Hoje trago dois discos de 45 r.p.m. de Manolo Diaz da minha fonoteca. :-) O primeiro é de 1967 e o segundo de 969. Escolhi duas canções do primeiro disco.
Prosimetron
sábado, 4 de fevereiro de 2012
Bicentenário de Charles Dickens - 1
Na próxima 3.ª feira, dia 7 de fevereiro, passam 200 anos sobre a data de nascimento de um dos mais conhecidos escritores ingleses e universais. Descreveu a sociedade inglesa que conheceu - da época vitoriana e da Revolução Industrial -como ninguém. Se cá voltasse, não lhe faltaria matéria para os seus romances.
«Há cordas no coração humano que seria melhor não as fazer vibrar.»
Charles Dickens (1812-1870)
Assim vai a França...
Já há muito tempo que não comprava esta revista. Adquiri-a ontem e está muito melhor.
8,2 milhões de franceses vivem com menos de € 959,00. um quarto dos trabalhadores ganha €750,00. Há 6 milhões de franceses vítimas de exclusão bancária. Muitos já não conseguem aceder a cuidados de saúde. Neste quadro todo, as mulheres são as mais afectadas.
As injecções anti-rugas parecem ser o próximo drama da saúde pública, depois dos implantes mamários.
É melhor nem ver as fotos que mostram como algumas mulheres ficaram com a cara depois de terem levado, num médico, essas injecções, ou terem-se injectado a si mesmas.
Único motivo de provável alegria, daqui a uns meses: François Hollande ter declarado que o seu adversário é a alta finança.
E a história repete-se (2)
Um terceiro sistema das Ordenações Manuelinas
Em 1995, quando se preparava a Exposição evocativa do Quinto Centenário da impressão da Vita Christi, descobriu-se e identificou-se fragmentos de um volume das chamadas Ordenações Manuelinas, até então desconhecida. Esses fragmentos estavam dentro de uma encadernação portuguesa do século XVI, que um alfarrabista americano retirara a um livro que restaurara para vender. A Memória não recordava já qual era o livro quando, em 1995, os restos da velha encadernação chegaram a Portugal. E a História do Direito Português modificou-se um pouco. Afinal Valentim Fernandes tinha impresso toda a edição das Ordenações. Pode-se depois provar, graças a exemplares localizados em Roma, que essa impressão tinha ocorrido em 1512. Passando agora, portanto, o Quinto Centenário do começo da impressão das chamadas Ordenações Manuelinas, naquele que ficou consagrado como o seu “primeiro sistema”.
A razão de se conhecer tão pouco sobre as "Ordenações velhas" de D. Manuel prende-se com o facto de D. Manuel, a 15 de Março de 1521, ter mandado destruir todos os exemplares da "velha impressão". Era o começo do texto impresso e não se tinha ainda compreendido o sistema de se autenticar a sua validade indicando a data e a edição. Com nova versão de uma lei destruía-se a versão anterior (impressa) evitando assim confusões sobre qual era a válida.
Contam, ou melhor contavam, alguns dos bons manuais de História [de Portugal e do Direito Português] que no reinado de D. Manuel vigoraram dois sistemas de Ordenações: o primeiro, de 1512-13 (teve uma reedição com correcções pontuais, em 1514) e o segundo sistema, de 1521 (com quatro edições e diferentes reimpressões de cada uma delas, entre 1521 e 1603). Em 1603 entrou em vigor um outro sistema, que ficou conhecido com o nome de Ordenações Filipinas, que esteve em vigor até 1822, em Portugal (e até mais tarde no Brasil). Pois é... o sistema jurídico do séc. XVII e XVIII português foi o promulgado por Filipe III (rei de 1598 a 1621). Mas essa é outra história.
Voltemos à história de Hoje.
Quando em 1521 D. Manuel mandou destruir todos os exemplares da velha impressão mandou destruir as fontes básicas da sua própria história. Durante muito tempo (e para muitos ainda hoje) só havia uma compilação (ou sistema) de Ordenações Manuelinas, as de 1521. E quando se diz (ou dizia até aos finais do século XX) que as Ordenações do senhor Rei D. Manuel legislavam, no livro II, título 3.º, que... só se citava as de 1521, aquelas que se ensinavam na Universidade. A partir de 1993 (e tudo tem uma data) passou a referir-se aos poucos, no que às Ordenações Manuelinas diz respeito, se se estava a indicar a primeira ou a segunda “versão”, “compilação” ou “sistema”, nome que vingou desde 2002.
Mas hoje, e aqui o hoje é mesmo hoje, a história passa a ter três sistemas de Ordenações Manuelinas.
Investigadora amiga tinha alertado que o miolo de uma encadernação de um livro na Biblioteca Nacional de Portugal era composto por texto impresso (como tinha acontecido no caso de 1995). E existem tantos e tantos miolos de encadernação assim. Aqui fica a foto histórica daquilo que era visível em 17 de Janeiro de 2012. A 19 de Janeiro era re-pedido o desmembramento e restauro das folhas que estavam coladas, a fazer de cartão.
Na quinta-feira, dia 2 de Fevereiro, foram vistos esses fragmentos já recuperados e reintegrados (para permitir a sua conservação). Pelas duas e dez da tarde, desse dia, um coração ficou a bater mais acelerado. A suspeita que o dono desse coração tinha tido (e que havia relatado na véspera) confirmava-se. Era qualquer coisa de novo. Observe-se um desses pedaços de papel agora salvo:
O que antes não tinha sido possível localizar era agora possível de verificar e confirmar. Era mesmo um pedaço de texto impresso das Ordenações. E um dos pedaços era concretamente “do segundo livro das Ordenações” no que dizia respeito ao título 3.º.
Não correspondia contudo o texto com o que estava impresso no “sistema” de 1512-13 nem com o que estava no “sistema” de 1521 e seguintes.
Era uma outra legislação já arrumada segundo o conceito que veio a vigorar a partir de 1521 (segundo se escrevia, mas a nova ordem, sabe-se agora, é anterior) mas com outro texto diferente.
A lei referida, no que diz respeito aos "donatos da Ordem de S. João" [hoje Malta], conseguiu-se datar como tendo sido produzida por carta régia de 30 de Outubro de 1516. Logo este novo sistema foi, forçosamente, impresso em data posterior. Mas não é credível que o tenha sido em 1520 (dado o outro ter saído do prelo a 11 de Março de 1521). A data da impressão deste novo sistema deve ter sido circa 1517-1518. O seu impressor foi Jacobo Cromberger, um impressor de Sevilha, que D. Manuel havia nobilitado com o título de cavaleiro... mas essa já é outra história.
Comparem-se os três sistemas agora conhecidos, todos no que diz respeito ao Livro II, título terceiro.
1.º Sistema das Ordenações Manuelinas (1512-1513) , livro II, t.º 3:
2.º Sistema das Ordenações Manuelinas (post. a 1516 e anterior 1521) , livro II, t.º 3:
A pedido de Luís Barata a História é contada aqui (volta a estar no ar)... Ver o "E a história repete-se [1]"
Canzonissima - Gianni Bella
O cantor siciliano Gianni Bella cantou e encantou o público italiano durante os anos 70. Também compôs vários temas para sua irmã, Marcella Bella, e para Adriano Celentano. Segue a canção Non si può morire dentro de 1976 - intensa, como alguns comentadores na plataforma YouTube descreveram, e bem.
Buona giornata!
Buona giornata!
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
A Dama que já não é de Ferro
Muito bom, o artigo de Teresa de Sousa no Público de hoje (suplemento ípsilon) sobre o filme "A Dama de Ferro". "Este não é um filme sobre o thatcherismo... é antes uma magnífica história da solidão do poder supremo e do preço muito elevado que é preciso pagar por ele. A decadência inexorável de quem teve o mundo a seus pés. A fragilidade de quem sempre foi forte. A pura e simples condição humana" são as linhas mestras desta história, já que os "acontecimentos políticos apenas servem de suporte". Porque a Dama já não é de Ferro, vivendo cada vez mais distante do mundo, este filme induz simpatia pela controversa figura para a qual muito contribui a excelente interpretação de Meryl Streep que "cria uma identificação de tal maneira forte com a personagem que quebra qualquer possibilidade de distanciamento". Também nas palavras de Jorge Mourinha (ainda no mesmo suplemento) o filme que estreia na próxima 5ª feira, dia 9, não só humaniza Thatcher como é capaz de ser a "coroa de glória" de Streep, levando-nos a acreditar "que ela pode bem ser a maior actriz americana viva".
Alvar Aalto (1898-1976)
Um dos mais importantes e influentes arquitetos do mundo nasceu a 3 de fevereiro de 1898, na Finlândia.
Quando penso em Alvar Aalto, penso no seu banco, frequentemente utilizado nas nossas bibliotecas:
Teatro de Essen.
Dedicou-se a desenhar mobiliário:
S. Brás e as ganchas
«Celebra-se a 3 de fevereiro o dia de S. Brás, e a ele associada existe uma tradição da região de Vila Real, Trás-os-Montes, em Portugal, de oferta de “ganchas”, rebuçado alimentar (no Brasil também chamado de Bala e, no Nordeste, também Confeito), de confeção caseira, relacionado com o milagre mais conhecido de S. Brás. Rebuçado é pois um doce caseiro feito à base de um ponto de açúcar ao qual se adicionam ervas e aromatizantes, que depois de arrefecer, endurece. Habitualmente embrulha-se em papel vegetal, outrora recortado.»
Este texto é de Virgílio Nogueiro Gomes e pode ser lido (completo) em:
http://www.virgiliogomes.com/cronicas/432-s-bras-e-as-qganchasq
Leituras no Metro - 80
Serge Lifar (1905-1986) tinha o culto de si próprio. À parte isso era germanófilo e colaboracionista, como se verá.
Um dia, no final da Guerra, Roland Petit ouviu, na Rádio Londres, a Resistência Francesa anunciar a condenação à morte de Serge Lifar, por este ser colaboracionista. Apressou-se a ir dizer-lho ao camarim da Ópera de Paris. E o bailarino e coreógrafo, nascido em Kiev, respondeu-lhe:
«Ne t'en fais pas pour moi, mon petit, après Dieu, Hitler, après Hitler, Lifar.»
Roland Petit deve ter ficado gelado.
Canzonissima - Milva
Milva detém um lugar especial no elenco dos artistas italianos: sua voz inconfundível e seu estilo de interpretação muito próprio conferiram-lhe o estatuto merecido de diva. Milva la Rossa cantou temas de vários géneros ao longo da sua carreira que perdura desde o princípio dos anos 60.
De 1975 data esta bela adaptação em italiano de um tema de Mikis Theodorakis (a letra original em grego foi escrita por Giorgos Seferis que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1963). A canção é dedicada em especial à minha (nossa) amiga Cecília que faz hoje anos.
Buona giornata!
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
O último CD de Leonard Cohen
GOING HOME
I love to speak with Leonard
He’s a sportsman and a shepherd
He’s a lazy bastard
Living in a suit
But he does say what I tell him
Even though it isn’t welcome
He will never have the freedom
To refuse
He will speak these words of wisdom
Like a sage, a man of vision
Though he knows he’s really nothing
But the brief elaboration of a tube
Going home
Without my sorrow
Going home
Sometime tomorrow
To where it’s better
Than before
Going home
Without my burden
Going home
Behind the curtain
Going home
Without the costume
That I wore
He wants to write a love song
An anthem of forgiving
A manual for living with defeat
A cry above the suffering
A sacrifice recovering
But that isn’t what I want him to complete
I want to make him certain
That he doesn’t have a burden
That he doesn’t need a vision
That he only has permission
To do my instant bidding
That is to say what I have told him
To repeat
Citações - 215 : Ainda Cavaco Silva
(...) as intervenções do Presidente têm contribuído mais para cavar divisões entre os trabalhadores dos sectores público e privado do que para promover a coesão social que tanto gosta de apregoar. E o seu comportamento é mais próprio de um " provedor do monstro " do que de um " provedor do povo ", como recentemente se autointitulou. É óbvio que Cavaco está a alimentar uma guerra qualquer com o Governo. Infelizmente, essa guerra não terá tanto a grandiosidade de um conflito de natureza ideológica, ou filosófica, mas antes o calculismo de quem está a querer libertar-se do papel ingrato que a História lhe está a reservar. O Presidente da austeridade? Safa!!
- Áurea Sampaio, na Visão que hoje chegou às bancas.
Humor pela manhã... - 95
Há seca, concorrência de outros países produtores, mas apesar disso os nossos agricultores vão tendo algum ânimo nas reuniões no Ministério da Agricultura. Ânimo a que não será alheia a simpática presença da alta dirigente Dra.Gabriela Ventura. Alguns amigos meus estão sempre a querer reunir com ela.
Canzonissima - Tony Renis
Tony Renis não venceu a edição do Festival de Sanremo de 1962, mas conseguiu um grande sucesso mundial, adaptado por outros artistas, como Pat Boone, ou, décadas mais tarde, Michael Bublé. Ouçamos Renis no registo original.
Buona giornata!quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Lembrando Afonso Lopes Vieira
A lua vem toda nua
deitar-se à noite com o mar,
e o mar canta a loa à lua
na maré-cheia do luar.
Ao corpo do mar ansioso
cola o dela a lua clara,
e deste beijo amoroso
só a manhã os separa.
Afonso Lopes Vieira (1878-1946)
Para o Jad, por terras de Leiria. E recordando quem me lia Os animais nossos amigos.
A avó americana de Downton Abbey
Já está a ser preparada a terceira temporada de "Downton Abbey". Entre as novidades de peso inclui-se a participação de Shirley MacLaine na série, onde vai interpretar o papel de Martha Levinson, mãe de Cora, ou seja, a avó americana que já foi referida na trama. Shirley vai provavelmente contracenar muitas vezes com Maggie Smith, um "confronto" a prometer momentos hilariantes que vão oscilar entre a fleuma de Maggie Smith e a atitude "moderna" e descontraída de MacLaine. A terceira temporada vai abarcar mais 18 meses de vida desta família e dos seus criados, entre 1920 e 1921.
Canzonissima - Paul Anka
Paul Anka inicia esta série, dedicada à música ligeira italiana. Normalmente associado ao Easy Listening e Entertainment norte-americanos, Anka interpretou também temas em espanhol e italiano. A edição do Festival de Sanremo de 1964 permitiu, pela primeira vez, a participação de cantores não-italianos. Anka entrou na corrida com Ogni Volta, uma canção alegre e muito rítmica.
Buona giornata!
Buona giornata!
terça-feira, 31 de janeiro de 2012
Canzonissima
A música ligeira italiana deixou de dominar as estações de rádio europeias há muito – infelizmente. Resta um espólio riquíssimo de canções, muitas ainda presentes na nossa memória, que, desde os anos 50, entraram e permaneceram no ouvido de várias gerações: dos evergreens de Modugno na década de 50 ao pop "Made in Italy" nos anos 80 e 90, a península itálica encantou milhões com os seus sons e através da beleza da sua língua.
Muitos dos temas nasceram a partir do Festival de Sanremo que iniciará a sua 62ª edição dentro de poucos dias. Outras canções provieram das célebres emissões televisivas como Canzonissima ou Studio Uno da RAI. Assim, e como o Festival de Sanremo, mãe de muitos festivais europeus, decorreu e decorre sempre em Fevereiro, muito embora tenha perdido a sua importância de outros tempos, serão “postadas” canções ao longo dos próximos 29 dias que ultrapassaram largamente as fronteiras de Sanremo, dos estúdios da RAI em Roma ou Nápoles.
Buona sera!
Muitos dos temas nasceram a partir do Festival de Sanremo que iniciará a sua 62ª edição dentro de poucos dias. Outras canções provieram das célebres emissões televisivas como Canzonissima ou Studio Uno da RAI. Assim, e como o Festival de Sanremo, mãe de muitos festivais europeus, decorreu e decorre sempre em Fevereiro, muito embora tenha perdido a sua importância de outros tempos, serão “postadas” canções ao longo dos próximos 29 dias que ultrapassaram largamente as fronteiras de Sanremo, dos estúdios da RAI em Roma ou Nápoles.
Buona sera!
trocar alguma coisa por um amor
Julgava que só no passado é que Mefistófeles fazia apostas com Deus sobre a conquista de almas. Afinal ainda hoje existe(m) Fausto(s) que reflecte(m) sobre as limitações dos conhecimentos cientifico, religioso e humano... e existe(m) anjo(s) enviado(s) para o(s) desviar dos seus caminhos. Querem impedir (e conseguem, ou quase que conseguem) que se chegue ao conhecimento ilimitado.
Mas quando existe o fracasso parece que existe sempre a contemplação do suicídio. E todos os dias se morre. Também a Luz morre, todos os dias.
Hoje vou escutar o Fausto de Gounod.
Julgo que as novas gerações já não sabem de que trata o Fausto de J. W. von Goethe (1749-1832). Aqui fica um link para a edição em ebook , numa tradução de Castilho (1800-1875).
Madame de...
Um filme de Max Ophuls (1953), inspirado num romance de Louise de Vilmorin (1902-1969), com Danielle Darrieux, Charles Boyer e Vittorio De Sica. Passa hoje na Cinemateca, às 19h00.
Nunca li o romance Madame De..., que se encontra traduzido em Portugal, por Adolfo Casais Monteiro para a Estúdios Cor (1954); aliás, nunca li nada de Louise de Vilmorin.
Etiquetas:
Adolfo Casais Monteiro (1908-1972),
Cinema,
Cinemateca Portuguesa,
Danielle Darrieux,
Louise de Vilmorin (1902-1969,
Max Ophuls,
Vittorio de Sica (1902-1974)
Centenário de uma Princesa Portuguesa viva - 31 de Janeiro de 2012
Visita à Maternidade Alfredo da Costa, em 15 de Maio de 1966,
para entrega de enchovais a recém-nascidos nesse dia,
21º aniversário de seu sobrinho Dom Duarte de Bragança
A condecoração será imposta durante o jantar de homenagem à Infanta no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, pelo embaixador Pinto da França, chanceler da Ordem de Mérito.
A infanta Dona Maria Adelaide, que será agraciada com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil, integrou a resistência austríaca aos nazis, esteve presa e veio viver para Portugal, onde criou a Fundação Nun’Álvares Pereira para apoio aos carenciados.
Maria Adelaide de Bragança “é um exemplo de vida pela estatura moral", disse à agência Lusa Raquel Ochoa, autora de uma biografia da Infanta editada em Maio passado.
Referindo-se à actividade de Maria Adelaide como resistente aos nazis, na Áustria, Raquel Ochoa considerou que é “um acto heróico, mas quando questionada sobre a questão, Dona Maria Adelaide apenas afirma que foi uma reacção natural com algo com que não concordava. Era-lhe impossível viver num mundo assim”.
“A resistência era como respirar, perante a educação que tinha tido e os ideais que tinha. Não resistir é que era uma violência contra ela mesma. Resistir era um acto natural”, explicou a biógrafa.
Maria Adelaide foi detida pelas tropas nazis, tendo sido salva de fuzilamento in extremis e após várias diligências de António Oliveira Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, que se indignou por terem prendido uma Infanta Portuguesa.
A autora sublinhou que Maria Adelaide de Bragança van Uden “teve outros actos heróicos” e referiu o seu trabalho “como assistente social em prol das populações desfavorecidas” na margem sul do Tejo, desenvolvido de “forma discreta”.
“Ela [Maria Adelaide] percebeu que através da discrição não era notada nem perseguida, além de, por educação, não gosta de fazer alarde do que faz, há zero de gabarolice nesta família, o que é a antítese da sociedade em que vivemos”, disse.
Esta acção social foi feita no âmbito da Fundação Nun'Álvares Pereira que se diluiu após o 25 de Abril de 1974.
Referindo-se à posição da Infanta ao regime que antecedeu a revolução de 1974, Raquel Ochoa afirmou que “reconheceu Salazar como quem pôs em ordem as contas do Estado, mas insurgiu-se sempre contra os métodos usados”.
Na obra, intitulada “D. Maria Adelaide de Bragança. A Infanta Rebelde”, com chancela da Oficina do Livro, Dom Duarte Pio de Bragança refere no prefácio que a Tia é “um exemplo”.
Público, 30 de Janeiro de 2012
31 de janeiro de 1891
A bandeira do Centro Democrático Federal 15 de Novembro foi a bandeira da Revolta do Porto.
Recordo este acontecimento no ano em que se pretende acabar com o feriado do 5 de Outubro, uma ideia peregrina para comemorar o centenário da República. Até poderia ter vindo dos nossos três prosimetronistas - :-) -, não fosse também estar no mesmo pacote o 1.º de dezembro! :-)
"com o tempo na mão"
Às vezes era bom que o tempo adormecesse...
Menino Jesus Adormecido com o Tempo na Mão,
de autor desconhecido, Portugal, século XVIII
de autor desconhecido, Portugal, século XVIII
Imagem retirada do Catálogo Cristo Fonte de Esperança, Porto, 2000, p. 51,
da exposição que esteve patente na diocese do Porto no ano do Jubileu.
O livro chegou até mim através da Livraria Lumière. Infelizmente não vi esta exposição.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Boa noite!
Do Concerto para Violino, de Sibelius. Orquestra dirigida por Paavo Berglund, que faleceu no dia 25, em Helsínquia.
O Ladrão de Bagdade
Ainda na sequência dos Contos das 1001 noites, este filme maravilhoso de Raoul Walsh, 1924.
PENSAMENTO(S) - 222
Primeiro, informe-se dos factos. Depois, pode distorcê-los quanto quiser.
- Mark Twain
Uma das frases do grande Twain que mais vezes me apetece empregar...
Um quadro por dia - 226
Winslow Homer, The Country School, óleo sobre tela, St.Louis Museum of Art, EUA.
Ao contrário de outros países, designadamente os EUA, a Europa não tem muitos casos de crianças educadas pelos pais, ou educadas em casa, nem a questão se tem posto frequentemente. No entanto, em Espanha começou a ser pertinente com mais de um milhar de crianças nessas condições, o que levou o Tribunal Constitucional de Espanha a decidir recentemente que as famílias não têm o direito de educarem os seus filhos em casa, alegando que " só a escola contribui para a socialização ".
Que pensam os meus amigos disto? Os direitos dos pais devem ceder perante os interesses do Estado? Ou o interesse primordial é o da criança, e este é melhor servido por uma escolaridade colectiva?
Números - 81
3538
Já sabemos que a crise não é para todos, particulares e empresas, e 2011 foi o melhor ano de sempre para a Rolls Royce : ao preço mínimo de 200.000 euros, foram vendidas 3538 viaturas. Um dos melhores mercados é a China, onde as vendas subiram 50%...
Já sabemos que a crise não é para todos, particulares e empresas, e 2011 foi o melhor ano de sempre para a Rolls Royce : ao preço mínimo de 200.000 euros, foram vendidas 3538 viaturas. Um dos melhores mercados é a China, onde as vendas subiram 50%...
Não me importava...
... de andar hoje pelo boulevard Haussmann, como esta "piquena", mas com um casaquinho.
Norman Rockwell - Perdida em Paris ou Boulevard Haussmann, 30 jan. 1932
Marcadores de livros - 29
Três simulacros de livrinhos - o interior é constituído por folhas em branco - para servirem de marcadores. Nunca os usei como tal.
Boas-noites, árvore
Boas-noites, Árvore
(Um pequenino passeio antes de me deitar)
Boas-noites, árvore
E toquei-lhe com as mãos
- folhas de sol cansado
na Primavera arrefecida.
Boas-noites, árvore.
Mas a árore não respondeu
no seu atavio
do luar fosco.
Senti apenas o arrepio
do vento com mãos de carne no meu rosto.
Boas-noites, árvore
E toquei-lhe com as mãos
- folhas de sol cansado
na Primavera arrefecida.
Boas-noites, árvore.
Mas a árore não respondeu
no seu atavio
do luar fosco.
Senti apenas o arrepio
do vento com mãos de carne no meu rosto.
Quinta das Lágrimas
José Gomes Ferreira, "Encruzilhada, 1949/50", Felizmente as Palavras, p. 43, poema declamado por Sofia Sá da Bandeira.
Obrigada MR!
Subscrever:
Mensagens (Atom)