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Entretanto, a novela Prisa/Moura Guedes vai se adensando: foi emitido um comunicado pela
Prisa, o gigante espanhol de comunicação que é dono da
Media Capital, sendo esta como se sabe dona da
TVI, onde se diz que
Juan Luís Cebrian não foi o responsável pela decisão de tirar do ar
Manuela Moura Guedes, e que a decisão foi antes tomada em Lisboa.
Por sua vez, a
ERC já abriu um inquérito ao caso, o que faz todo o sentido porque desde logo é ilegal uma decisão deste tipo ser tomada pela administração e não pela direcção de informação.
Compreendo os argumentos da nossa M.R. ao meu post anterior mas há factos incontornáveis:
1- O Jornal de Sexta-Feira da TVI tinha enormes audiências;
2- Desgastava o Governo e em especial o Eng. Sócrates como o próprio reconheceu no último Congresso do PS;
3- A decisão de extinguir este noticiário partiu não da direcção de informação da TVI como seria de esperar, mas da administração que passou completamente por cima daquela;
4- A direcção de informação da TVI demitiu-se em bloco.
Continuo a pensar que houve conluios político-económicos por detrás do afastamento de Moura Guedes, e que não se trata de uma mera coincidência estarmos em período de campanha eleitoral, convicção ainda mais reforçada com as trapalhadas de comunicados e esclarecimentos das últimas horas provenientes da Prisa e da própria TVI.
Convicção que não me impede de achar que muitas vezes Manuela Moura Guedes ultrapassou os limites deontológicos do seu estatuto profissional, e até do simples bom senso e bom gosto.