Prosimetron
sábado, 27 de junho de 2020
Milton Glaser
Livros de cozinha - 117
Madalenas e bolo mármore são dois dos destaques do livro Instants sucrés au Ritz Paris (Paris: La Martinière, 2019), cujo autor é François Perret, o chef pasteleiro do Hotel Ritz de Paris, que em 2019 ganhou o prémio de Melhor Chef de Pastelaria em Restaurante, pela associação Grandes Tables du Monde.
Nasceu em Bourg-em-Bresse, onde aos 16 anos começou como aprendiz numa pastelaria. Mudou-se para Paris, onde trabalhou nos hotéis Le Meurice, George V ou Lancaster (onde teve o primeiro lugar de chef aos 28 anos).
Em 2010 participou na abertura do ShangriLa Hotel em Paris, onde fazia dupla com o chef Philippe Labbé na cozinha e juntos obtiveram duas estrelas Michelin. Em 2016 mudou-se para o Ritz de Paris, o seu sonho, onde continua a colecionar estrelas Michelin.
Tarte de damascos
Lemon pie
A tarte de cerejas com creme d’Étrez. Foto Bernhard Winkelmann
Bom lanche!
Marcadores de livros - 1661
Verso e reverso de um marcador da livraria L'Écume des pages. Com um agradecimento ao Jad.
Boulevard Saint Germain, Paris.
sexta-feira, 26 de junho de 2020
Marcadores de livros - 1660
Balthus - Thérèse sonhando, 1935
O Met recusou-se a tirar a obra de exposição. A Censura e o moralismo (que não tem nada a ver com a moral) são das coisas mais nojentas que há. Alguém obriga as pessoas a irem ver (ou ler) o que não gostam ou não querem?
Eu própria tenho sentimentos dúbios perante as obras deste pintor, mas reconheço que esta pintura é belíssima.
quinta-feira, 25 de junho de 2020
Leituras no Metro - 1055
Paris: Robert Laffont, imp. 2009
Já li este livro há uns tempos e estava à espera que o filme baseado no livro estreasse para falar de Je vous promets de revenir. Não foi o primeiro livro de Dominique Missika que li.
Começando pelo princípio. Léon Blum é um homem que admiro. Há muitos, muitos anos, li a biografia que Jean Lacouture escreveu sobre ele e tenho lido o que me aparece sobre a Frente Popular francesa. Muito do que a França (e a Europa) ainda é hoje em termos sociais foram medidas do governo da Frente Popular, como a fixação do horário de trabalho, instituição da escolaridade obrigatória até aos 14 anos, as férias pagas e direito a tempos livres, bem como foi o governo francês com mulheres. Entretanto, há dois anos (talvez) li outro «retrato» sobre Blum, de Pierre Birnbaum.
Léon Blum, um alto funcionário do Estado, dandy, jornalista e crítico literário, foi o primeiro judeu e o primeiro socialista a ocupar o cargo de primeiro-ministro em França, o que lhe valeu ser amado e odiado quase em partes iguais.
Opôs-se a alianças com os fascistas e nazis, e foi um dos parlamentares que votou contra a atribuição de plenos poderes ao Marechal Pétain. Recusou-se a emigrar e permaneceu em França durante a Ocupação, refugiando-se em Colomiers. Foi preso a 15 de setembro de 1940 e internado no castelo de Chazeron, e depois em Bourassol. A segunda mulher de Blum, Thérèse Pereyra (conhecida como «cidadã Blum») tinha falecido em 1938, o filho de Blum estava na guerra, a nora e a neta na Suíça.
É nesta altura que Jeanne Levylier, apaixonada por Léon Blum desde jovem, deixa o marido Henri Reichenbach, e vai acompanhá-lo na deportação, em 1943, numa casa junto ao campo de Buchenwald. Antes haviam casado para que ela o pudesse visitar e fosse um elo com o mundo exterior.. A 3 de abril de 1945, Léon e Jeanne Blum foram metidos num comboio de prisioneiros tendo ido parar a um hotel do Tirol italiano, onde a 4 de maio avistaram os primeiros soldados americanos.
René Blum, irmão de Léon, grande amigo de Marcel Proust e fundador do Ballet da Ópera de Monte-Carlo morre em Auschwitz.
É esta a história que este livro conta, bem como a defesa que ao longo desse tempo Léon Blum prepara uma defesa brilhante contra as acusações do governo de Vichy que o acusava, a ele e outros dirigentes da Frente Popular, de terem descurado a defesa do país.
Espero que o filme Je ne rêve que de vous ainda apareça por cá.
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Centenário de Amália - 2
Continuamos com sardinhas concorrentes aos concursos Sardinhas Festas de Lisboa, cuja primeira edição ocorreu em 2011. Só não consegui saber o nome dos diversos artistas.
terça-feira, 23 de junho de 2020
Um quadro por dia - 498
É de Bernardo Strozzi este David com a cabeça de Golias, pintado em 1630, ano em que Strozzi chega a Veneza e se deslumbra com Veronese, falecido 40 anos antes.
Um dos primeiros resultados da influência de Veronese é esta tela, vendida a 16 de Junho, na Artcurial de Paris, por € 505 000, abaixo das expectativas.
Se acham que a conhecem, é porque provavelmente já viram a versão que está no magnífico Boijmans van Beuningen de Roterdão.
Um dos primeiros resultados da influência de Veronese é esta tela, vendida a 16 de Junho, na Artcurial de Paris, por € 505 000, abaixo das expectativas.
Se acham que a conhecem, é porque provavelmente já viram a versão que está no magnífico Boijmans van Beuningen de Roterdão.
Humor pela manhã
Impressionante o número de pessoas que já vi com nariz fora, desprotegendo a principal porta de entrada do vírus ...
Bom dia !
Do 63º disco, uma das maiores " empreitadas " musicais de sempre, dos " inéditos Vivaldi "- as 450 partituras que aguardavam gravação desde 1930 nos arquivos da Biblioteca Nacional e Universitária de Turim.
Vivaldi, Concerti per violino VIII, Il Teatro, Julien Chauvin, Concert de la Loge, 1 cd, Naive .
Para ler - 6
Rouen: Editions des Falaises, 2020
Sylvie Patin, conservadora do musée d'Orsay tem-se dedicado ao estudo do impressionismo. Foi co-comissária da exposição sobre Berthe Morisot em 2002 e do livro Berthe Morisot, dans l'intimité de l'artiste (2019). Agora dedicou uma obra a uma das paixões de Claude Monet: as flores.
Parabéns, Mister Vertigo!
Os três volumes dos diários que os irmãos Edmond e Jules Goncourt escreveram entre 1851 e 1896:
«"Il n'y a qu'une biographie, la biographie parlée, celle qui a la liberté, la crudité, le débinage, l'enthousiasme sincères de la conversation intime. C'est cette biographie-là, que nous avons tentée, dans ce journal, de nos contemporains." Dès le début de leur carrière littéraire, les frères Goncourt ont ainsi consigné, au jour le jour, non seulement les rencontres qu'ils firent dans le monde de la politique, de la finance, du théâtre, des sciences et des arts, mais aussi les propos qu'ils purent surprendre à table ou ailleurs, les secrets qu'ils crurent découvrir en scrutant leur entourage.
Observateurs indiscrets, chroniqueurs méticuleux, juges sans indulgence, les Goncourt nous ont livré, pour le second Empire et les débuts de la IIIe République, l'équivalent des Mémoires de Saint-Simon. Une fresque aussi détaillée qu'animée de la société de leur temps. Société bourgeoise, société de parvenus, issue de la Révolution française, et à laquelle ils se sentent totalement étrangers. Société égalitaire, matérialiste, inculte, selon eux, qui affirment que : "Nul en ce monde n'est pareil. [...] L'inégalité est le droit naturel ; l'égalité est la plus horrible des injustices." Ou encore : "L'aristocratie moderne est l'argent." Et enfin : "La tyrannie de l'ouvrier va être la tyrannie des siècles futurs : la tyrannie brutale du nombre inintelligent." L'ironie des Goncourt à l'égard de la vulgarité de leur époque n'a d'égal que le pessimisme visionnaire d'un Chateaubriand ou l'impartialité désabusée d'un Tocqueville.» (Do prefácio de Robert Kopp).
Como é tudo virtual, não pensemos em confinamento! Tem uma mesa reservada no restaurante Drouant, onde se reúne o júri do Goncourt desde 1920:
Bom almoço!
Um dia feliz!
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Marcadores de livros - 1658
domingo, 21 de junho de 2020
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