o meu tipo de pessoas», como ele dizia.
A exposição está na Fundação Mapfre de Madrid até 20 de maio.
A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome, nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la. A inclinação do sol vai marcando outras sombras; e os habitantes da mata, essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão, começam a preparar sua vida para a primavera que chega.
Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra, nesse mundo confidencial das raízes, — e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer, no espírito das flores.
Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa, como os palácios de Jeipur. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares, — e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende.
Oh! Primaveras distantes, depois do branco e deserto inverno, quando as amendoeiras inauguram suas flores, alegremente, e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol.
Esta é uma primavera diferente, com as matas intactas, as árvores cobertas de folhas, — e só os poetas, entre os humanos, sabem que uma Deusa chega, coroada de flores, com vestidos bordados de flores, com os braços carregados de flores, e vem dançar neste mundo cálido, de incessante luz.
Mas é certo que a primavera chega. É certo que a vida não se esquece, e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação.
Algum dia, talvez, nada mais vai ser assim. Algum dia, talvez, os homens terão a primavera que desejarem, no momento que quiserem, independentes deste ritmo, desta ordem, deste movimento do céu. E os pássaros serão outros, com outros cantos e outros hábitos, — e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que, outrora se entendeu e amou.
Enquanto há primavera, esta primavera natural, prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos, que dão beijinhos para o ar azul. Escutemos estas vozes que andam nas árvores, caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos; e a eufórbia se vai tornando pulquérrima, em cada coroa vermelha que desdobra. Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor.
Tudo isto para brilhar um instante, apenas, para ser lançado ao vento, — por fidelidade à obscura semente, ao que vem, na rotação da eternidade. Saudemos a primavera, dona da vida — e efêmera.
Cecília Meireles - Obra em Prosa - Volume 1. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1998, pág. 366.
Últimos dias para visitar o Salon du Dessin de Paris, no Palais Brongniart, este ano com duas exposições principais : Dessins du Musée d'Arts de Nantes, L' Art du dessin chez Chaumet.
Este La Chasse au taureau sauvage, 1855, óleo sobre tela, 110x185cm, foi encomendado em 1855 ao mestre indonésio Raden Saleh ( 1811-1880 ) por um rico comerciante francês instalado em Jacarta.
Foi descoberto numa cave em Auray, no Morbihan, com uma estimativa de 200 000 euros acabou vendido em Vannes, a 27 de Janeiro, por 7,2 milhões de euros e com guia de marcha para a Indonésia ...
É de Van Dyck este Retrato do príncipe Guilherme II de Orange menino com um cão, que fez parte da fabulosa colecção do Rei Carlos I de Inglaterra.
Foi vendido na Sotheby's de Nova Iorque, a 1 de Fevereiro, pelo equivalente a 1 milhão e 900 000 euros.
Em Paris, mais precisamente nos Archives Nationales, o antigo palácio dos Lorena que depois foi dos Rohan-Soubise até à Revolução, e transformado em Archives de l' Empire em 1808. Nunca visitei este palácio no coração do Marais, nem sequer os jardins. Mas fica na lista :)
Desculpem o atraso, que se deve tanto ao rescaldo de uma gripe como ao rescaldo de uma casa desarranjada :), mas aqui fica o meu agradecimento pelos presentes virtuais e reais, pelas mensagens e votos do dia 15 de Março.