Prosimetron
sábado, 23 de maio de 2020
Arrumando postais - 15
Dois postais de Paris da casa Yvon, pseudónimo de Pierre-Yves Petit, o fotógrafo que a fundou em 1919. Em 1956 a casa foi vendida à família Draeger, em cujas mãos ainda se encontra.
Bouquinistes, ca 1950
«Paris... en flanant». A Praça da Concórdia e ao fundo a Torre Eiffel, ca 1953.
Filhos do Destino: A Escola Proibida
«Documentário ficcionado que reconstrói a história de quatro crianças judias italianas, vítimas da discriminação, humilhação, medo e sofrimento provocados pelas Leis Raciais introduzidas pelo regime fascista e assinadas por Vittorio Emanuele III em 1938. Memórias que se entrelaçam com emocionantes depoimentos dos quatro protagonistas, que sobreviveram ao fascismo e à Segunda Guerra Mundial graças à ajuda de pessoas que se recusaram submeter aos ditames do fascismo.
«De Nápoles a Roma, passando por Milão e Pisa, descobrimos a história destas quatro crianças, que hoje são avós, e que recordam aqueles anos terríveis, de horror e vergonha, de perigo constante de serem denunciadas e morrerem.
Crianças impedidas de ir à escola, que se escondiam, fugiam, e lutavam pela vida, sentindo-se discriminadas e diferentes, antes sequer de perceberem o significado de serem judias. Histórias de crianças que se tornaram adultos e adultos que nunca se esqueceram de ser crianças. Com testemunhos dos quatro protagonistas e dos seus amigos e familiares, o documentário de Francesco Micciché e Marco Spagnoli revela as histórias da senadora Liliana Segre, Tullio Foà (de Nápoles), Lia Levi (de Roma) e Guido Cava (de Pisa).
Vidas diferentes, do norte ao sul da Itália, unidas por um único e triste destino: serem vítimas do ódio e da loucura do nazi-fascismo e da indiferença da maioria dos italianos.» (RTP)
Passa esta tarde, às 15h00, na RTP2.
sexta-feira, 22 de maio de 2020
Os meus franceses - 765
Primeira de uma série de conferências de Michel Pastoureau sobre a cor. Podem ver as outras no YouTube ou no site do Louvre.
Leituras na quarentena - 31
Já a li quase na totalidade. A capa diz tudo sobre o seu interior: vivemos e vamos viver num mundo estranho. As desigualdades aumentam e vamos aguentar?
Gostei da entrevista de Marcel Gauchet que reproduzo para que a possam ler, se quiserem:
A secção «Culture» é dedicada à publicação de um livro sobre os Campos Elísios, que fica para outro post.
Viva os velhos!
«La société a laissé de côté les personnes âgées. Pas juste depuis le virus. Depuis une éternté. Parce qu'on ne veut pas se voir entre eux [...] ce que les vieux sont aujourd'hui, c'est ce que nous serons demain»..
Stéphane Laporte, canadiano, escreveu este texto em 18 abr.
Rep. Courrier international, 20 mai 2020, p. 12
Rep. Courrier international, 20 mai 2020, p. 12
Há umas semanas ouvi o médico Henrique Barros dizer que devemos tratar os velhos como queremos que nos tratem quando lá chegarmos.
Manuel Valadares, Um Caso Exemplar
«A vitória dos países aliados contra o nazismo, na Segunda Guerra Mundial, encheu os portugueses de esperança na liquidação da ditadura interna. O mundo era varrido por ventos de democracia. A ditadura portuguesa viu-se na necessidade de anunciar eleições livres. A oposição democrática organiza-se para concorrer. Mas o processo eleitoral foi utilizado pelo regime apenas para acentuar a perseguição aos oposicionistas.
Em junho de 1947, o Conselho de Ministros determinou a expulsão de muitos professores das Universidades de Lisboa, Porto e Coimbra. Estes viram-se obrigados a procurar trabalho, nomeadamente, no estrangeiro. Entre eles, Manuel Valadares, professor de Física na Faculdade de Ciências de Lisboa, investigador científico em Física Atómica e Radioatividade.
Da sua vida em França, onde conviveu com figuras do maior prestígio como Madame Curie, Picasso e tantos outros, fosse no âmbito científico fosse no âmbito socio-político, e de como a política portuguesa seguia os seus passos, se revelam as palavras e as imagens neste documentário de cinquenta minutos.» (RTP)
Este documentário de A. Marques Pinto passa na próxima madrugada, às 2h05, na RTP2.
quinta-feira, 21 de maio de 2020
Lima Duarte sobre Flávio Migliaccio: «Entendo-te»
«Me desculpem, mas não deu mais. A velhice neste país é o caos como tudo aqui. A humanidade não deu certo. Eu tive a impressão que foram 85 anos jogados fora num país como este. E com esse tipo de gente que acabei encontrando. Cuidem das crianças de hoje!»
Flávio Migliaccio
«Agora, quando sentimos o hálito putrefacto de 64, o bafio terrível de 68, agora, 56 anos depois, quando eles promovem a devastação dos velhos, não podemos mais. Eu não tive a coragem que você teve.»
Lima Duarte
Como é que isto nos pode estar a acontecer?!
Para ler - 3
Paris: Pélican éditions, 2019
O Sena foi uma fonte privilegiada de inspiração para muitos artistas.
Graças aos avanços técnicos nas cores, os artistas das décadas de 1860 e 1870 conseguiram montar os seus cavaletes ao ar livre, deixando que as suas diferentes sensibilidades se expressassem nas telas - 'nascia' o movimento impressionista.
Mais de mil pinturas foram inspiradas pelas margens e arredores do rio Sena: portos, vilas, pontes, barcos, veleiros, natureza, a vida ao longo das margens, a própria vida desses pintores, ligados por profundas relações de amizade.
Este livro de Monique e Georges Lucenet propõe-nos passeios pelos locais que ficaram imortalizados em obras de pintores impressionistas.
Gostava mesmo de fazer uns passeios destes.
Gostava mesmo de fazer uns passeios destes.
quarta-feira, 20 de maio de 2020
Boa noite!
Leonard Cohen conheceu Suzanne Verdal nos inícios dos anos 60 em Montreal.
Texto de Leonard Cohen para o álbum Greatest hits: «Tudo aconteceu exatamente como eu descrevi. Ela era casada com um homem que eu conhecia. A hospitalidade dela era imaculada.»
Leonard a Harry Rasky (1979): «Uma velha amiga minha, que se chamava Suzanne, convidou-me para a sua casa à beira-rio... A pureza daquele acontecimento não foi conspurcada por nenhuma carnalidade. A canção é quase uma reportagem... Mas foi esse o primeiro passo para a escrita da canção. Foi como se ela me tivesse entregado a semente da canção.»
Em 1967 Suzanne Verdal muda-se para São Francisco e ouve aí pela primeira vez «Suzanne» na voz de Judy Collins e conta que foi como se alguém estivesse a ver a vida dela à lupa.
Leituras na quarentena - 31
Leituras de Miss Tolstoi: «Acabei de ler uma entrevista de Chantal Chazal a Joël Dicker na revista Lire.»
De Joël Dicker só li A verdade sobre o caso Harry Quebert e gostei. Tenho amigos que gostam deste escritor.
Mais uma livraria que encerra em Paris
«Une page se tourne mais le livre de notre histoire n’est pas fini» - como esta mensagem que a mítica livraria Boulinier (Paris, boulevard Saint Michel) anuncia o seu encerramento definitivo a partir de meados de junho, devido a um arrendamento não renovado.
Esta livraria, inaugurada em 1938, é conhecida de muitos parisienses (e não só, porque eu também já lá fiz muitas comprinhas) à procura de livros em segunda (ou terceira) mão, baratos. Boulinier tem outras lojas em Paris, mas esta é que me dava jeito, ficava perto do hotel. Fonte.
Lá como cá... c'est la vie!
Marcadores de livros - 1633
Um marcador da Hermida Editores referente a este livro de Balzac, As ilusões perdidas:
Obrigada, Luisa!
terça-feira, 19 de maio de 2020
Campo de tulipas
Monet - Champs de tulipes en Hollande, 1886
Paris, Musée Marmottan Monet
A fundação Claude Monet enviou esta bela paisagem com a seguinte mensagem: «Como ainda é impossível viajar, que tal tomarmos um pouco de ar fresco nos passos de Claude Monet? Siga [aqui] para as paisagens coloridas da Holanda, que o mestre impressionista imortalizou em maio de 1886».
A História da Europa na RTP
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Boa noite!
No Dia Internacional dos Museus, a vila romana do Rabaçal:
Não conheço e está na lista das minhas visitas a fazer.
Não conheço e está na lista das minhas visitas a fazer.
Lourdes Castro: A Vida é como ela é!
A Fundação Serralves reabre hoje com uma exposição que apresenta trabalhos de Lourdes Castro produzidos desde a década de 1960, em diversos meios – edições, desenho, bordados, plexiglass –, em nome próprio e com outros artistas, que sublinham a importância na sua prática artística, com René Bertholo e Manuel Zimbro.
Lourdes Castro construiu ao longo da sua carreira uma obra singular, ligada às silhuetas e às sombras.
Na exposição poder-se-ão ver, além da revista KWY (1958–1963) e da obra que realizou com Francisco Tropa para a Bienal de São Paulo de 1998 – exemplos da referida importância do trabalho em colaboração –, trabalhos contextualizados pelo nouveau réalisme – colagens e assemblagens de objetos do quotidiano pintados com tinta de alumínio; cartazes que anunciam exposições e teatros de sombras (em estreita colaboração com Manuel Zimbro) dominados por aquele que seria o seu tema de eleição - a sombra.
Foto Rita Burmester, © Fundação de Serralves, Porto.
Acho que a minha primeira viagem vai ser até ao Porto, para ver esta exposição de uma artista, cujas obras adoro. A exposição encerra a 18 de outubro.
domingo, 17 de maio de 2020
Os meus franceses - 764
Vidas Duplas de Olivier Assayas, com Juliette Binoche e Guillaume Canet, foi um dos últimos filmes que vi no cinema. Passa amanhã à noite na RTP.
Maio de 1957
Há 63 anos, Paul Anka gravava um dos seus maiores êxitos e um dos maiores sucessos da música ligeira norte-americana dos anos 50: Diana. Anka compôs esta canção, inspirando-se na paixão por uma Diana Ayoub que conhecera na sua paróquia - assim, pelo menos, narra a lenda.
Com este tema, interpretado por muitos cantores e em vários idiomas, Paul Anka iniciou uma carreira brilhante. Integra o estrelato absoluto de entertainment a que pertencem vozes como a de Frank Sinatra ou Dean Martin.
Recordando mais uma vez nesta plataforma Diana, segue uma versão de 1962.
A nova vinheta mostra-nos o cantor com a sua primeira mulher, Anne de Zogheb. Estiveram casados entre 1963 e 2000 e tiveram cinco filhas.
A nova vinheta mostra-nos o cantor com a sua primeira mulher, Anne de Zogheb. Estiveram casados entre 1963 e 2000 e tiveram cinco filhas.
Ir a banhos ...
Gosto de praias, quanto menos frequentadas melhor, mas como vai ser preciso quase uma " formação" para aceder a elas só se for mesmo alguma não concessionada e quase selvagem, aquelas que conhecemos em segredo , boca a boca de amigos, ainda ontem me deram mais uma dica :).
Outra alternativa, é tratarmos bem aqueles familiares e amigos com piscina :)
Ricardo Carballo Calero
O Dia das Letras Galegas, que hoje se comemora, escolheu o filólogo Ricardo Carballo Calero como o autor para ser celebrado este ano.
Não me recordava deste autor. Fui ver e então lembrei-me de que li há muitos anos, talvez quando foi publicado, Problemas da língua galega (Lisboa: Sá da Costa, 1981), livro que me deu algum conhecimento sobre a língua galega.
Para Justa e Luisa.
Marcadores de livros - 1632
Joaquín Sorolla - Joaquín Sorolla García, ca 1917
Madrid, Museu Sorolla
Este quadro também poderia ter entrado na secção «Os filhos pintados pelos pais».
Para Justa.
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